Três bispos australianos estão encorajando os cristãos a recusarem vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas a partir de linhagens celulares extraídas de fetos abortados.
O bispo católico Anthony Fisher, o arcebispo anglicano Glenn Davies e o arcebispo ortodoxo grego Makarios Griniezakis subscreveram uma carta ao governo para que os cristãos tenham como optar por uma vacina que esteja de acordo com os princípios éticos da religião.
Os três líderes religiosos têm sido criticados pela comunidade científica porque as mortes no mundo causadas pelo novo coronavírus se aproximam de 1 milhão e detê-las também é um princípio moral, só que de uma enorme grandeza.
O governo australiano assinou um acordo com o laboratório britânico Astra-Zeneca, que, em parceria com a Universidade de Oxford, está desenvolvimento uma vacina contra a Covid-19.
Já na fase final dos testes, inclusive no Brasil, a vacina, como outras, usa linhagens celulares de fetos.
“É no melhor do interesse comunitário que a vacinação seja tomada amplamente e que essa doença mortífera seja derrotada. Melhor alcançaremos esses objetivos se as vacinas disponíveis não implicarem um dilema ético”, escreveu Fischer no Facebook, ao explicar por que mandou a carta a Scott Morrison, o primeiro-ministro.
Robert Booy, professor de vacinologia da Universidade de Sydney, teme que os religiosos ajudem a fortalecer os movimentos antivacinas, que em alguns países já estão se articulando no caso da Covid-19.
Ele disse estranhar a manifestação dos bispos, porque as vacinas têm sido desenvolvidas com linhagens de células com fetos abortados há cinquenta anos, salvando milhões de vida, e nunca houve oposição de grupos cristãos. Até porque, acrescentou, "é grande a distância entre a linha celular e a vacina final".
Vacinas contra rubéola, hepatite A e catapora, por exemplo, foram desenvolvidas com esse método científico.
“Células-tronco fetais podem passar por um número grande de replicações, diferentemente como ocorre com as células humanas adultas. Assim, para a fabricação de vacinas, o vírus precisa crescer dentro da célula multiplicada e então ser colhido. Em seguida, retira-se o elemento humano, todos os vestígios de DNA, e há uma purificação para que semente fique o elemento viral.”
Peter Doherty, professor de imunologia e ganhador do Prêmio Nobel, afirmou que a fabricação de vacina pela linhagem celular não apresenta nenhum problema, cientificamente.
Disse que Fisher pode dizer o que quiser e que é um direito dos cientistas não dar importância para a pregação do bispo católico.
O médico Nick Coatsworth, do Departamento de Saúde do Governo, afirmou que tem acompanhado as preocupações de religiosos em relação à vacina, mas, acrescentou, a realidade é que o uso de culturas celulares é o fundamental para a obtenção de novos medicamentos.
“A célula humana é realmente parte importante do desenvolvimento das vacinas. Há regulamentos éticos para o uso de quaisquer células humanas, em especial células fetais”, disse.
“A pesquisa da Universidade de Oxford é extremamente profissional, é uma das principais universidades do mundo. Portanto, podemos acreditar que a forma como a vacina foi produzida segue os mais altos padrões éticos internacionais.”Com informação de Elias Visontay, do The Guardian, e de outras fontes.
O bispo católico Anthony Fisher, o arcebispo anglicano Glenn Davies e o arcebispo ortodoxo grego Makarios Griniezakis subscreveram uma carta ao governo para que os cristãos tenham como optar por uma vacina que esteja de acordo com os princípios éticos da religião.
Os três líderes religiosos têm sido criticados pela comunidade científica porque as mortes no mundo causadas pelo novo coronavírus se aproximam de 1 milhão e detê-las também é um princípio moral, só que de uma enorme grandeza.
O governo australiano assinou um acordo com o laboratório britânico Astra-Zeneca, que, em parceria com a Universidade de Oxford, está desenvolvimento uma vacina contra a Covid-19.
Já na fase final dos testes, inclusive no Brasil, a vacina, como outras, usa linhagens celulares de fetos.
“É no melhor do interesse comunitário que a vacinação seja tomada amplamente e que essa doença mortífera seja derrotada. Melhor alcançaremos esses objetivos se as vacinas disponíveis não implicarem um dilema ético”, escreveu Fischer no Facebook, ao explicar por que mandou a carta a Scott Morrison, o primeiro-ministro.
Robert Booy, professor de vacinologia da Universidade de Sydney, teme que os religiosos ajudem a fortalecer os movimentos antivacinas, que em alguns países já estão se articulando no caso da Covid-19.
Ele disse estranhar a manifestação dos bispos, porque as vacinas têm sido desenvolvidas com linhagens de células com fetos abortados há cinquenta anos, salvando milhões de vida, e nunca houve oposição de grupos cristãos. Até porque, acrescentou, "é grande a distância entre a linha celular e a vacina final".
Vacinas contra rubéola, hepatite A e catapora, por exemplo, foram desenvolvidas com esse método científico.
“Células-tronco fetais podem passar por um número grande de replicações, diferentemente como ocorre com as células humanas adultas. Assim, para a fabricação de vacinas, o vírus precisa crescer dentro da célula multiplicada e então ser colhido. Em seguida, retira-se o elemento humano, todos os vestígios de DNA, e há uma purificação para que semente fique o elemento viral.”
Peter Doherty, professor de imunologia e ganhador do Prêmio Nobel, afirmou que a fabricação de vacina pela linhagem celular não apresenta nenhum problema, cientificamente.
Disse que Fisher pode dizer o que quiser e que é um direito dos cientistas não dar importância para a pregação do bispo católico.
O médico Nick Coatsworth, do Departamento de Saúde do Governo, afirmou que tem acompanhado as preocupações de religiosos em relação à vacina, mas, acrescentou, a realidade é que o uso de culturas celulares é o fundamental para a obtenção de novos medicamentos.
“A célula humana é realmente parte importante do desenvolvimento das vacinas. Há regulamentos éticos para o uso de quaisquer células humanas, em especial células fetais”, disse.
“A pesquisa da Universidade de Oxford é extremamente profissional, é uma das principais universidades do mundo. Portanto, podemos acreditar que a forma como a vacina foi produzida segue os mais altos padrões éticos internacionais.”Com informação de Elias Visontay, do The Guardian, e de outras fontes.
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