A pastora e ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), informou no Twitter que vai processar o jornalista Flávio VM Costa, porque este escreveu naquela rede social que ela “tramou” sequestrar a menina capixaba grávida de 10 anos para impedir o aborto.
“Terá que provar isso na Justiça. Nos vemos nos tribunais”, respondeu a ministra.
O suposto sequestro se refere à atuação de Damares nos bastidores para transferir a menina de São Mateus (ES) para o hospital São Francisco de Assis, em Jacareí (SP), onde ela seria convencida a manter a gravidez.
Damares nega que tenha interferido no caso, mas reportagem da Folha e do Globo comprova que seus assessores estiveram na cidade e a própria ministra participou de uma videoconferência com autoridades de São Mateus.
No dia 14 de agosto, este site já alertava que Damares estava pressionando autoridades médicas e a avó da menina para que a gravidez fosse mantida.
Damares admite que estava monitorando o caso para garantir o bem-estar da menina, mas a Folha apurou que assessores da ministra mantiveram contato com duas médicas do hospital de Jacareí para tratar da transferência.
Embora o caso fosse de competência da Secretaria de Saúde de São Mateus, que estava agindo de acordo com a legislação, que permite aborto em caso de estupro, a Folha obteve cópia de um ofício datado em 13 de agosto, em papel timbrado do Hospital São Francisco de Assis, que trata da internação da menina em Jacarei.
Com informação da rede social, Folha, Globo e outras fontes.
“Terá que provar isso na Justiça. Nos vemos nos tribunais”, respondeu a ministra.
O suposto sequestro se refere à atuação de Damares nos bastidores para transferir a menina de São Mateus (ES) para o hospital São Francisco de Assis, em Jacareí (SP), onde ela seria convencida a manter a gravidez.
Damares nega que tenha interferido no caso, mas reportagem da Folha e do Globo comprova que seus assessores estiveram na cidade e a própria ministra participou de uma videoconferência com autoridades de São Mateus.
No dia 14 de agosto, este site já alertava que Damares estava pressionando autoridades médicas e a avó da menina para que a gravidez fosse mantida.
Damares admite que estava monitorando o caso para garantir o bem-estar da menina, mas a Folha apurou que assessores da ministra mantiveram contato com duas médicas do hospital de Jacareí para tratar da transferência.
Embora o caso fosse de competência da Secretaria de Saúde de São Mateus, que estava agindo de acordo com a legislação, que permite aborto em caso de estupro, a Folha obteve cópia de um ofício datado em 13 de agosto, em papel timbrado do Hospital São Francisco de Assis, que trata da internação da menina em Jacarei.
Na época, a garota e a sua vó já estavam decididas a interromper a gravidez e estavam tendo de resistir à oposição de integrantes do Conselho Tutelar.
O Ministério Público encaminhou ao TCU (Tribunal de Contas da União) uma representação para apurar se Damares Alves desrespeitou o Estado laico, tentando conduzir o desfecho do caso da criança vítima estupro de acordo com as convições religiosas dela, pastora.
O MP ressalta, na representação, que houve a mobilização de um “aparato estatal para meramente dissipar angústias pessoais da ministra Damares Alves, que tem, relativamente à questão do aborto, uma postura contrária ao ordenamento jurídico brasileiro”.
No Twitter, o jornalista Costa afirma que "sequestrar crianças é uma expertise" da Damares.
Em janeiro de 2019, a revista Época publicou denúncia de índios da tribo Kamayurá, da reserva Xingu, de que Kajutiti Lulu Kamayurá, filha adotiva da Damares, tinha sido sequestrada aos 8 anos por uma assessora da pastora. Damares nega.
O Ministério Público encaminhou ao TCU (Tribunal de Contas da União) uma representação para apurar se Damares Alves desrespeitou o Estado laico, tentando conduzir o desfecho do caso da criança vítima estupro de acordo com as convições religiosas dela, pastora.
O MP ressalta, na representação, que houve a mobilização de um “aparato estatal para meramente dissipar angústias pessoais da ministra Damares Alves, que tem, relativamente à questão do aborto, uma postura contrária ao ordenamento jurídico brasileiro”.
Há também a suspeita de que o nome da menina e o do hospital em Recife onde seria realizado o aborto foram vazados pelo ministério da Damares para a ativista de extrema-direita Sara Winter, que divulgou a informação em sua rede social, o que motivou uma manifestação de fanáticos religiosos na entrada do local. A menina teve de entrar no hospital escondida dentro de um carro.
Em janeiro de 2019, a revista Época publicou denúncia de índios da tribo Kamayurá, da reserva Xingu, de que Kajutiti Lulu Kamayurá, filha adotiva da Damares, tinha sido sequestrada aos 8 anos por uma assessora da pastora. Damares nega.
Com informação da rede social, Folha, Globo e outras fontes.
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