Ex-presidente está preocupado com a vocação anticiência do governo |
“É pena ver o governo atual mergulhado em crenças atrasadas que podem prejudicar no largo prazo o nosso destino como nação”, escreveu ele em artigo para o Estadão.
“Se, em vez de namorar o criacionismo e o “terra-planismo” — uma quase caricatura —, os que nos governam acreditassem mais na ciência, na diversidade e na liberdade; se, em vez de guerrear contra fantasmas (como o “globalismo” ou a penetração “gigantesca” do “marxismo cultural”), os que se ocupam da educação, da ciência e da tecnologia no Brasil voltassem sua vista para observar como se dá a competição entre as grandes potências e dedicassem mais atenção à base científico-tecnológica requerida para desenvolvimento de um país moderno, democrático e que preza a liberdade, estaríamos mais seguros de que nossas inquietações, com o tempo, encontrarão solução.”
A publicação do artigo de FHC ocorre dias após o governo nomear um proselitista do criacionismo para cuidar da Capes, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, o evangélico Benedito Guimarães Aguiar.
O que ex-presidente deseja — que Bolsonaro dê prioridade à ciência — é um milagre, que, aliás, não existe.
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