Pietro Orlandi renovou apelo ao papa emérito Bento 16 para que se manifeste sobre o sumiço no Vaticano da irmã dele, Emanuela, há 37 anos.
Filha de Ercole, funcionário da Prefeitura da Casa Pontifícia, a jovem desapareceu quando tinha 15 anos em circunstâncias nunca esclarecidas pelo Vaticano e pelas autoridades italianas.
Tornou-se um caso envolto em histórias de conspiração, não se sabendo o que elas podem conter de verdade.
Há a suspeita, por exemplo, de que o autor do sequestro tenha sido o mafioso Enrico De Pedis (1954-1990), que teria matado a jovem e jogado o corpo em um misturador de cimento.
Essa versão foi contada em 2008 por Sabrina Minard, que namorou o mafioso, que tinha contatos no Vaticano por ser investidor no banco da Igreja Católica.
Ele teria matado a jovem como um recado ao arcebispo Paul Marcinkus, conhecido como “banqueiro de Deus” por ser o presidente do Banco do Vaticano.
O mafioso foi assassinado por membros de seu bando e o corpo sepultado na Basílica de Santo Apolinário, em Roma, o que é incomum para um criminoso.
Emanuela sumiu quando tinha 15 anos |
Em 2012, o corpo foi cremado, e até hoje o Vaticano não deu uma explicação por aceitado o sepultamento de um conhecido criminoso em uma basílica.
Em maio de 2012, o padre exorcista Gabriele Amorth (1925-2016) disse que Emanuela teria sido sequestrada por agentes da Polícia do Vaticano e assinada após o seu estupro.
Pietro está cobrando uma explicação de Bento 16 porque acredita que o papa emérito tem informação que ajudaria a solucionar o caso.
"O meu apelo é para [Joseph] Ratzinger, que ainda veste uma roupa branca, ainda é o papa Bento 16 e que era muito próximo de João Paulo 2. Agora, ele tem 93 anos e se aproxima do Senhor. Se ele alguma coisa, que diga. Que tenha um pouco de consciência e diga. Que não leve segredos para um tumba como [Karol] Wojtyla", disse na semana passada o irmão de Emanuela.
Emanuela (de rosa) e família com o papa João Paulo 2 |
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