Em 62 anos, houve grande avanço na aceitação dos ateus em um país dos mais religiosos do mundo |
[texto opinativo] O Gallup divulgou uma pesquisa revelando que 60% dos americanos votariam em um candidato à Presidência da República assumidamente ateu.
Em 1958, quando foi feita a primeira pesquisa, o percentual de eleitores que votariam em um ateu era apenas de 18%. Em 1983, deu o salto para 42%. Em 2007, chegou a 45%; e em 2015, 58%. Agora, continua em alta.
Esses índices mostram que desde a década de 80 vem mudando a percepção dos americanos em relação aos ateus, que são pessoas como quaisquer outras, só que não acreditam em deuses.
Os Estados Unidos continuam sendo um país cuja população é largamente religiosa, mas não tanto quanto já foi.
A elevada taxa de aceitação dos ateus se deve, entre os fatores, a um fenômeno que começou em países europeus: a secularização da sociedade ou a designação de que religião pertence ao fórum intimo de cada pessoa e, portanto, não à esfera pública.
Nos Estados Unidos, como em outros países, os religiosos resistem à secularização — há cristão que babam de raiva quando alguém lhe diz que não se pode fazer pregação em local público.
Mas secularização é um processo que está apenas no começo. Em alguns países, ela mantém um ritmo acelerado, como no Reino Unido, e em outros vai devagar, mas segue.
Em países como o Brasil, até parece que a secularização está regredindo, com a ascensão ao poder do fanatismo cristão. Mas a secularização é uma onda civilizatória e ela chegará aqui. Até porque o Brasil em algum momento terá de desembarcar no século 21.
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