Durante a negociação com o bispo Edir, Silvio Santos recebeu ligação do então presidente eleito |
A venda em novembro de 1989 da TV Record, então de Silvio Santos e da família Machado de Carvalho, para o bispo Edir Macedo permanece nebulosa, mas um livro pode ajudar a entender o que ocorreu nos bastidores desse negócio.
“O Reino – A História de Edir Macedo e uma Radiografia da Igreja Universal”, do jornalista Gilberto Nascimento, conta que Macedo pediu ajuda de Fernando Collor, então presidente eleito, porque Silvio Santos não estava disposto a abrandar o parcelamento das parcelas do pagamento, no total de US$ 45 milhões.
Com informação de um ex-bispo da Universal, Nascimento escreve que o próprio Collor ligou para Silvio Santos, dizendo que a TV era para ele.
Fica subentendido, portanto, que Edir Macedo, no negócio, seria um testa de ferro, porque, na época, em nenhum momento se especulou que Collor ou o seu grupo de comunicação estaria interessado em comprar um emissora com cobertura nacional.
Collor teria falado a SS: "Silvio, quem está comprando a TV sou eu. É para mim que o Macedo está comprando”.
Resposta de Silvio Santos: “Presidente, por que o senhor não avisou antes?”
Após essa suposta tratativa, o negócio foi fechado.
Pelo câmbio atual, Edir Macedo desembolsou R$ 186,5 milhões.
Até hoje há dúvidas sobre a origem desse dinheiro, que, se tivesse carimbo, seria o da Igreja Universal.
O capítulo do livro sobre o negócio se chama "A TV que caiu do céu".
Com informação da Folha de S. Paulo e de outras fontes, com foto de divulgação.
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