Livro de 630 páginas de jornalista francês expõe os 'duplos padrões' do Vaticano |
O livro "Sodoma. Poder, homossexualidade e padrões duplos do Vaticano" soa como sensacionalista, mas o seu conteúdo dá sustentação ao título.
O jornalista investigativo francês Frédéric Martel mostra, no livro de 630 páginas, que o Vaticano é uma das maiores comunidades gays do mundo, supera a de São Francisco (EUA).
Martel não tem nada contra os gays, até porque ele é homossexual, mas se sente incomodado com o Vaticano por causa da hipocrisia dos sacerdotes católicos.
De dia eles pregam contra a homossexualidade, alimentado a homofobia, e, de noite, saem à cata de jovens atraentes — prostitutos bem pagos, portanto leais.
"Por trás da rígida austeridade esconde-se uma vida dupla", diz Marcel, que, para escrever o livro, fez um longo trabalho de pesquisa com colaboradores em 30 países e entrevistou 1.500 pessoas.
Ele conversou com padres heterossexuais e homossexuais, com seminaristas, guardas suíços e garotos de programa de Roma.
O escritor descobriu que a pornografia gay é muito consumida no Vaticano, a ponto de ser tornar um vício.
Frédéric Martel escreve que Francisco não pertence à congregação homossexual, mas o papa sabe de tudo, tanto que já chegou a fazer uma advertência pública aos "duplos padrões" adotados por padres e bispos.
Em uma sermão de 2016, Francisco falou abertamente: “Há sempre algo escondido por trás do rigor rígido, em muitos casos uma vida dupla. Mas isso também é algo doentio".
Marcel afirma que o propósito do seu livro não é demonizar os sacerdotes gays da Igreja, mas denunciar uma instituição que se comporta como ainda estivesse na Idade Média.
O jornalista critica o celibato sacerdotal, que é, para ele, a origem de todo o mal, porque se trata de ficção.
A maioria dos padres e bispos tem atividades sexuais, heterossexuais ou homossexuais, não importa, mas também pedófilas, e é aí que a hipocrisia da igreja se revela abjeta.
Com informação de Focus e de outras fontes, com imagem de divulgação.
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