Chilecebus carrascoensis não era tão grande em relação ao corpo, diferentemente do que ocorre com os primatas símios
Fóssil tem 20 milhões de anos
Trata-se do fóssil do pequeno Chilecebus carrascoensis de 20 milhões de anos. Ele foi encontrado na década de 1990 nos Andes, Chile. A notícia de sua descoberta foi dada em 1995.
Geralmente, os primatas, como o Homo sapiens, tem um grande volume de cérebro em relação ao tamanho do seu corpo. Isso, contudo, não ocorre com Chilecebus carrascoensis, que tinha um cérebro pequeno, de oito gramas ou o peso de um morango.
O quociente cérebro/corpo desse primata era de 0,79, abaixo dos atuais macacos, de 0,89 a 3,36. Em humanos, chega a 13,46.
Ainda assim, o Chilecebus possui sete pares de dobras, sugerindo uma organização cerebral complexa para um cérebro tão antigo.
O estudo foi feito por pesquisadores do Museu Americano de História Natural, da Academia Chinesa de Ciências e da Universidade da Califórnia.
Eles submeteram o crânio a uma varredura de alta resolução de tomografia computadorizada, que incluiu uma modelagem em 3D do seu interior. (vídeo abaixo).
Nos atuais primatas, os tamanhos dos centros visual e olfativo estão inversamente correlacionados.
Isso significa que primatas símios com boa visão não possuem um olfato tão bom, havendo certa desproporção.
O Chilecebus surpreende porque tanto a visão como o olfato não estão bem desenvolvidos, inexistindo, portando, uma compensação entre um e outro.
Essa constatação levanta a tese de que a evolução dos centros visuais dos primatas não dependentes dos centros olfativos e vice-versa, diferentemente do que muitos cientistas acreditam.
Os estudiosos acentuam que nem sempre o volume do cérebro dos primatas antropoides aumentou. Em alguns momentos da história da evolução ele pode ter diminuído, para voltar a crescer.
Varredura de alta resolução
do fóssil encontrado nos
Andes na década de 1990
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