Deutsche Welle Os governos da Alemanha e dos Estados Unidos entraram numa disputa envolvendo uma potencial vacina contra o novo coronavírus, em desenvolvimento pela empresa alemã CureVac, revelou o jornal alemão Welt am Sonntag em reportagem publicada neste domingo (15/03).
Segundo o veículo, o presidente americano, Donald Trump, teria oferecido uma grande quantia de dinheiro aos cientistas alemães para garantir o direito exclusivo sobre a vacina.
A publicação citou uma fonte anônima próxima do governo alemão dizendo que Trump está fazendo de tudo para obter o agente imunizador: o presidente teria oferecido "1 bilhão de dólares" para garantir que a vacina seja "apenas para os Estados Unidos".
Segundo o Welt, membros do governo em Berlim já estariam negociando com a companhia para evitar que o líder americano obtenha os direitos exclusivos.
Em coletiva de imprensa neste domingo, jornalistas pediram ao ministro alemão do Interior, Horst Seehofer, que confirmasse a investida de Trump. "Só posso dizer que ouvi várias vezes hoje de membros do governo que este é o caso, e discutiremos isso no comitê de crises amanhã", disse.
O ministro da Economia, Peter Altmaier, reagiu à reportagem do Welt, que traz a manchete "Trump vs Berlim" em sua capa, afirmando que a "Alemanha não está à venda".
O caso provocou fúria em Berlim. "O que importa agora é a cooperação internacional, não o interesse nacional próprio", disse o deputado conservador Erwin Rüddel, membro do comitê de saúde do Parlamento alemão.
Christian Lindner, líder do Partido Liberal Democrático (FDP), acusou o presidente dos EUA de usar a questão para fins eleitorais, já que concorre à reeleição neste ano. "Obviamente, Trump usará todos os meios disponíveis numa campanha eleitoral", afirmou.
Uma autoridade dos Estados Unidos alegou à agência de notícias AFP que a reportagem do jornal alemão foi "exagerada".
Em tempo de coronavírus, a religião tem de se ajoelhar diante da ciência
Vacina contra o coronavírus deve sair em um ano e meio, diz professor da USP
Saiba como se proteger do coronavírus
Estudo confirma que coronavírus oferece maior risco de morte aos idosos
Coronavírus faz Centro Adventista cancelar palestra com criacionista
Trump declara emergência para poder desbloquear US$ 50 bi contra o coronavírus
Segundo o veículo, o presidente americano, Donald Trump, teria oferecido uma grande quantia de dinheiro aos cientistas alemães para garantir o direito exclusivo sobre a vacina.
A publicação citou uma fonte anônima próxima do governo alemão dizendo que Trump está fazendo de tudo para obter o agente imunizador: o presidente teria oferecido "1 bilhão de dólares" para garantir que a vacina seja "apenas para os Estados Unidos".
CUREVAC É UM LABORATÓRIO QUE ESTÁ AVANÇADO NO DESENVOLVIMENTO DE UMA VACINA CONTRA O COVID-19 |
Segundo o Welt, membros do governo em Berlim já estariam negociando com a companhia para evitar que o líder americano obtenha os direitos exclusivos.
Em coletiva de imprensa neste domingo, jornalistas pediram ao ministro alemão do Interior, Horst Seehofer, que confirmasse a investida de Trump. "Só posso dizer que ouvi várias vezes hoje de membros do governo que este é o caso, e discutiremos isso no comitê de crises amanhã", disse.
O ministro da Economia, Peter Altmaier, reagiu à reportagem do Welt, que traz a manchete "Trump vs Berlim" em sua capa, afirmando que a "Alemanha não está à venda".
O caso provocou fúria em Berlim. "O que importa agora é a cooperação internacional, não o interesse nacional próprio", disse o deputado conservador Erwin Rüddel, membro do comitê de saúde do Parlamento alemão.
Christian Lindner, líder do Partido Liberal Democrático (FDP), acusou o presidente dos EUA de usar a questão para fins eleitorais, já que concorre à reeleição neste ano. "Obviamente, Trump usará todos os meios disponíveis numa campanha eleitoral", afirmou.
Uma autoridade dos Estados Unidos alegou à agência de notícias AFP que a reportagem do jornal alemão foi "exagerada".
"O governo dos EUA conversou com muitas (mais de 25) empresas que afirmam poder ajudar com uma vacina. A maioria dessas companhias já recebeu financiamento inicial de investidores americanos", disse.
O funcionário também negou que Washington esteja tentando comprar uma vacina para mantê-la exclusivamente no país. "Continuaremos a conversar com qualquer empresa que diz poder ajudar. E qualquer solução encontrada será compartilhada com o mundo."
A CureVac, fundada em 2000, está sediada na cidade de Tübingen, no sudoeste alemão, e possui laboratórios em Frankfurt e em Boston, nos Estados Unidos.
A empresa trabalha hoje na fabricação de uma vacina contra o vírus Sars-Cov-2 em colaboração com o Instituto Paul Ehrlich, vinculado ao Ministério da Saúde alemão.
O funcionário também negou que Washington esteja tentando comprar uma vacina para mantê-la exclusivamente no país. "Continuaremos a conversar com qualquer empresa que diz poder ajudar. E qualquer solução encontrada será compartilhada com o mundo."
A CureVac, fundada em 2000, está sediada na cidade de Tübingen, no sudoeste alemão, e possui laboratórios em Frankfurt e em Boston, nos Estados Unidos.
A empresa trabalha hoje na fabricação de uma vacina contra o vírus Sars-Cov-2 em colaboração com o Instituto Paul Ehrlich, vinculado ao Ministério da Saúde alemão.
A expectativa é ter uma vacina experimental até junho ou julho e, em seguida, obter aprovação para testes em pessoas.
Na semana passada, a CureVac surpreendeu ao anunciar que substituiu o então CEO Daniel Menichella por Ingmar Hoerr, apenas algumas semanas após Menichella se encontrar com Trump.
"Estamos muito confiantes de que seremos capazes de desenvolver uma potente candidata a vacina dentro de alguns meses", afirmara Menichella logo após o encontro em Washington, que também contou com o vice-presidente Mike Pence e representantes de empresas farmacêuticas.
Investidores da CureVac negaram a possibilidade de vender a vacina para um único país. "Se formos bem-sucedidos no desenvolvimento de uma vacina eficaz, ela deverá ajudar e proteger pessoas em todo o mundo", dizia um comunicado.
Na semana passada, a CureVac surpreendeu ao anunciar que substituiu o então CEO Daniel Menichella por Ingmar Hoerr, apenas algumas semanas após Menichella se encontrar com Trump.
"Estamos muito confiantes de que seremos capazes de desenvolver uma potente candidata a vacina dentro de alguns meses", afirmara Menichella logo após o encontro em Washington, que também contou com o vice-presidente Mike Pence e representantes de empresas farmacêuticas.
Investidores da CureVac negaram a possibilidade de vender a vacina para um único país. "Se formos bem-sucedidos no desenvolvimento de uma vacina eficaz, ela deverá ajudar e proteger pessoas em todo o mundo", dizia um comunicado.
Em tempo de coronavírus, a religião tem de se ajoelhar diante da ciência
Vacina contra o coronavírus deve sair em um ano e meio, diz professor da USP
Saiba como se proteger do coronavírus
Estudo confirma que coronavírus oferece maior risco de morte aos idosos
Coronavírus faz Centro Adventista cancelar palestra com criacionista
Trump declara emergência para poder desbloquear US$ 50 bi contra o coronavírus
Comentários
Postar um comentário