Músicas de Villa-Lobos são executadas por orquestras internacionais, mas enfrentam resistência no Brasil por motivo religioso |
Andrea Adour, professora de Canto da Escola de Música da UFRJ, informa que alunos evangélicos que se recusam a cantar “Xango” [reprodução abaixo], de Villa-Lobos, porque acharem que se trata de uma reverência a um demônio de religiões de origem africanas.
A estupidez se manifesta com outros compositores, como Guerra Peixe (autor de "Toadas de Xangô"), Francisco Mignone (“Cânticos de Obaluayê”) e Waldemar Henrique (“Abalogun").
A professora explica aos estudantes que a universidade é um espaço laico e, portanto, de diversidade cultural e que, ali, a música está vinculada à arte e não a qualquer prática religiosa.
Além do mais, é impossível estudar música do Brasil sem falar em Villa-Lobos e até entender as origens da cultura popular.
Nem sempre a professora convence os evangélicos, e alguns deles desistem do curso ou trancam matrícula.
Andrea é coordenadora do Africanias, um grupo de pesquisa sobre as influências negra e indígena no repertório brasileiro.
Ela diz que a recusa de alunos ao estudo de músicas com referência a religiões de afrodescendentes é um comportamento recente, mas em ascensão.
Valéria Matos, professora de Regência do Coral da UFRJ confirma: “É comum alunos de formação religiosa mais fechada questionarem, se recusarem a cantar, quando apresentamos alguma obra que usa termos de origem afro, referindo-se a entidades como Oxalá, Oxum”.
Para ela, o que está ocorrendo na escola de música é reflexo do atraso cultural que o Brasil vive no momento, o que serve de incentivo à intolerância religiosa.
Por isso mesmo, segundo ela, aumentou a responsabilidade da universidade em ensinar a diversidade aos estudantes.
Nem todos os estudantes evangélicos estão atrelados ao retrocesso cultural.
Paulo Maria, da Escola de Música, por exemplo, denuncia a existência de um racismo cultural.
“Cantar essas músicas não afeta minha religiosidade. Quando canto peças que se referem a religiões afrobrasileiras, canto como artista. Mas essa situação faz parte da História brasileira. O negro foi feito escravo, a cultura afro foi jogada de lado pelos europeus. Nossa formação histórica é essa”, diz.
Com informação de “O Globo”.
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Alunos evangélicos recusam trabalho de cultura africana
Comentários
"14.Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando."
São João, 15 - Bíblia Católica Online
Leia mais em: https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/sao-joao/15/
Ademais, o direito de crença é um direito fundamental previsto na CF, não cabe a ninguém tentar fazer qualquer tipo de censura sobre o obscuro pretexto de se tratar "intolerância religiosa".
É nisso que esquerda e direita se assemelham: na imposição de suas ideias, no politicamente correto segundo seus dogmas pré-estabelecidos.
É direito fundamental dos estudantes evangélicos expressarem que não querem cantar música de determinado autor ou compositor. Assim como é direito fundamental da editora publicar seus livros, independentemente de censura prévia.
Até quando a esquerda vai continuar com esse belicismo contra os evangélicos? Daqui a dez anos serão maioria no Brasil, infelizmente estamos condenados a viver sob a égide de um governo liberal pelo fato de não se respeitar a fé alheia, ou melhor, pelo discurso de ódio contra os evangélicos.
Ao invés de discursos como esse, devemos começar a denunciar a erosão das funções sociais do Estado, como bem dizia o professor Herrera Flores, a falta de investimento público, o desemprego.
Duvido que um evangélico queira votar em um partido de esquerda!!! Com esse discurso bélico e que não respeita as individualidades alheias é muito difícil que partidos sociais democratas voltem ao poder
Acordem!!! O primeiro passo é ter humildade e refletir!!!
Cego falastrão, grita e proclama o nome de Deus em defesa de seus próprios convencimentos, esquece o quão pequeno é enquanto aponta seu enorme dedo pra o que não te agrada e em desculpa diz "não agrada a Deus".
Senhor da razão mas nunca será da compreensão!
Música Coral: Vida Pura, oratório (1919)/ Descobrimento do Brasil, 4 suítes (1937)
Missa de São Sebastião (1937)/ Bendita Sabedoria (1958)/ Magnificat (1958)
Música Dramática: Izaht, ópera (1912/1918)/ Magdalena, opereta (1947)/ Yerma, ópera (1956)/ A Menina das Nuvens, ópera bufa (1958). O tipo xangô e a tópica canto de xangô
Eero Tarasti, musicólogo e semiólogo finlandês, é autor de um livro sobre Villa-
-Lobos (Heitor Villa-Lobos – the life and Works, 1887 - 1959). Nele, Tarasti usa o termo
“Xangô-type themes” para designar trechos dos Quartetos de cordas n. 4 e n. 6 de Villa--Lobos que seguem um padrão de temas de tipo xangô.
Tarasti explica que a combinação de um tema de tipo xangô contra um acompanhamento sincopado (contramétrico 8) de subdivisão quaternária é uma das mais comuns tópicas encontradas em Villa-Lobos. (TARASTI, 1995, p. 308). Nas análises feitas por Tarasti, veremos que este acompanhamento contramétrico vem normalmente em caráter de ostinato. Esta combinação tema de tipo xangô (normalmente em valores mais longos, em tom de EVOCAÇÃO E REVERÊNCIA) contra um ostinato de ritmo mais condensado que a melodia, é o que chamaremos aqui de tópica canto de xangô.
Segundo Hatten, o tipo é “uma categoria ideal ou conceitual definida por características ou uma série de qualidades que são essenciais para a sua identidade” (HATTEN, 1994, p. 44). Dentro dos estilos afro-brasileiros em geral podemos observar alguns tipos.
Um deles é o tipo xangô, relacionado a rituais ao orixá Xangô ou aos cultos de
xangô. Prandi e Vallado (2010, s.p.). Priscila Paes descreve que
pouco a pouco a música e dança negra foram se expandindo pelas várias regiõess
do país, influenciando e sofrendo influências, surgindo o que chamamos de
música afro-brasileira. A música negra penetrou no mundo dos brancos a partir
da presença de serviçais negros em suas casas. Com o acordar para os valores
nacionais, a música erudita partiu à procura das raízes brasileiras. Nessa busca,
entre os vários elementos encontrados, um deles foi o afro-brasileirismo. Folcloristas
coletaram cantigas de trabalho, de terreiro, de ninar, levantando-se vasto
material sobre a música dos negros no Brasil (PAES, 1989, p.66).
Entendemos, portanto, que tudo que de alguma forma simbolize características de
rituais ao orixá Xangô, ou o culto de xangô (como ritmos, melodias, instrumentos, danças,
etc.), ou o próprio mito de Xangô, pode ser considerado como tipo xangô. Dentro
do tipo xangô, podemos localizar a tópica canto de xangô.
Andrea Adour, professora de Canto da Escola de Música da UFRJ é conhecedora de que Folcloristas coletaram cantigas de trabalho, de terreiro, de ninar, levantando-se vasto material sobre a música dos negros no Brasil (PAES, 1989, p.66). Logo utilizar as músicas citadas na reportagem não cumpririam o objetivo da professora. A falta de RESPEITO aos evangélicos TAXANDO -os de ESTÚPIDOS e ATRASADOS pela professora Valéria Matos e em destaque na reportagem já demonstra o nível e o real objetivo. Fontes: . Canto de xangô: an African-Brazilian topic by Juliana Ripke da Costa / Google / Wikipedia
uns bostas ignorantes e horrorosos...
Quando fiz escola de música, era normal tocar várias músicas de caráter religioso cristão e nem quem era ateu reclamava daquilo, mas o CRENTE tem que se recusar a tocar música de um dos maiores maestros da nossa música por preconceito com entidades de religião africana? Ah, vá!
Eu usava muito essas frases que você usa hoje, até eu entrar em uma igreja e ver que tudo aquilo que eu falava não tinha nada a ver.
Não concordar, mas respeitar. Muitos não conhecem esse conceito é amam chamar os cristãos de ignorantes, mas para e pense, quem está sendo intolerante?
A laicidade da universidade se dá ao não tratar ou impor qualquer música ou canto como verdade religiosa, como credo, como profissão de fé, mas sim como obra artística ou como componente curricular pura e simplesmente. Uma obra faz parte de determinada corrente estética, tem determinadas dificuldades técnicas, nuances de interpretação, contexto histórico, sonoridades, que precisam ser de conhecimento e ser vivenciados por seus estudantes.
Conseguem perceber a diferença? Ninguém está obrigando ninguém a seguir religião nenhuma!
Consegue perceber a diferença? Ninguém está obrigando ninguém a seguir religião nenhuma!
O legado do grande Villa Lobos é que não pode ser maculado por essa cambada de crentelhos imbecis.
Quem sabe os crentes conseguem criar algum músico de renome que nem Villa-Lobos, mas que fiquem na deles.
O que é sustentável para o Brasil:
educação de alto nível. Alta cultura.
O que o Brasil precisa: Escolas boas e hospitais. O resto deixa que o povo faz.
E atenção, jamais votem em Partido Cafona e Kitsch: a saber, o Partido dos Trabalhadores®, PT®. Vigarista.
TODO petista, sem exceção, rumina DIRETO, uma vez que são GADO da medíocre dilma© e do aPedeuTa e ignorante lula®, — o vigarista.
Em vez de se construir hospitais, durante a "Copa das Copas©" (do PT®) construiu se prédios inúteis. O PT® é desgraçado.
PT e o Petismo em sua totalidade = velho, rançoso, seco, mofado, bolorento, engodo, barango, enganoso, insípido, ultrapassado, brega, banal, atrasado, Kitsch. Isso é patente.
O PT é Poltrão. O PT é barango. O PT é brega.
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