Pular para o conteúdo principal

Confeiteiros criam controvertidos bolos e sorvetes inspirados no Coronavírus

Maria Fernanda Guimarães            Dizem que a criatividade não tem limite para um chefe de cozinha. Para um confeiteiro, então, nem se fala. Aos pâtissiers  há sempre um  desafio a mais: a criatividade rondando o sabor.  Mas que a pandemia gravíssima pudesse inspirar esses criadores tem causado espanto e controvérsia.

O número de casos de Covid-19 na Itália assombra o mundo e aterroriza o Brasil. Mas, em vez de sucumbir ao medo, alguns italianos optaram por rir do perigo com uma série de paródias, piadas e e muita tolice e fake news ( conhecem um lugar semelhante?) enquanto as autoridades sanitárias buscam salvar vidas

O confeiteiro Andrea Schiroli, que  junto com sua esposa Daniela, é dono da Gelateria Infinito na via Colombo em Casalmaggiore, Cremona  criou o Corona Cake. O nome é assim mesmo,  em inglês.

CORONA CAKE É O NOME
DO BOLO DE SORVETE CRIADO
PELO GELATAIO SCHIROLI 

O bolo é simples,   para uma gelateria, é claro: creme,  framboesa, cobertura de chocolate e caramelo  para o corpo e "capinha " dovírus, sendo que os "pequenos espinhos de glicoproteína" do  SARS-Cov-2  são feitos de chocolate colorido.

Postada no Instagram, a foto causou excitação e repulsa ao mesmo tempo. "A ideia era fazer as pessoas sorrirem", diz Schiroli, não importa se  venderemos ou não.  "Não é enfrentando o tema com medo que curamos ou permanecemos imunes a ele.  Acho que devemos prestar a devida atenção ao problema.  Mas vamos viver intensamente", essa é a intenção.

Na cidade de Landivisiau, comuna francesa na região administrativa da Bretanha, no departamento Finisterra, oda casa "La Duchesse Anne", criou um ovo de Páscoa diferente: o coronavírus.
O  "ovo" Coronavírus é um casca de chocolate, recheado  com ganache. Os espículos são lascas de amêndoa com calda vermelha.
JEAN-FRANÇOIS PRÉ CRIOU 
CORONAVÍRUS 3D PARA VENDÊ-LOS 
COMO OVOS DE PÁSCOA
Ele já vendeu alguns e espera que possa continuar vendê-los até a Páscoa. Assim como o gelataio italiano, a intenção do chocolatier  é "divertir os clientes e amenizar o clima de tensão. Quis fazer uma piada", diz Pré.  

Bolos do Isolamento 

A Luminary Bakery, em Stoke Newington, Londres,  padaria favorita de Meghan Markle e sempre visitada pela Duquesa de Sussex pelos trabalhos de ONG,  criou um Bolo de Isolamento. Vem numa variedade de sabores, tem tamanho menor e é decorado com laranja e mirtilos.

ESSES BOLOS DE ISOLAMENTO SÃO
VENDIDOS PARA AJUDAR MULHERES
EM SITUAÇÃO DE RISCO DE VIOLÊNCIA 


Enquanto isso no Canadá, uma confeitaria em Victoria, está oferecendo  bolinhos muito trabalhados mas com apenas  12 cm de altura, para uma pessoa celebrar sozinha durante a crise do Covid-19. Os isolation cakes são uma massa de pão-de-ló com recheios de creme e ganache de chocolate. Tudo coberto com glacê de menta e lavanda com confeitos que imitam balões e serpentinas.
"Só queríamos garantir que as pessoas tivessem uma maneira de se entregar e de celebrar, mesmo que isso fosse   em confinamento solitário ou o que quer que eles estejam fazendo", disse Susannah Bryan, uma das proprietárias da Ruth & Dean, a confeitaria que criou o bolo. 
Victoria fica na ilha de Vancouver (não confundir com a cidade de Vancouver), sendo a capital da província da Colúmbia Britânica (BC). 

ESSES BOLOS FORAM CRIADOS
PARA QUE MESMO EM ISOLAMENTO
AS PESSOAS POSSAM CELEBRAR 

Já  na Califórnia, a  padaria artesanal San Francisco Butter& mostrou que rapidamente pode se adaptar às novas demandas de mercado, enquanto  empresas até maiores estão lutando para manter  as portas aberta.

Então, a padaria criou os   Quarantine Cakes. Bolos da Quarentena,  para atender de 2 a 4 pessoas.

 OS BOLOS SALVARAM
A EMPRESA EM TEMPO
DE QUARENTENA  


Também em tamanhos  menores que o normal, servindo de duas a quatro pessoas, os clientes  podem escolher entre as seguintes mensagens: "Lave suas mãos", "Não toque no seu rosto", "Limpe e desinfete", "Finja que você é um introvertido", "Não esconda máscaras."

A proprietária da padaria Amanda Nguyen  revelou que  os bolos, feitos à mão por ela e  mais três funcionários da equipe, salvaram a empresa.

Não há segredos, explica Amanda, são bolos elegantes, artísticos, muito saborosos e bem elaborados, para 4 pessoas, vendidos a US$ 50 e entregues na casa do cliente.

Com informações de   Le Telegramme ,  Cremona Oggi  e   Vancouver - I H Radio  e outras fontes 

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Dawkins é criticado por ter 'esperança' de que Musk não seja tão estúpido como Trump

Tibetanos continuam se matando. E Dalai Lama não os detém

O Prêmio Nobel da Paz é "neutro" em relação às autoimolações Stephen Prothero, especialista em religião da Universidade de Boston (EUA), escreveu um artigo manifestando estranhamento com o fato de o Dalai Lama (foto) se manter neutro em relação às autoimolações de tibetanos em protesto pela ocupação chinesa do Tibete. Desde 16 de março de 2011, mais de 40 tibetanos se sacrificaram dessa dessa forma, e o Prêmio Nobel da Paz Dalai Lama nada fez para deter essa epidemia de autoimolações. A neutralidade, nesse caso, não é uma forma de conivência, uma aquiescência descompromissada? Covardia, até? A própria opinião internacional parece não se comover mais com esse festival de suicídios, esse desprezo incandescente pela vida. Nem sempre foi assim, lembrou Prothero. Em 1963, o mundo se comoveu com a foto do jornalista americano Malcolm Wilde Browne que mostra o monge vietnamita Thich Quang Duc colocando fogo em seu corpo em protesto contra a perseguição aos budistas pelo

TJs perdem subsídios na Noruega por ostracismo a ex-fiéis. Duro golpe na intolerância religiosa

Jornalista defende liberdade de expressão de clérigo e skinhead

Título original: Uma questão de hombridade por Hélio Schwartsman para Folha "Oponho-me a qualquer tentativa de criminalizar discursos homofóbicos"  Disputas eleitorais parecem roubar a hombridade dos candidatos. Se Fernando Haddad e José Serra fossem um pouco mais destemidos e não tivessem transformado a busca por munição contra o adversário em prioridade absoluta de suas campanhas, estariam ambos defendendo a necessidade do kit anti-homofobia, como aliás fizeram quando estavam longe dos holofotes sufragísticos, desempenhando funções executivas. Não é preciso ter o dom de ler pensamentos para concluir que, nessa matéria, ambos os candidatos e seus respectivos partidos têm posições muito mais próximas um do outro do que da do pastor Silas Malafaia ou qualquer outra liderança religiosa. Não digo isso por ter aderido à onda do politicamente correto. Oponho-me a qualquer tentativa de criminalizar discursos homofóbicos. Acredito que clérigos e skinheads devem ser l

Proibido o livro do padre que liga a umbanda ao demônio

Padre Jonas Abib foi  acusado da prática de  intolerância religiosa O Ministério Público pediu e a Justiça da Bahia atendeu: o livro “Sim, Sim! Não, Não! Reflexões de Cura e Libertação”, do padre Jonas Abib (foto), terá de ser recolhido das livrarias por, nas palavras do promotor Almiro Sena, conter “afirmações inverídicas e preconceituosas à religião espírita e às religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, além de flagrante incitação à destruição e ao desrespeito aos seus objetos de culto”. O padre Abib é ligado à Renovação Carismática, uma das alas mais conservadoras da Igreja Católica. Ele é o fundador da comunidade Canção Nova, cuja editora publicou o livro “Sim, Sim!...”, que em 2007 vendeu cerca de 400 mil exemplares, ao preço de R$ 12,00 cada um, em média. Manuela Martinez, da Folha, reproduz um trecho do livro: "O demônio, dizem muitos, "não é nada criativo". (...) Ele, que no passado se escondia por trás dos ídolos, hoje se esconde no

Condenado por estupro, pastor Sardinha diz estar feliz na cadeia

Pastor foi condenado  a 21 anos de prisão “Estou vivendo o melhor momento de minha vida”, diz José Leonardo Sardinha (foto) no site da Igreja Assembleia de Deus Ministério Plenitude, seita evangélica da qual é o fundador. Em novembro de 2008 ele foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado por estupro e atentado violento ao pudor. Sua vítima foi uma adolescente que, com a família, frequentava os cultos da Plenitude. A jovem gostava de um dos filhos do pastor, mas o rapaz não queria saber dela. Sardinha então disse à adolescente que tinha tido um sonho divino: ela deveria ter relações sexuais com ele para conseguir o amor do filho, e a levou para o motel várias vezes. Mas a ‘profecia’ não se realizou. O Sardinha Jr. continuou não gostando da ingênua adolescente. No texto publicado no site, Sardinha se diz injustiçado pela justiça dos homens, mas em contrapartida, afirma, Deus lhe deu a oportunidade de levar a palavra Dele à prisão. Diz estar batizando muita gen

Veja os 10 trechos mais cruéis da Bíblia

Santuário Nossa Senhora Aparecida fatura R$ 100 milhões por ano

Basílica atrai 10 milhões de fiéis anualmente O Santuário de Nossa Senhora de Aparecida é uma empresa da Igreja Católica – tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) – que fatura R$ 100 milhões por ano. Tudo começou em 1717, quando três pescadores acharam uma imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, formando-se no local uma vila que se tornou na cidade de Aparecida, a 168 km de São Paulo. Em 1984, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu à nova basílica de Aparecida o status de santuário, que hoje é uma empresa em franca expansão, beneficiando-se do embalo da economia e do fortalecimento do poder aquisitivo da população dos extratos B e C. O produto dessa empresa é o “acolhimento”, disse o padre Darci José Nicioli, reitor do santuário, ao repórter Carlos Prieto, do jornal Valor Econômico. Para acolher cerca de 10 milhões de fiéis por ano, a empresa está investindo R$ 60 milhões na construção da Cidade do Romeiro, que será constituída por trê