Pular para o conteúdo principal

Líderes de religiões contestam decisão de Bolsonaro de permitir abertura de templos

Depois de o presidente Jair Bolsonaro determinar em medida provisória "as atividades religiosas  como essenciais" numa clara atitude de sabujar líderes evangélicos, como Edir Macedo e Silas Malafaia, não tardou a correr as redes sociais e o noticiário consultas a líderes religiosos.

A Igreja Católica, mesmo muitas denominações Evangélicas, a Federação Espírita,  as associações  Israelitas de diversos estados  e religiões de matrizes africanas, como o candomblé vão continuar

LÍDERES RELIGIOSOS OBEDECEM 
ÀS AUTORIDADES DA SAÚDE: 
FICAR EM CASA, NÃO IR A CULTOS

O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e arcebispo de Belo Horizonte,  dom Walmor Oliveira de Azevedo,  rechaçou  desde ontem (25 de março de 2020),  as declarações de Jair Bolsonaro. 

Hoje, 26, a CNBB utilizou as redes sociais, inclusive o Twitter para reiterar  a recomendação a todo o episcopado brasileiro quanto à necessidade de ficar em casa. 




O Vaticano já não tem atividades públicas há pelo menos 3 semanas, e amanhã 27 de março, o papa Francisco fará uma bênção extraordinária Urbi et Orbi (para a cidade e para mundo) às 18 horas em Roma (14 horas em Brasília), vai sozinho rezar numa “praça vazia", e inclusive há a possibilidade de oferecimento de indulgência plenária (perdão dos pecados, sem necessidade de confissão), devido à dificuldade de as pessoas "terem acesso ao sacramento", conforme explica o site do Vaticano.

O rabino Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista, garantiu que as sinagogas permanecem obedecendo às as recomendações dos governos estadual e municipal apesar do decreto presidencial.

Após explicar que as "as igrejas batistas são descentralizadas e autônomas", o pastor Davi Lago, capelão da Primeira Igreja Batista de São Paulo, informou que na comunidade dele, "as reuniões presenciais permanecem suspensas".

Da Assembleia de Deus como Malafaia, porém do ministério Madureira, o pastor Moacir Pereira em vídeo para a Prefeitura do Juiz de Fora, MG, conclama os fieis a se manterem em casa. O Conselho de Pastores de Juiz de Fora (CONPAS) informou que, após reunião com pastores de várias denominações da cidade, os cultos em igrejas e templos estão suspensos  desde quinta-feira (19) por tempo indeterminado. Lembrando que Juiz de Fora é uma cidade majoritariamente bolsonarista pois foi lá,  no Calçadão da Halfeld, a rua mais famosa da cidade, onde Jair Bolsonaro sofreu o atentado em 6 de setembro de 2018. 

Oficial da  tradição Zen Budista Soto Shu, a monja Cohen  afirma que o "serviços religiosos, o atendimento aos seguidores, isso é importante. Mas pode ser feito virtualmente. Não devemos reunir pessoas e não devemos fazer com que as pessoas transitem pelas ruas e venham a aglomerações de fiéis. O próprio Papa Francisco reza a missa sozinho."

Para ela, todas as tradições religiosas e espirituais devem respeitar isso no Brasil: cuidar de seus seguidores, das pessoas que possam estar tendo dificuldades e precisam de consolo espiritual. E isso pode ser feito através dos meios de comunicação e das redes sociais. Em vídeo no Youtube, a monja pede que as pessoas fiquem em casa e oferece sua Jornada da Quarentena para proporcionar conforto saúde mental, emocional. 

O vice-presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil,  Ali Zoghbi,  afirma que para o islã, "a premissa absolutamente essencial a preservação da vida.   Então temos que, acima de tudo, ter todas as iniciativas no sentido de fazer com que o ser humano seja preservado. As autoridades religiosas de todas as linhas   orientam suspender todas manifestações, os cultos religiosos, as orações em congregação justamente para que não se coloque em risco a vida humana de nenhum dos seus adeptos, como mandam as autoridades sanitárias", diz  Zoghbi.  

O babalorixá Adaílton Moreira, do terreiro de candomblé Ilê Omijuarô informa que "todas as lideranças religiosas de matriz africana  estão orientando a manter o isolamento social.  A gente está seguindo a Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde e outras organizações, como o Conselho de Medicina e tantos outros. É importante que continuemos mantendo o isolamento social. É isso que pode salvar vidas", apregoa.

Com Estadão, G1, sites das entidades e vídeos dos líderes.


Jornalista da Itália compara a pandemia a uma invasão de alienígenas

Movimento antivacina é criminoso, afirma Drauzio Varella

Vídeo: guru de Bolsonaro, Olavo de Carvalho diz que ninguém morreu de coronavírus

Vídeo: Covid-19 elevará o desemprego; e R.R. Soares pede dinheiro

Psicóloga diz como é possível manter o equilíbrio emocional em tempo de pandemia

Coronavírus faz Centro Adventista cancelar palestra com criacionista

Tribunal de Justiça de Minas obriga casal de religiosos a vacinarem os filhos







Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Dawkins é criticado por ter 'esperança' de que Musk não seja tão estúpido como Trump

Tibetanos continuam se matando. E Dalai Lama não os detém

O Prêmio Nobel da Paz é "neutro" em relação às autoimolações Stephen Prothero, especialista em religião da Universidade de Boston (EUA), escreveu um artigo manifestando estranhamento com o fato de o Dalai Lama (foto) se manter neutro em relação às autoimolações de tibetanos em protesto pela ocupação chinesa do Tibete. Desde 16 de março de 2011, mais de 40 tibetanos se sacrificaram dessa dessa forma, e o Prêmio Nobel da Paz Dalai Lama nada fez para deter essa epidemia de autoimolações. A neutralidade, nesse caso, não é uma forma de conivência, uma aquiescência descompromissada? Covardia, até? A própria opinião internacional parece não se comover mais com esse festival de suicídios, esse desprezo incandescente pela vida. Nem sempre foi assim, lembrou Prothero. Em 1963, o mundo se comoveu com a foto do jornalista americano Malcolm Wilde Browne que mostra o monge vietnamita Thich Quang Duc colocando fogo em seu corpo em protesto contra a perseguição aos budistas pelo

TJs perdem subsídios na Noruega por ostracismo a ex-fiéis. Duro golpe na intolerância religiosa

Jornalista defende liberdade de expressão de clérigo e skinhead

Título original: Uma questão de hombridade por Hélio Schwartsman para Folha "Oponho-me a qualquer tentativa de criminalizar discursos homofóbicos"  Disputas eleitorais parecem roubar a hombridade dos candidatos. Se Fernando Haddad e José Serra fossem um pouco mais destemidos e não tivessem transformado a busca por munição contra o adversário em prioridade absoluta de suas campanhas, estariam ambos defendendo a necessidade do kit anti-homofobia, como aliás fizeram quando estavam longe dos holofotes sufragísticos, desempenhando funções executivas. Não é preciso ter o dom de ler pensamentos para concluir que, nessa matéria, ambos os candidatos e seus respectivos partidos têm posições muito mais próximas um do outro do que da do pastor Silas Malafaia ou qualquer outra liderança religiosa. Não digo isso por ter aderido à onda do politicamente correto. Oponho-me a qualquer tentativa de criminalizar discursos homofóbicos. Acredito que clérigos e skinheads devem ser l

Proibido o livro do padre que liga a umbanda ao demônio

Padre Jonas Abib foi  acusado da prática de  intolerância religiosa O Ministério Público pediu e a Justiça da Bahia atendeu: o livro “Sim, Sim! Não, Não! Reflexões de Cura e Libertação”, do padre Jonas Abib (foto), terá de ser recolhido das livrarias por, nas palavras do promotor Almiro Sena, conter “afirmações inverídicas e preconceituosas à religião espírita e às religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, além de flagrante incitação à destruição e ao desrespeito aos seus objetos de culto”. O padre Abib é ligado à Renovação Carismática, uma das alas mais conservadoras da Igreja Católica. Ele é o fundador da comunidade Canção Nova, cuja editora publicou o livro “Sim, Sim!...”, que em 2007 vendeu cerca de 400 mil exemplares, ao preço de R$ 12,00 cada um, em média. Manuela Martinez, da Folha, reproduz um trecho do livro: "O demônio, dizem muitos, "não é nada criativo". (...) Ele, que no passado se escondia por trás dos ídolos, hoje se esconde no

Condenado por estupro, pastor Sardinha diz estar feliz na cadeia

Pastor foi condenado  a 21 anos de prisão “Estou vivendo o melhor momento de minha vida”, diz José Leonardo Sardinha (foto) no site da Igreja Assembleia de Deus Ministério Plenitude, seita evangélica da qual é o fundador. Em novembro de 2008 ele foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado por estupro e atentado violento ao pudor. Sua vítima foi uma adolescente que, com a família, frequentava os cultos da Plenitude. A jovem gostava de um dos filhos do pastor, mas o rapaz não queria saber dela. Sardinha então disse à adolescente que tinha tido um sonho divino: ela deveria ter relações sexuais com ele para conseguir o amor do filho, e a levou para o motel várias vezes. Mas a ‘profecia’ não se realizou. O Sardinha Jr. continuou não gostando da ingênua adolescente. No texto publicado no site, Sardinha se diz injustiçado pela justiça dos homens, mas em contrapartida, afirma, Deus lhe deu a oportunidade de levar a palavra Dele à prisão. Diz estar batizando muita gen

Veja os 10 trechos mais cruéis da Bíblia

Santuário Nossa Senhora Aparecida fatura R$ 100 milhões por ano

Basílica atrai 10 milhões de fiéis anualmente O Santuário de Nossa Senhora de Aparecida é uma empresa da Igreja Católica – tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) – que fatura R$ 100 milhões por ano. Tudo começou em 1717, quando três pescadores acharam uma imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, formando-se no local uma vila que se tornou na cidade de Aparecida, a 168 km de São Paulo. Em 1984, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu à nova basílica de Aparecida o status de santuário, que hoje é uma empresa em franca expansão, beneficiando-se do embalo da economia e do fortalecimento do poder aquisitivo da população dos extratos B e C. O produto dessa empresa é o “acolhimento”, disse o padre Darci José Nicioli, reitor do santuário, ao repórter Carlos Prieto, do jornal Valor Econômico. Para acolher cerca de 10 milhões de fiéis por ano, a empresa está investindo R$ 60 milhões na construção da Cidade do Romeiro, que será constituída por trê