A bancada evangélica está pressionando o Governo Bolsonaro para obter empréstimo da Caixa Econômica Federal com baixas taxas de juros, no mesmo molde dos financiamentos de bancos a empresas por conta da pandemia do coronavírus.
Representantes de megaigrejas, como a Graças de Deus e a Universal, já vinham atuando nos bastidores bolsonaristas para conseguir uma anistia de dívida tributária milionária.
Por causa dessa dívida e da dramática recessão em que o país está entrando, técnicos do ministro Paulo Guedes, da Economia, temem que as igrejas evangélicas obtenham dinheiro da Caixa já sabendo que vão dar calote.
O jornal “O Estado de S.Paulo” informou que a Caixa e outros bancos dificilmente concedem financiamento às igrejas por falta de garantia.
Como lastro, as igrejas têm a oferecer expectativa de arrecadação de dízimo, o que não é aceito pelo sistema financeiro por motivos óbvios.
Imóveis podem servir de garantia, mas os bancos sabem da dificuldade em resgatá-los judicialmente em caso de calote.
Por isso, a aposta de lideranças evangélicas, todas do Centrão, é cobrar pelo apoio a Bolsonaro, cuja sustentação política tem se enfraquecido rapidamente nas últimas semanas.
No dia 22, o bispo da Universal e deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) teve um encontro com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para pedir a liberação de empréstimos da Caixa.
Pereira teria reclamado que os bancos estão socorrendo empresas, mas não as igrejas, como se estas, que já contam com imunidade tributária, fossem um negócio qualquer.
IGREJAS TENTAM FAZER COM QUE OS CONTRIBUINTES PAGUEM O DIZIMO QUE DEIXARAM DE ARRECADAR |
Políticos adotam pregação de pastores, e Estado laico tende a desaparecer
Criacionista afronta o Estado laico ao autorizar grupo de orações na Capes
Governo Bolsonoro usa verba publicitária para pagar ‘dízimo’ às igrejas amigas
Fundamentalismo religioso de Bolsonaro é pior que o da Idade Média, diz Roberto Freire
Comentários
Postar um comentário