Justiça entendeu não haver base legal para proibir a vestimenta religiosa |
por Deutsche Welle
Um tribunal em Hamburgo autorizou nesta segunda-feira (3 de fevereiro de 2020) uma jovem de 16 anos a continuar usando o niqab durante as aulas.
A mãe da adolescente entrou com uma ação na Justiça após o colégio proibir a menina de frequentar a escola com o véu islâmico que cobre o rosto, deixando apenas os olhos de fora. A atual decisão é final e não cabem mais recursos.
Para o Tribunal Superior Administrativo, não há atualmente uma base legal para a proibição do uso da burca ou do niqab em escolas.
Para o Tribunal Superior Administrativo, não há atualmente uma base legal para a proibição do uso da burca ou do niqab em escolas.
"A estudante pode reivindicar a liberdade de religião", argumentou a Corte, acrescentando que uma base jurídica seria necessária para a interferência neste direito fundamental, mas "a legislação escolar de Hambugo não prevê isso".
A mãe da jovem, que frequenta uma escola técnica, entrou na Justiça após a filha ter sido proibida pela direção da escola de frequentar as aulas com a vestimenta que cobre o rosto.
A decisão da Justiça gerou críticas no país. O secretário da Educação de Hamburgo, Ties Rabe, afirmou a atual legislação precisa ser reformada para incluir a proibição da burca e do niqab em escolas.
"Uma boa escola e uma boa aula só são possíveis se todos os alunos e professores mostrarem o seu rosto. A aprendizagem precisa da comunicação aberta", ressaltou Rabe.
A organização de direitos da mulher Terre des Femmes saudou a iniciativa de Rabe e afirmou que tolerar que uma adolescente de 16 anos use um véu que cobre todo o rosto é "em muitos aspectos uma concessão fatal às estruturas de poder patriarcal".
A diretora geral da ONG, Christa Stolle, disse que a burca e o niqab violam a dignidade humana da mulher e ressaltou que especialmente instituições de ensino precisam ser locais seguros e neutros.
O uso da burca e do niqab é permitido na Alemanha, no entanto, conservadores do partido da chanceler federal Angela Merkel passaram a pedir a proibição da vestimenta islâmica no ano passado, após a Holanda adotar uma lei nesse sentido.
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
A mãe da jovem, que frequenta uma escola técnica, entrou na Justiça após a filha ter sido proibida pela direção da escola de frequentar as aulas com a vestimenta que cobre o rosto.
A decisão da Justiça gerou críticas no país. O secretário da Educação de Hamburgo, Ties Rabe, afirmou a atual legislação precisa ser reformada para incluir a proibição da burca e do niqab em escolas.
"Uma boa escola e uma boa aula só são possíveis se todos os alunos e professores mostrarem o seu rosto. A aprendizagem precisa da comunicação aberta", ressaltou Rabe.
A organização de direitos da mulher Terre des Femmes saudou a iniciativa de Rabe e afirmou que tolerar que uma adolescente de 16 anos use um véu que cobre todo o rosto é "em muitos aspectos uma concessão fatal às estruturas de poder patriarcal".
A diretora geral da ONG, Christa Stolle, disse que a burca e o niqab violam a dignidade humana da mulher e ressaltou que especialmente instituições de ensino precisam ser locais seguros e neutros.
O uso da burca e do niqab é permitido na Alemanha, no entanto, conservadores do partido da chanceler federal Angela Merkel passaram a pedir a proibição da vestimenta islâmica no ano passado, após a Holanda adotar uma lei nesse sentido.
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