Divulgador científico viral, Átila Iamarino, adverte que Brasil vai ter que alternar entre mitigação e supressão
Com 675 mil inscritos em seu canal (no dia 22 de março de 2020), o biológo Átila Iamarino (Currículo Lattes), até 15 dias conhecido num estreito círculo de jovens do ScienceBlogs Brasil e do Nerdologia e, após a eclosão da Covid-19, com uma explosão de quase 4,5 milhões de acessos no seu canal no Youtube, está viralizando.
Na última live, ele fala Porque é Importante ficar em Casa, estabelecendo diferenças entre o que é "mitigação" e "supressão". "Mitigação", o procedimento correto nessa altura, é o que o Brasil está fazendo, na redução da circulação de pessoas, mantendo apenas os serviços essenciais. "Supressão" é quando nenhum comércio abre, o que é o que a China já fez em Wuhan no momento maior da crise, e o que os brasileiros deverão viver em breve.
Segundo ele, "se o Brasil não adotar essas normas rígidas haverá mais de 1 milhão de mortos. Felizmente, o Brasil está adotando".
Sem entrar em opiniões políticas diretamente, ele deixa claro que é um absurdo pressionar o Governo para voltar às atividades econômicas. "Estamos falando de vidas. O Brasil não pode seguir o exemplo da Itália, que demorou para tomar medidas de isolamento total", alerta.
1 em cada 100 pessoas com Covid-19 morre
Segundo ele, "sendo generoso, de cada 100 pessoas que pegam Coronavírus, 1 delas morre, cerca de 14 dias depois dos primeiros sintomas".
Ele aponta, em seu vídeo, as razões de contágio de a pandemia crescer e com base em projeções já adverte que a Espanha terá proporcionalmente mais perdas que a Itália.
Para fazer essas previsões, ele se baseia em um documento que o próprio Iamarino posta em seus vídeos: Impacto de intervenções não farmacêuticas (NPIs, na sigla em inglês) para reduzir a mortalidade e a demanda de cuidados de saúde com COVID-19. documento público, disponível no site do Imperial College, divulgado por uma plêiade de cientistas da WHO (OMS): Collaborating Centre for Infectious Disease Modelling, MRC Centre for Global Infectious Disease Analysis, Abdul Latif Jameel Institute for Disease and Emergency Analytics e, claro, o Imperial College of London
Divulgação Científica
Átila Iamarino se alinha a Drauzio Varella como divulgador científico sério, comprometido com temas caros à população, numa linguagem menos hermética, e desprovido de qualquer crença que não seja na Ciência.
O que é muito bom, tendo em vista que o Brasil sempre careceu de quem faça a ponte entre Comunicação e Ciência. Mesmo os cursos acadêmicos de Jornalismo Científico formam muito mais pessoas versadas num discurso purista do que um "tradutor" de teses, vocabulário e ideias da Ciência para uma versão mais palatável.
Ainda que mais digeríveis, os vídeos de Iamarino ainda possuem uma abordagem com certa complexidade e são um pouco longos, para uma população ávida por informações e numa época em que a atenção só se prende numa argumentação expositiva por até 15 minutos.
Tanto que colaboradores de Átila fazem a divisão do tempo do vídeo em temas. Como esse índice, repetido aqui abaixo, do vídeo de 22 de março.
01:03 - Curso da doença
1 em cada 100 pessoas com Covid-19 morre
Segundo ele, "sendo generoso, de cada 100 pessoas que pegam Coronavírus, 1 delas morre, cerca de 14 dias depois dos primeiros sintomas".
Ele aponta, em seu vídeo, as razões de contágio de a pandemia crescer e com base em projeções já adverte que a Espanha terá proporcionalmente mais perdas que a Itália.
Para fazer essas previsões, ele se baseia em um documento que o próprio Iamarino posta em seus vídeos: Impacto de intervenções não farmacêuticas (NPIs, na sigla em inglês) para reduzir a mortalidade e a demanda de cuidados de saúde com COVID-19. documento público, disponível no site do Imperial College, divulgado por uma plêiade de cientistas da WHO (OMS): Collaborating Centre for Infectious Disease Modelling, MRC Centre for Global Infectious Disease Analysis, Abdul Latif Jameel Institute for Disease and Emergency Analytics e, claro, o Imperial College of London
Divulgação Científica
Átila Iamarino se alinha a Drauzio Varella como divulgador científico sério, comprometido com temas caros à população, numa linguagem menos hermética, e desprovido de qualquer crença que não seja na Ciência.
O que é muito bom, tendo em vista que o Brasil sempre careceu de quem faça a ponte entre Comunicação e Ciência. Mesmo os cursos acadêmicos de Jornalismo Científico formam muito mais pessoas versadas num discurso purista do que um "tradutor" de teses, vocabulário e ideias da Ciência para uma versão mais palatável.
Ainda que mais digeríveis, os vídeos de Iamarino ainda possuem uma abordagem com certa complexidade e são um pouco longos, para uma população ávida por informações e numa época em que a atenção só se prende numa argumentação expositiva por até 15 minutos.
Tanto que colaboradores de Átila fazem a divisão do tempo do vídeo em temas. Como esse índice, repetido aqui abaixo, do vídeo de 22 de março.
01:03 - Curso da doença
20:50 - Interpretando os números
31:00 - O que o Brasil está fazendo?
43:35 - Recados finais
44:00 - Átila solicitando que parem de distorcer a mensagem dele
Por causa da sua experiência em podcasts e lives, às vezes suas apresentações são atrapalhadas e interrompidas com saudações, olás e salves aos fãs, no chat. Afortunadamente, nos dois últimos vídeos, com temas bem graves, esses cumprimentos foram abandonados.
Átila Iamarino é Biólogo, bacharelado (2006), doutor em microbiologia (2012) pela Universidade de São Paulo e divulgador científico na internet. Fez pós-doutorado pela Universidade de São Paulo e pela Yale University em Virologia (Ebola, Zika, HIV) e espalhamento de vírus.
Fundador da maior rede de blogs de ciência em língua portuguesa, o ScienceBlogs Brasil, ele atualmente faz comunicação de ciência no Nerdologia e no próprio canal no YouTube para mais de 2 milhões e meio de pessoas.
Fundador da maior rede de blogs de ciência em língua portuguesa, o ScienceBlogs Brasil, ele atualmente faz comunicação de ciência no Nerdologia e no próprio canal no YouTube para mais de 2 milhões e meio de pessoas.
Na mesma linha editorial deste blog Paulopes, vale a pena também assistir: O que é o espírito na minha visão de cientista
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