Ateu praticante, comediante lê muito sobre religiões |
Ele fez esse comentário a propósito da reação de religiosos contra o "Primeira Tentação de Cristo", especial do Natal de 2019 do grupo Porta dos Fundos, em cartaz no Netflix.
O comediante foi o roteirista da história que mostra um caso de Jesus com Satanás, o "Orlando", interpretado pelo próprio Porchat.
Jesus é interpretado por Gregório Duvivier, também ateu.
Os demais integrantes da troupe são crentes, como Antônio Tabet, que interpreta Deus.
A petição online criada para que a plataforma de streaming censure a comédia obteve mais de 1 milhão de adesões. Até na Holanda houve protestos de religiosos.
No Brasil, aconteceu algo inesperado: lideranças muçulmanas, normalmente discretas, se uniram a evangélicos e católicos nas críticas ao Porta do Fundos. E Jesus, para eles, nem é considerado um deus, mas apenas um profeta.
No especial, há uma (não) menção a Maomé; quando Jesus, em delírio, se encontra com fundadores de religiões, o líder islâmico não aparece por tinha ido a algum lugar. E isso é muito pouco para qualquer muçulmano fanático se sinta ofendido.
Mas valeu a manifestação da Associação Nacional dos Juristas Islâmicos, porque fica comprovado assim que, ao menos parte dos muçulmanos no Brasil, são tão conservadores quanto os pentecostais.
Voltando a Porchat.
Diferentemente do que se pensa ele leva a sério as religiões — inclusive para fazer piada, mas é o que se espera de um comediante.
Diferentemente do que se pensa ele leva a sério as religiões — inclusive para fazer piada, mas é o que se espera de um comediante.
Como muitos ateus, Porchat demonstra saber mais de religião do que a maioria dos crentes.
Ele lê muito sobre o assunto. Já frequentou igrejas evangélicas, católicas e terreiros.
Porchat se pronunciou pelo Twitter para acalmar os críticos:
"Gente, pode deixar que eu me resolvo com Deus, tá de boas, não precisa se preocupar não. Agora pode voltar a se indignar com a desigualdade que destrói nosso país. Mas tem que se indignar com o mesmo fervor, tá?".
Eis a questão: por que implicar com uma historinha de ficção se há no país problemas graves, entre os quais ameaças à liberdade de expressão?
Eis a questão: por que implicar com uma historinha de ficção se há no país problemas graves, entre os quais ameaças à liberdade de expressão?
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Comentários
Lançarás muita semente ao campo; porém colherás pouco, porque o gafanhoto a consumirá.
Plantarás vinhas, e cultivarás; porém não beberás vinho, nem colherás as uvas; porque o bicho as colherá.
E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado.
Gênesis 2:8
E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
Gênesis 3:6
Deuteronômio 28:38,39
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
Mateus 6:19,20
Plantarás vinhas, e cultivarás; porém não beberás vinho, nem colherás as uvas; porque o bicho as colherá.
Deuteronômio 28:38,39
Covarde!
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