Quem não sabe da trajetória de Freire desconhece o que há de bom na política brasileira |
O ex-senador respondeu: “Desinformado ou má-fé? Em 1989, quando candidato a presidente da República pelo PCB, numa entrevista na TV respondi a pergunta se acreditava em Deus afirmando que era ateu. Talvez por isso lhe asseguro que tive votos de cristãos. Procure se informar para não cometer leviandades”.
Talvez Lucca seja um desinformado e também um usuário da má-fé, pois se trata de um divulgador de posts de gente como o guru da extrema-direita Olavo de Carvalho.
A outro crente, no Twitter, Freire disse que nunca sentiu necessidade de crer em deuses ou diabos. “Respeito aos que professam alguma das religiões. Fundamental para a liberdade e tolerância democrática o respeito para com os não religiosos e ateus.”
Quem não sabe dos posicionamentos de Roberto Freire, concorde-se ou não com eles, e da trajetória desse político íntegro, ficha-limpa, desconhece os bons capítulos da história recente da política brasileira.
Roberto Freire, para destacar um ponto, tem sido um dos poucos políticos que defende sistematicamente o Estado laico, a separação nítida entre Igreja e Estado.
Se existissem mais políticos que defendessem a separação entre Igreja e Estado, talvez hoje não houvesse um presidente da República que coloca "Deus acima de todos" — pensamento de líder religioso fundamentalista, não de um político de um regime democrático.
Católico, Lucca é sectário, como Bolsonaro, porque ele pressupõe que religiosos não devem votar em ateus, como se ter uma crença religiosa fosse atestado de competência e honestidade.
Muitos brasileiros pensam como Lucca, e é por isso as eleições se constituem em um longo aprendizado democrático, com avanços e recuos, como tem sido no caso brasileiro.
No Twitter, Anderson Castro foi direto ao ponto: “Desde quando ser ateu ou não é atestado de incompetência, babaquice, canalhice, burrice, corrupto, ladrão ou qualquer outra coisa? É só uma escolha e qualquer um deveria respeitar”.
Seguem outras manifestações a favor de Freire.
Católico, Lucca é sectário, como Bolsonaro, porque ele pressupõe que religiosos não devem votar em ateus, como se ter uma crença religiosa fosse atestado de competência e honestidade.
Muitos brasileiros pensam como Lucca, e é por isso as eleições se constituem em um longo aprendizado democrático, com avanços e recuos, como tem sido no caso brasileiro.
No Twitter, Anderson Castro foi direto ao ponto: “Desde quando ser ateu ou não é atestado de incompetência, babaquice, canalhice, burrice, corrupto, ladrão ou qualquer outra coisa? É só uma escolha e qualquer um deveria respeitar”.
Seguem outras manifestações a favor de Freire.
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