Christa Pongratz-Lippitt / The Tablet Em preparação para o 75º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, os bispos alemães realizaram um estudo aprofundado do comportamento de seus antecessores durante o regime nazista.
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Em 29 de abril, a Conferência Episcopal Alemã apresentou as conclusões a que chegaram a uma declaração intitulada “Os bispos alemães durante a Segunda Guerra Mundial”.
Os bispos foram levados a conduzir o presente estudo após repetidas queixas de que os seus antecessores na Alemanha de Hitler haviam deixado os soldados católicos do país a lidarem por si sós com o dilema moral em que se encontravam na época.
Os prelados concluíram que, apesar da oposição individual a Hitler por parte de um ou dois bispos, a Igreja Católica continuou sendo parte da sociedade durante a guerra. A disposição patriótica da Igreja em mobilizar os seus recursos materiais, pessoais e mentais para a guerra permaneceu ininterrupta até o final do conflito, lê-se no texto divulgado.
Os bispos alemães nunca protestaram abertamente contra as ações da guerra nazista — nem em setembro de 1939, quando a guerra contra a Alemanha foi declarada — e nem depois.
Os bispos foram levados a conduzir o presente estudo após repetidas queixas de que os seus antecessores na Alemanha de Hitler haviam deixado os soldados católicos do país a lidarem por si sós com o dilema moral em que se encontravam na época.
Os prelados concluíram que, apesar da oposição individual a Hitler por parte de um ou dois bispos, a Igreja Católica continuou sendo parte da sociedade durante a guerra. A disposição patriótica da Igreja em mobilizar os seus recursos materiais, pessoais e mentais para a guerra permaneceu ininterrupta até o final do conflito, lê-se no texto divulgado.
Os bispos alemães nunca protestaram abertamente contra as ações da guerra nazista — nem em setembro de 1939, quando a guerra contra a Alemanha foi declarada — e nem depois.
“E dificilmente uma voz se levantava contra os crimes monstruosos cometidos contra os que eram perseguidos por pertencerem a uma ‘raça estrangeira’, especialmente os judeus”.
Alguns bispos protestaram individualmente, por exemplo contra a eutanásia, mas os soldados católicos que se viam confrontados com a violência rampante do regime nas várias frentes e buscavam por ajuda espiritual não puderam se voltar aos bispos.
Os bispos de hoje chegaram à conclusão de que os antecessores não se opuseram claramente ao regime nazista, carregam parte da culpa. Na declaração contendo os resultados do estudo, os bispos consideraram este fato “particularmente vergonhoso”.
Na apresentação do texto em 29 de abril, o presidente da conferência dos bispos dom Georg Bätzing explicou que, embora muitos aspectos do comportamento da Igreja alemã durante a guerra foram reavaliados, há duas lacunas notáveis: uma de memória, e uma de confissão.
Os bispos de hoje chegaram à conclusão de que os antecessores não se opuseram claramente ao regime nazista, carregam parte da culpa. Na declaração contendo os resultados do estudo, os bispos consideraram este fato “particularmente vergonhoso”.
ABADE ALEMÃO ALBAN SCHACHLEITER |
Na apresentação do texto em 29 de abril, o presidente da conferência dos bispos dom Georg Bätzing explicou que, embora muitos aspectos do comportamento da Igreja alemã durante a guerra foram reavaliados, há duas lacunas notáveis: uma de memória, e uma de confissão.
Os bispos alemães atuais querem preencher estas duas lacunas. Bätzing e seus colegas de episcopado não consideram isso fácil, já que geração alguma está livre dos preconceitos específicos de seu tempo.
“No entanto, as gerações futuras devem sempre encarar a história a fim de aprender com ela”, afirmou presidente dos bispos.
Com tradução de Isaque Gomes Correa para IHU Online.
Com tradução de Isaque Gomes Correa para IHU Online.
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