Para não expor sua interferência na crise da Universal em Angola, em favor da igreja, o Governo Bolsonaro impôs sigilo a 68 telegramas entre a embaixada do Brasil naquele país e o MRE (Ministério das Relações Exteriores), de janeiro de 2018 a setembro de 2020.
O bispo Edir Macedo, líder da Universal, integra a base de sustentação política de Bolsonaro.
A pedido da Procuradoria-Geral da República, a Justiça de Angola determinou em agosto de 2020 o fechamento dos templos da Universal.
Pastores angolanos acusam a igreja de desvio de divisas, com o envio de dinheiro do dízimo para o Brasil e outros países, de impor vasectomia e de discriminação, em benefício dos sacerdotes brasileiros. A igreja nega as irregularidades.
Bolsonaro enviou no dia 13 de julho de 2020 uma carta ao presidente João Manuel Lourenço, de Angola, pedindo “proteção de membros da IURD a fim de garantir sua integridade física, material e restituição de propriedades e moradias”.
O Itamaraty declarou ao jornal “O Globo” que o conteúdo dos telegramas não pode ser revelado para preservar as “relações internacionais do país”.
Os 68 telegramas fazem parte do total de 76 que foi trocado na época entre o Brasil e Angola
Dos sigilosos, 39 foram carimbados como “secretos”, podendo ser divulgado só daqui a 15 anos. Outros 29 receberam o status de “reservado”, com liberação a partir de cinco anos.
Além de ter o potencial de criar uma crise com o governo angolano, o apoio de Bolsonaro ao bispo Edir Macedo é inconstitucional porque a laicidade de Estado impede qualquer favorecimento a agremiação religiosa.
O professor David Magalhães, da PUC-SP, afirmou que Bolsonaro está amparando a Universal como se ela fosse uma empresa brasileira no exterior.
“Normalmente, os países protegem os interesses do governo e de empresas consideradas estratégicas aos interesses do país. Quando o Itamaraty classifica telegramas sobre a Universal, ele está protegendo a igreja da mesma forma que protege uma empresa ou um braço do governo.”
Diário oficial de Angola publica ata que tira Edir Macedo da Universal
O bispo Edir Macedo, líder da Universal, integra a base de sustentação política de Bolsonaro.
A pedido da Procuradoria-Geral da República, a Justiça de Angola determinou em agosto de 2020 o fechamento dos templos da Universal.
Pastores angolanos acusam a igreja de desvio de divisas, com o envio de dinheiro do dízimo para o Brasil e outros países, de impor vasectomia e de discriminação, em benefício dos sacerdotes brasileiros. A igreja nega as irregularidades.
Bolsonaro enviou no dia 13 de julho de 2020 uma carta ao presidente João Manuel Lourenço, de Angola, pedindo “proteção de membros da IURD a fim de garantir sua integridade física, material e restituição de propriedades e moradias”.
No dia 27 do mesmo mês, o ministro de Justiça e Direitos Humanos de Angola, Francisco Queiroz, deu um recado público ao governo brasileiro. Falou a deputados que o caso da Universal é “um problema interno”.
A Universal está naquele país há 28 anos e o descontentamento de seus pastores angolanos é antigo, mas se agravou ao final de 2019, quando um grupo deles anunciou o rompimento com o comando brasileiro e tomou cerca de 30 templos.O Itamaraty declarou ao jornal “O Globo” que o conteúdo dos telegramas não pode ser revelado para preservar as “relações internacionais do país”.
Os 68 telegramas fazem parte do total de 76 que foi trocado na época entre o Brasil e Angola
Dos sigilosos, 39 foram carimbados como “secretos”, podendo ser divulgado só daqui a 15 anos. Outros 29 receberam o status de “reservado”, com liberação a partir de cinco anos.
Além de ter o potencial de criar uma crise com o governo angolano, o apoio de Bolsonaro ao bispo Edir Macedo é inconstitucional porque a laicidade de Estado impede qualquer favorecimento a agremiação religiosa.
O professor David Magalhães, da PUC-SP, afirmou que Bolsonaro está amparando a Universal como se ela fosse uma empresa brasileira no exterior.
“Normalmente, os países protegem os interesses do governo e de empresas consideradas estratégicas aos interesses do país. Quando o Itamaraty classifica telegramas sobre a Universal, ele está protegendo a igreja da mesma forma que protege uma empresa ou um braço do governo.”
Pastores angolanos invadiram templos |
Com informação do Globo e de outras fontes e foto da rede social.
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