Paulo Lopes / Opinião Depois de ter sido exposta à omissão criminosa de um hospital do Espírito Santo, ter o nome divulgado por uma bolsonarista infame e ser chamada de “assassina” por uma turba de fundamentalistas religiosos, a menina de 10 anos engravidada por estupro por um tio de 33 anos acabou sem alvo da perversidade de uma professora do ensino básico, de alguém que, em tese, deveria defendê-la.
A professora Eliana Nuci de Oliveira, do ensino básico de Guarulhos (SP), escreveu no Facebook que a menina não foi estuprada porque vinha consentindo o relacionamento carnal havia quatro anos.
“Criança se defende chorando pra mãe, está menina nunca chorou porquê?”, escreveu a professora.
“Não foi nenhuma violência, ela já tinha vida sexual há quatro anos com esse homem. Deve ter sido bem paga.”
A menina é órfã de mãe e o pai está preso. Quem cuida dela são os avós maternos.
O tio, com histórico de violência, dizia para a menina que, se ela contasse a alguém sobre o estupro, ele mataria o avô.
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo fez o que devia fazer: demitiu a professora Eliana Nuci de Oliveira por considerar que se trata de uma pessoa que tem de ser mantida longe de crianças.
Eliana demonstrou ser uma pessoa que não tem um mínimo de sensibilidade diante do drama de uma menina abusada. Assim como o estuprador, a professora deve sofrer de desvios morais e psicológicos.
Em sua postagem no Facebook, a professora não criticou o estuprador, mas só a menina, como se a criança fosse uma prostituta devassa e o tio apenas um cliente.
A professora apagou suas postagens na rede social e até o momento não falou com jornalistas, para dizer o esperado nessas circunstâncias: pedir desculpas, falar que não tinha intenção de ofender a criança, etc.
É natural que haja uma curiosidade sobre Eliana Nuci de Oliveira, até como estudo sobre a natureza humana.
Por que foi tão implacável com uma criança estuprada?
Eliana tem religião? É evangélica? Católica? No culto ou na missa de domingo ela diz amar o próximo, como mandou Jesus?
Ela votou em quem nas eleições presidenciais?
Tem marido? Filhos? Filhas?
Pelo que escreveu, Eliana está sendo fortemente criticada na internet. Mas poderia ser pior. Ela poderia estar sob o julgo de um estuprador, o que não se deseja a ninguém.
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“Criança se defende chorando pra mãe, está menina nunca chorou porquê?”, escreveu a professora.
“Não foi nenhuma violência, ela já tinha vida sexual há quatro anos com esse homem. Deve ter sido bem paga.”
A menina é órfã de mãe e o pai está preso. Quem cuida dela são os avós maternos.
O tio, com histórico de violência, dizia para a menina que, se ela contasse a alguém sobre o estupro, ele mataria o avô.
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo fez o que devia fazer: demitiu a professora Eliana Nuci de Oliveira por considerar que se trata de uma pessoa que tem de ser mantida longe de crianças.
Eliana demonstrou ser uma pessoa que não tem um mínimo de sensibilidade diante do drama de uma menina abusada. Assim como o estuprador, a professora deve sofrer de desvios morais e psicológicos.
Em sua postagem no Facebook, a professora não criticou o estuprador, mas só a menina, como se a criança fosse uma prostituta devassa e o tio apenas um cliente.
A professora apagou suas postagens na rede social e até o momento não falou com jornalistas, para dizer o esperado nessas circunstâncias: pedir desculpas, falar que não tinha intenção de ofender a criança, etc.
É natural que haja uma curiosidade sobre Eliana Nuci de Oliveira, até como estudo sobre a natureza humana.
Por que foi tão implacável com uma criança estuprada?
Eliana tem religião? É evangélica? Católica? No culto ou na missa de domingo ela diz amar o próximo, como mandou Jesus?
Ela votou em quem nas eleições presidenciais?
Tem marido? Filhos? Filhas?
Pelo que escreveu, Eliana está sendo fortemente criticada na internet. Mas poderia ser pior. Ela poderia estar sob o julgo de um estuprador, o que não se deseja a ninguém.
Professora Eliana não tem compaixão |
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Comentários
os mesmos cristão que chamaram a menina de assassina estavam defendendo a desde dela por acaso?
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