A UBE (União Brasileira de Escritores) manifestou apoio ao escritor João Paulo Cuenca por ele estar sendo vítima de “inquisição” da Igreja Universal do Reino de Deus.
Há mais de 80 ações judiciais em 19 Estados apresentadas por pastores da Universal contra Cuenca por ele ter escrito no Twitter que “o brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal”.
Trata-se de uma referência a um texto de Jean Meslier, do século 18, segundo o qual “o homem só será livre quando o ultimo rei for enforcado nas tripas do último padre”.
Os pastores alegam que houve preconceito religioso e pedem ressarcimento por dano moral no valor de até R$ 20.000.
Mesmo que seja inocentado, Cuenca terá de se fazer representar em todos esses Estados, o que implica gastos com advogados.
A Universal negou que tenha orquestrado as ações e que seus pastores podem recorrer à Justiça por vontade própria, individualmente.
A UBE refuta esse argumento porque as ações “são praticamente iguais, movidas por pastores da mesma agremiação religiosa, em movimento coordenado único, configurando litigância de má-fé.”.
“Querer processar escritores por emitirem livremente opiniões é colocar-se a serviço do obscurantismo e impor um sistema que não cabe no jogo democrático”, disse a entidade em nota.
“O desejo de afogar um escritor em dívidas, impossibilitando o seu trabalho futuro ao tirar-lhe a paz, fica evidente.”
“Temos, ao nosso lado, o Artigo Quinto da Constituição Brasileira, que garante a liberdade de expressão como linha máxima da manutenção da Democracia.”
A nota é assinada pelo presidente da UBE, Ricardo Ramos Filho, com o endosso, entre outras personalidades, de Chico Buarque, Fernando Gabeira, Eric Nepomuceno, Luiz Fernando Emediato, Patricia Pillar, Luis Fernando Verissimo, Frei Betto, Fernando Morais e Lilia Schwarcz.
Há mais de 80 ações judiciais em 19 Estados apresentadas por pastores da Universal contra Cuenca por ele ter escrito no Twitter que “o brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal”.
Trata-se de uma referência a um texto de Jean Meslier, do século 18, segundo o qual “o homem só será livre quando o ultimo rei for enforcado nas tripas do último padre”.
Os pastores alegam que houve preconceito religioso e pedem ressarcimento por dano moral no valor de até R$ 20.000.
Mesmo que seja inocentado, Cuenca terá de se fazer representar em todos esses Estados, o que implica gastos com advogados.
A Universal negou que tenha orquestrado as ações e que seus pastores podem recorrer à Justiça por vontade própria, individualmente.
A UBE refuta esse argumento porque as ações “são praticamente iguais, movidas por pastores da mesma agremiação religiosa, em movimento coordenado único, configurando litigância de má-fé.”.
“Querer processar escritores por emitirem livremente opiniões é colocar-se a serviço do obscurantismo e impor um sistema que não cabe no jogo democrático”, disse a entidade em nota.
“O desejo de afogar um escritor em dívidas, impossibilitando o seu trabalho futuro ao tirar-lhe a paz, fica evidente.”
“Temos, ao nosso lado, o Artigo Quinto da Constituição Brasileira, que garante a liberdade de expressão como linha máxima da manutenção da Democracia.”
A nota é assinada pelo presidente da UBE, Ricardo Ramos Filho, com o endosso, entre outras personalidades, de Chico Buarque, Fernando Gabeira, Eric Nepomuceno, Luiz Fernando Emediato, Patricia Pillar, Luis Fernando Verissimo, Frei Betto, Fernando Morais e Lilia Schwarcz.
Em 2007, pastores da igreja de Edir Macedo moveram 111 ações contra a repórter Elvira Lobato e a Folha pela reportagem “"Universal chega aos 30 anos com império empresarial”.
Jornalista e jornal foram inocentados em todas as ações. Houve casos em que juízes condenaram autores das ações por litigância de má-fé.
Enxurrada de ações contra Cuenca |
Com informação da UBE, Universal e outras fontes e foto de divulgação.
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