Elissandro Dias Nazaré de Siqueira, 24, deu entrada a pedido de indenização de R$ 5 milhões por danos morais sob a acusação de ter sido estuprado por um padre quando era menor de idade.
O pedido de indenização se estende ao padre Bartolomeu da Silva Paz (suposto estuprador), 51, cardeal dom Odilo Scherer (arcebispo metropolitano de São Paulo), dom Eduardo Vieira dos Santos (bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo), dom José Roberto Fortes Palau (bispo de Limeira) e o padre Adalton Pereira de Castro, que teria assediado o rapaz.
A hierarquia da Igreja é acusada de demorar em agir contra o padre.
O processo tem mais de 700 páginas, tramita desde maio de 2020 em segredo de justiça na Vara Civil do Estado de São Paulo. Veja e Istoé conseguiram informações sobre íntegra.
Siqueira conta, no processo, que o padre Bartolomeu promovia orgias homossexuais na casa paroquial da tradicional igreja Monte Serrat, no Largo da Batata, bairro de Pinheiros em São Paulo. Fotografias mostram jovens musculosos nas festas do padre, com música e bebidas alcoólicas.
Siqueira diz que começou a sofrer abuso quando tinha 17 anos, em um aposento da Associação Cultural e Beneficente para o Bem Estar do Idoso, então administrada pelo padre.
“Quando cheguei [na associação], vi que ele tinha comprado bastante uísque e vinho. Bebemos juntos”, diz Siqueira.
Era julho de 2014.
Os dois entraram na piscina, e o padre apalpou o peito e as parte íntimas do jovem.
À noite, os dois beberam, o jovem ‘apagou’ e no dia seguinte acordou com “fortes dores no ânus”. “Minha cueca estava manchada de sangue”.
Ele perguntou ao padre o que tinha ocorrido e a resposta foi: “Você não lembra?”
Foram anexados ao processo troca de mensagens entre o padre Silva Paz e Siqueira.
Em uma delas, sempre de acordo com o processo, o padre diz ao jovem que estava excitado. “E vc está a fim de dar?”. O jovem respondeu “não”.
Era 25 de maio de 2016.
O padre pedia ao jovem que não contasse nada a ninguém sobre eles e fazia ameaça dizendo que tinha um revólver 38 no armário.
“Na minha terra, a gente resolve tudo na bala”, portanto “não pise no meu calo”.
O sacerdote nasceu em Limoeiro, Pernambuco.
Siqueira é de Manaus, Amazonas, e mudou-se para São Paulo em busca de emprego. Quando conheceu o padre, ele trabalhava em uma lanchonete. Morava com o pai, dependente de drogas, com quem tinha conflitos.
O padre ofereceu ajuda com o pagamento do aluguel de um quarto nos fundos de um terreno de uma fiél. O jovem aceitou, e o seu envolvendo com padre se tornou cada vez mais intenso.
O padre nem seus advogados não falam com a impresa para dar uma versão diferente da que consta no processo.
O jovem diz que dom Odilo Scheres sabe do caso desde o começo de 2018. O cardeal nega que tenha sido omisso e tentou amenizar as denúncias.
Assinou em 11 de março de 2020 documento dizendo que não foram comprovados “delitos de abuso sexual contra menor de idade, nem delito perpetrado com limite ou violência.”
Admitiu ter havido da parte da parte do padre um “comportamento e atos de cunho homossexual e de infidelidade à promessa do celibato, com escândalo, e não condizentes com a dignidade do sacerdócio”.
Naquele mesmo mês o padre Bartolomeu se afastou da paróquia Monte Serrat, mas, mesmo estando sob suspeita, foi transferido para a Paróquia Santa Cecília, no centro da cidade, onde foi visto.
Em 2 de abril de 2018, a Igreja proibiu o Bartolomeu de celebrar missas públicas, mas ele poderia fazê-lo reservadamente.
O jovem mandou uma carta ao Vaticano falando sobre o estupro e as orgias e não obteve resposta. Mas a Igreja suspendeu o Bartolomeu do ministério sacerdotal por três anos.
À espera de uma decisão da Justiça, que pode demorar anos, Siqueira está morando em uma chácara em São Paulo.
Com informação da Veja e Istoé e foto da rede social.
O pedido de indenização se estende ao padre Bartolomeu da Silva Paz (suposto estuprador), 51, cardeal dom Odilo Scherer (arcebispo metropolitano de São Paulo), dom Eduardo Vieira dos Santos (bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo), dom José Roberto Fortes Palau (bispo de Limeira) e o padre Adalton Pereira de Castro, que teria assediado o rapaz.
A hierarquia da Igreja é acusada de demorar em agir contra o padre.
O processo tem mais de 700 páginas, tramita desde maio de 2020 em segredo de justiça na Vara Civil do Estado de São Paulo. Veja e Istoé conseguiram informações sobre íntegra.
Siqueira conta, no processo, que o padre Bartolomeu promovia orgias homossexuais na casa paroquial da tradicional igreja Monte Serrat, no Largo da Batata, bairro de Pinheiros em São Paulo. Fotografias mostram jovens musculosos nas festas do padre, com música e bebidas alcoólicas.
Siqueira diz que começou a sofrer abuso quando tinha 17 anos, em um aposento da Associação Cultural e Beneficente para o Bem Estar do Idoso, então administrada pelo padre.
“Quando cheguei [na associação], vi que ele tinha comprado bastante uísque e vinho. Bebemos juntos”, diz Siqueira.
Era julho de 2014.
Os dois entraram na piscina, e o padre apalpou o peito e as parte íntimas do jovem.
À noite, os dois beberam, o jovem ‘apagou’ e no dia seguinte acordou com “fortes dores no ânus”. “Minha cueca estava manchada de sangue”.
Ele perguntou ao padre o que tinha ocorrido e a resposta foi: “Você não lembra?”
Foram anexados ao processo troca de mensagens entre o padre Silva Paz e Siqueira.
Em uma delas, sempre de acordo com o processo, o padre diz ao jovem que estava excitado. “E vc está a fim de dar?”. O jovem respondeu “não”.
Era 25 de maio de 2016.
O padre pedia ao jovem que não contasse nada a ninguém sobre eles e fazia ameaça dizendo que tinha um revólver 38 no armário.
“Na minha terra, a gente resolve tudo na bala”, portanto “não pise no meu calo”.
O sacerdote nasceu em Limoeiro, Pernambuco.
Siqueira é de Manaus, Amazonas, e mudou-se para São Paulo em busca de emprego. Quando conheceu o padre, ele trabalhava em uma lanchonete. Morava com o pai, dependente de drogas, com quem tinha conflitos.
O padre ofereceu ajuda com o pagamento do aluguel de um quarto nos fundos de um terreno de uma fiél. O jovem aceitou, e o seu envolvendo com padre se tornou cada vez mais intenso.
O padre nem seus advogados não falam com a impresa para dar uma versão diferente da que consta no processo.
O jovem diz que dom Odilo Scheres sabe do caso desde o começo de 2018. O cardeal nega que tenha sido omisso e tentou amenizar as denúncias.
Assinou em 11 de março de 2020 documento dizendo que não foram comprovados “delitos de abuso sexual contra menor de idade, nem delito perpetrado com limite ou violência.”
Admitiu ter havido da parte da parte do padre um “comportamento e atos de cunho homossexual e de infidelidade à promessa do celibato, com escândalo, e não condizentes com a dignidade do sacerdócio”.
Naquele mesmo mês o padre Bartolomeu se afastou da paróquia Monte Serrat, mas, mesmo estando sob suspeita, foi transferido para a Paróquia Santa Cecília, no centro da cidade, onde foi visto.
Em 2 de abril de 2018, a Igreja proibiu o Bartolomeu de celebrar missas públicas, mas ele poderia fazê-lo reservadamente.
O jovem mandou uma carta ao Vaticano falando sobre o estupro e as orgias e não obteve resposta. Mas a Igreja suspendeu o Bartolomeu do ministério sacerdotal por três anos.
À espera de uma decisão da Justiça, que pode demorar anos, Siqueira está morando em uma chácara em São Paulo.
Bartolomeu era padre de uma tradicional igreja de São Paulo |
Com informação da Veja e Istoé e foto da rede social.
Comentários
E quem é esse estorquista,sei de toda a história, porém vou esperar,pra poder desmascarar-lo
Em momento algum houve esse tipo de comportamento
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