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Pesquisadores da Unesp dão o nome de 'Stephen Hawking' a planta recém-descoberta

Planta carnívora que recebeu o nome de Stephen Hawking
Natural do cerrado,
Genlisea hawkingii
  é
uma planta carnívora

por Agência FAPESP

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Jaboticabal (SP) nomearam uma espécie recém-descoberta de planta carnívora em homenagem ao físico britânico Stephen Hawking (1942-2018). 

Natural do cerrado, a Genlisea hawkingii foi descrita em artigo publicado na revista PLOS ONE.

A pesquisa que deu origem ao artigo teve apoio da FAPESP e foi coordenada pelo professor do Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária da Unesp Vitor Fernandes Oliveira de Miranda, que considera Stephen Hawking um exemplo de dedicação, empenho e paixão pela ciência.

“Mesmo acometido por uma doença grave, inspirou muitas pessoas, ligadas ou não à ciência, com sua genialidade e determinação. Por isso nossa homenagem com essa espécie nova para a ciência”, disse Miranda ao boletim Unesp Notícias.

O docente explica que a espécie foi encontrada há aproximadamente dois anos em Delfinópolis, Minas Gerais, em região adjacente aos limites do Parque Nacional da Serra da Canastra. O grupo tem procurado novos exemplares da espécie em diversas expedições de campo, mas sem sucesso.

Tal fato levanta um alerta sobre a fragilidade da espécie, uma vez que ela foi encontrada fora de uma unidade de conservação e, portanto, corre o risco de ser extinta. 

“Infelizmente, as áreas de Cerrado — bioma em que a Genlisea hawkingii foi encontrada — estão sendo sistematicamente pressionadas e destruídas pelas atividades da agricultura, pecuária e, naquela região em particular, atividades de mineração”, afirma.

O professor de Jaboticabal explica que as espécies de Genlisea são muito conhecidas pela ciência tanto pelo hábito de carnivoria, incomum em plantas, como por possuírem os menores genomas descritos entre os vegetais.

“Assim, essas espécies são muito importantes como modelo para estudarmos e compreendermos melhor os processos que norteiam a evolução dos genomas das plantas”, explica o docente.

Esse texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND





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