por Deutsche Welle O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou neste domingo (1 de março de 2020) que enviará ao Congresso nos próximos dez dias um projeto de lei para legalizar o aborto, proposta que conta com o apoio de grande parte da população, mas também é alvo da oposição de grupos religiosos.
"No século 21, toda sociedade precisa respeitar a decisão individual de seus membros de dispor livremente de seus corpos", argumentou o presidente.
Fernández disse que a iniciativa que enviará ao Congresso legalizará o aborto nos "estágios iniciais da gravidez" e permitirá que as mulheres tenham acesso ao sistema de saúde quando tomarem a decisão de abortar.
"Os desafios enfrentados pelas mulheres que desejam ter filhos são diferentes daqueles enfrentados por aquelas que decidem interromper a gravidez. Um Estado atencioso precisa acompanhar todas", afirmou. Segundo o presidente, a legislação atual sobre "não é eficaz".
O aborto é punido desde 1921 pelo Código Penal Argentino, com exceção dos casos em que a gravidez ponha em perigo a vida ou a saúde da mulher, resultar de estupro ou for fruto de abuso contra uma mulher com deficiência intelectual.
No entanto, muitas vezes mulheres têm dificuldade de ter acesso à interrupção da gravidez nesses casos específicos devido à objeção de consciência de profissionais de saúde e a obstáculos no sistema.
"A existência da ameaça penal não só tem sido ineficiente" como também "condenou muitas mulheres, geralmente de poucos recursos, a recorrer a práticas abortistas na clandestinidade mais absoluta, pondo em risco a própria saúde e, por vezes, a vida", afirmou Fernández.
"O aborto acontece, é um fato", concluiu o presidente. Ele afirmou que a legalização do aborto deve vir acompanhada de educação sexual e prevenção à gravidez.
Um projeto de lei para legalizar o aborto nas primeiras 14 semanas de gestação foi debatido em 2018, durante o governo do conservador Mauricio Macri, mas, após ser aprovado pela Câmara dos Deputados o aprovou, foi rejeitado pelo Senado, em meio a mobilizações massivas a favor e contra a iniciativa.
A Deutsche Welle é uma emissora da Alemanha que produz jornalismo em 30 idiomas.
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Fernández disse que a iniciativa que enviará ao Congresso legalizará o aborto nos "estágios iniciais da gravidez" e permitirá que as mulheres tenham acesso ao sistema de saúde quando tomarem a decisão de abortar.
"Os desafios enfrentados pelas mulheres que desejam ter filhos são diferentes daqueles enfrentados por aquelas que decidem interromper a gravidez. Um Estado atencioso precisa acompanhar todas", afirmou. Segundo o presidente, a legislação atual sobre "não é eficaz".
O aborto é punido desde 1921 pelo Código Penal Argentino, com exceção dos casos em que a gravidez ponha em perigo a vida ou a saúde da mulher, resultar de estupro ou for fruto de abuso contra uma mulher com deficiência intelectual.
No entanto, muitas vezes mulheres têm dificuldade de ter acesso à interrupção da gravidez nesses casos específicos devido à objeção de consciência de profissionais de saúde e a obstáculos no sistema.
"A existência da ameaça penal não só tem sido ineficiente" como também "condenou muitas mulheres, geralmente de poucos recursos, a recorrer a práticas abortistas na clandestinidade mais absoluta, pondo em risco a própria saúde e, por vezes, a vida", afirmou Fernández.
"O aborto acontece, é um fato", concluiu o presidente. Ele afirmou que a legalização do aborto deve vir acompanhada de educação sexual e prevenção à gravidez.
Um projeto de lei para legalizar o aborto nas primeiras 14 semanas de gestação foi debatido em 2018, durante o governo do conservador Mauricio Macri, mas, após ser aprovado pela Câmara dos Deputados o aprovou, foi rejeitado pelo Senado, em meio a mobilizações massivas a favor e contra a iniciativa.
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