Maioria da população alemã é favorável ao veto de vestuário que esconde as pessoas |
Após a Holanda começa a aplicar uma proibição do uso de vestimentas islâmicas que cobrem o rosto, como a burca e o niqab, os conservadores do partido da chanceler federal Angela Merkel passaram a pedir a adoção de uma lei similar na Alemanha.
Julia Klöckner, ministra da Agricultura e uma das vice-líderes da União Democrata-Cristã (CDU), reiterou suas críticas às vestimentas e voltou a defender uma proibição.
"Permitir o véu de corpo inteiro não tem nada a ver com tolerância, mas é ignorância em relação a mulheres e meninas", afirmou a política, em entrevista publicada no dia 2 de agosto de 2019 no jornal Passauer Neuen Presse.
"Não se trata de um pedaço de tecido, mas de toda a imagem de gênero expressa por meio dele", explicou.
"Não se trata de um pedaço de tecido, mas de toda a imagem de gênero expressa por meio dele", explicou.
"Nossa Constituição é totalmente clara", acrescentou Klöckner. "Homens e mulheres têm igual valor e direitos iguais."
Considerada há algum tempo uma das possíveis candidatas à sucessão da chanceler federal alemã, Angela Merkel, Klöckner fez há três anos uma campanha pela proibição do niqab (véu que só deixa os olhos de fora) e burca (cobrindo o rosto e o corpo) — nas discussões políticas no país, ambas as vestimentas costumam ser chamadas simplesmente de "burca".
Embora a proibição dessas vestimentas não seja considerada algo constitucionalmente possível no país, correligionários de Klöckner se solidarizaram a ela na reivindicação.
Considerada há algum tempo uma das possíveis candidatas à sucessão da chanceler federal alemã, Angela Merkel, Klöckner fez há três anos uma campanha pela proibição do niqab (véu que só deixa os olhos de fora) e burca (cobrindo o rosto e o corpo) — nas discussões políticas no país, ambas as vestimentas costumam ser chamadas simplesmente de "burca".
Embora a proibição dessas vestimentas não seja considerada algo constitucionalmente possível no país, correligionários de Klöckner se solidarizaram a ela na reivindicação.
"A burca não pertence à Alemanha", disse Thorsten Frei, vice-líder da bancada parlamentar da CDU no Bundestag (Parlamento).
"Isso contradiz decididamente nossos valores e imagem de humanidade."
Uma pesquisa do instituto YouGov divulgada nesta sexta-feira revelou que 54% dos entrevistados na Alemanha apoiariam "totalmente" uma proibição da burca, enquanto 20% disseram "tender" a apoiar uma proibição. Somente 12% afirmaram ser contra o banimento, e 14% disseram não ter opinião a respeito ou estar indecisos.
A Deutsche Welle é uma emissora da Alemanha que produz jornalismo em 30 idiomas.
Uma pesquisa do instituto YouGov divulgada nesta sexta-feira revelou que 54% dos entrevistados na Alemanha apoiariam "totalmente" uma proibição da burca, enquanto 20% disseram "tender" a apoiar uma proibição. Somente 12% afirmaram ser contra o banimento, e 14% disseram não ter opinião a respeito ou estar indecisos.
A Deutsche Welle é uma emissora da Alemanha que produz jornalismo em 30 idiomas.
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