Pérola escreveu sobre os castigos que sofria de Enri, padrasto, e Aline, mãe |
Pérola Pires, de 11 anos, que morreu no dia 24 de outubro de 2019 por estar desnutrida, em Ubatuba (SP), deixou um diário de 300 páginas contando os maus tratos que sofria de Enri, 47, seu padrasto, e Aline, 26, sua mãe, ambos fanáticos religiosos.
A menina conta, no diário, que, para pagar seus "pecados", ela foi submetida várias vezes seus últimos anos a "jejum purificador" e a orações que duravam dias.
Pérola diz que tinha de ficar dias em seu quarto orando, sem sair de casa. Não frequentava a escola havia cinco anos.
Seu último jejum durou apenas dois dias porque ela já estava debilitada. A autópsia revelou que a causa da morte foi desnutrição severa e prolongada. Antes de morrer, Pérola pediu comida à mãe, que só lhe deu água.
Em depoimento à polícia, padrasto e mãe tentaram colocar a culpa em médicos que não diagnosticaram que a menina estava com anemia.
O delegado Ricardo Mamede, que teve acesso ao diário, disse que Pérola teve uma vida curta e repleta de horrores.
Acrescentou que Enri e Aline têm "convicções religiosas radicais" e acreditavam no poder do jejum diante de Deus.
Pérola tinha um irmão de oito anos que também era submetido aos castigos religiosos. A mãe disse à polícia que está arrependida.
Ela e o marido foram presos no dia da morte de Pérola e estão em área isolada na cadeia, para evitar o linchamento por parte de outros detidos.
Enri e Aline serão julgados sob a acusação de tortura seguida de morte, cárcere privado e abandono de criança.
> Com informação e fotos do site Impala e de outras fontes.
A menina conta, no diário, que, para pagar seus "pecados", ela foi submetida várias vezes seus últimos anos a "jejum purificador" e a orações que duravam dias.
Pérola diz que tinha de ficar dias em seu quarto orando, sem sair de casa. Não frequentava a escola havia cinco anos.
Seu último jejum durou apenas dois dias porque ela já estava debilitada. A autópsia revelou que a causa da morte foi desnutrição severa e prolongada. Antes de morrer, Pérola pediu comida à mãe, que só lhe deu água.
Em depoimento à polícia, padrasto e mãe tentaram colocar a culpa em médicos que não diagnosticaram que a menina estava com anemia.
O delegado Ricardo Mamede, que teve acesso ao diário, disse que Pérola teve uma vida curta e repleta de horrores.
Acrescentou que Enri e Aline têm "convicções religiosas radicais" e acreditavam no poder do jejum diante de Deus.
Pérola tinha um irmão de oito anos que também era submetido aos castigos religiosos. A mãe disse à polícia que está arrependida.
Ela e o marido foram presos no dia da morte de Pérola e estão em área isolada na cadeia, para evitar o linchamento por parte de outros detidos.
Enri e Aline serão julgados sob a acusação de tortura seguida de morte, cárcere privado e abandono de criança.
Diário de Pérola tinha 300 páginas |
> Com informação e fotos do site Impala e de outras fontes.
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