Paulo Lopes / Notas de um ateu O prefeito Leonir Cardozo (PP) encontrou uma solução para espantar o coronavírus de sua cidade, Sarandi (RS): baixou um decreto determinando que os 24 mil moradores façam 7 dias de oração. A contagem começou no dia 7, às 18h.
O decreto afirma que a população “invoque o nome do Senhor Jesus Cristo para que Ele nos traga livramento e nos conduza em tudo”.
Detalhe: as pessoas devem fazer a invocação independentemente de seu credo.
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O decreto afirma que a população “invoque o nome do Senhor Jesus Cristo para que Ele nos traga livramento e nos conduza em tudo”.
Detalhe: as pessoas devem fazer a invocação independentemente de seu credo.
CATÓLICO FERVOROSO, LEONIR CARDOZO RESOLVEU A PANDEMIA POR DECRETO |
O prefeito explica, no decreto, que teve de tomar a decisão diante do fato de que "por mais que haja todo empenho e esforço das autoridades para conter os efeitos desta calamidade, mediante decisões de pessoas capacitadas e técnicas, porém não conseguimos trazer respostas para todos os problemas enfrentados."
Se é tão fácil assim, só com oração, por que presidentes de países não tiveram a mesma ideia, evitando milhares de mortes?
Com certeza o prefeito de Sarandi se acha mais esperto que todos.
Só tem um probleminha: o decreto é inconstitucional porque ofende a laicidade do Estado brasileiro.
A professora Misabel Derzi, da UFMG, e ex-Procuradora Geral do Estado de MG, afirmou que se o decreto impusesse algum tipo de sanção, multa, por exemplo, caberia uma ação civil pública contra o prefeito.
Diante de criticas na internet, o prefeito Cardozo divulgou nota reiterando sua fé no poder da oração, mas também na ciência.
Se fosse assim, o prefeito deveria ter tomado uma decisão realmente útil contra a pandemia, como distribuir sabonete às pessoas para que lavem as mãos com mais frequência.
O sabonete é a salvação, não a oração.
Se é tão fácil assim, só com oração, por que presidentes de países não tiveram a mesma ideia, evitando milhares de mortes?
Com certeza o prefeito de Sarandi se acha mais esperto que todos.
Só tem um probleminha: o decreto é inconstitucional porque ofende a laicidade do Estado brasileiro.
A professora Misabel Derzi, da UFMG, e ex-Procuradora Geral do Estado de MG, afirmou que se o decreto impusesse algum tipo de sanção, multa, por exemplo, caberia uma ação civil pública contra o prefeito.
Diante de criticas na internet, o prefeito Cardozo divulgou nota reiterando sua fé no poder da oração, mas também na ciência.
Se fosse assim, o prefeito deveria ter tomado uma decisão realmente útil contra a pandemia, como distribuir sabonete às pessoas para que lavem as mãos com mais frequência.
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