Corte de Montana se baseou na doutrina das Testemunhas de Jeová, e não na Constituição |
Desde 2016, três ex-TJs vinham travando uma batalha judicial contra a Sociedade Torre de Vigia da Bíblia, nome jurídico das Testemunhas de Jeová, acusando-a de não informar às autoridades policiais que havia sacerdotes abusando de fiéis.
Uma lei de Montana obriga que todos, incluindo entidades religiosas, denunciem casos de abuso sexual.
Contudo, a Suprema Corte entendeu por unanimidade que os responsáveis pela Congregação Thompson Falls das Testemunhas de Jeová não poderiam ter denunciado o suposto predador "porque a doutrina, cânone ou prática da igreja exigia que o clero mantivesse confidenciais as denúncias de abuso infantil".
Trata-se de uma decisão controversa porque a Corte de Montana colocou uma doutrina religiosa acima da Constituição dos Estados Unidos.
Holly McGowan, uma das denunciantes, diz nos autos que comunicou em 1998 à congregação Thompson Falls que estava sendo estuprada por Máximo Reyes, integrante da igreja e seu padastro.
Os anciões (sacerdotes) não aceitaram a denúncia porque os supostos estupros não tinham testemunhas.
Seis anos depois, o irmão de Holly também passou a sofrer abuso de Reyes.
Então, a congregação expulsou o acusado, mas um ano e meio depois o recebeu de volta.
Com informação do site NPR e de outras fontes.
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