Evangélicos vão tentar liberar o terreno com o argumento de que o esboço do museu foi feito por Oscar Niemeyer |
Rocha não poderia doar esse lote porque se encontra dentro de uma área tombada para preservar a história do conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília.
Para o início da construção, haverá necessidade de autorização do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Rocha e deputados evangélicos dão como certa a aprovação pelo Iphan porque o projeto do museu da Bíblia foi esboçado nos anos 1990 por Oscar Niemeyer (1907-2012), o arquiteto de Brasília.
O governo de Brasília estima que o custo da obra não ultrapasse os R$ 60 milhões, o que, de acordo com o mercado imobiliário, parece pouco, considerando a dimensão do museu, que, na verdade, será um centro de convivência e de compras destinado preferencialmente aos evangélicos.
Pela atualização feita no projeto de Neymar, o Museu da Bíblia terá cinema, praça de alimentação, teatro, espaço para celebração de cultos, salas para palestras e estacionamento interno.
Os evangélicos afirmaram que o Governo do Distrito Federal não terá de financiar a construção.
O deputado Silas Câmara disse que integrantes da Frente Parlamentar Evangélica já se comprometeram encaminhar para a obra cerca de R$ 35 milhões dos recursos das emendas ao Orçamento de 2020.
O que não deixa de ser dinheiro público, que poderia ser empregado em obras de interesse público e mais urgentes, como saneamento básico, educação e saúde.
Ainda não se sabe de onde viria o restante da verba, a quem caberia administrar o museu e suas lojas, se caberia ao governo ou a alguma empresa ligada aos evangélicos cobrir seus gastos de manutenção e com quem ficariam os lucros desse empreendimento comercial.
Dada a atual conjectura política, com grande influência de evangélicos na administração pública, talvez Oscar Niemeyer, que era ateu e comunista, não autorizaria o uso de seu projeto, se vivo fosse.
Espera-se que o Iphan resista às pressões dos deputados evangélicos e não autorize a obra e que o Ministério Público questione esse negócio religioso feito em conluio com o governador Rocha, em um inquestionável atropelo da laicidade do Estado brasileiro.
Ainda não se sabe de onde viria o restante da verba, a quem caberia administrar o museu e suas lojas, se caberia ao governo ou a alguma empresa ligada aos evangélicos cobrir seus gastos de manutenção e com quem ficariam os lucros desse empreendimento comercial.
Dada a atual conjectura política, com grande influência de evangélicos na administração pública, talvez Oscar Niemeyer, que era ateu e comunista, não autorizaria o uso de seu projeto, se vivo fosse.
Espera-se que o Iphan resista às pressões dos deputados evangélicos e não autorize a obra e que o Ministério Público questione esse negócio religioso feito em conluio com o governador Rocha, em um inquestionável atropelo da laicidade do Estado brasileiro.
Área de 15 mil m² em local do patrimônio histórico pleitada por deputados evangélicos para construção de um empreendimento comercial disfarçado de museu da Bíblia |
Com informação e fotos da Agência Brasília e de outras fontes.
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