Pastores angolanos acusam os brasileiros de discriminar os funcionários; Igreja nega estar havendo um cisma |
Mais de 300 pastores da Igreja Universal de Angola acusaram os bispos brasileiros de desvio de recursos e declararam independência de Edir Macedo, o fundador dessa vertente pentecostal com representação em vários países africanos.
Além de denunciar o desvio de recursos do dízimo para o Brasil, os pastores angolanos querem a expulsão dos sacerdotes brasileiros o mais rápido possível, dentro do prazo legal.
Eles afirmam que os brasileiros discriminam os funcionários locais e obrigam os sacerdotes angolanos a se submeterem à esterilização.
Os pastores rebeldes angolanos contam com o apoio da população e de setores do governo.
A Universal tem mais de 230 templos no país e o seu número de fiéis corresponde a 2,7% da população, de acordo com a Igreja.
Se houver mesmo uma cisma na Universal de Angola, o mesmo poderá ocorrer em outros países africanos, onde há as mesmas acusações.
Para que isso não ocorra, a Igreja Universal está tentando conter a revolta em Angola.
Em nota, a Igreja disse que se trata de acusações falsas feitas por ex-pastores que foram afastados pela instituição por desvio moral e até por atos criminosas "com o único objetivo de terem sua ganância saciada".
Houve no dia 28 de novembro de 2019 defronte a um templo em Luanda uma manifestação de angolanos contra pastores brasileiros.
A polícia teve de intervir para impedir uma invasão ao local.
Líderes da manifestação acusaram Edir Macedo de mandar vender "mais da metade do patrimônio da Igreja" em Angola, sem qualquer consulta aos bispos e pastores angolanos.
"O referido patrimônio inclui residências e terrenos que foram adquiridos e/ou construídos com os dízimos, ofertas e doações dos bispos, pastores, obreiros e membros de Angola."
A direção central da Universal, no Brasil, desmentiu que esteja havendo um cisma, acrescentando que a Igreja Angolana está mais unida do que nunca.
Com informação da BBC Brasil e imprensa de Angola.
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