Jornal da USP Uma equipe da Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês) disponibilizou ao público no dia 3 de dezembro de 2020 dados do mais detalhado catálogo de estrelas da Via Láctea já feito (foto e vídeo abaixo).
O terceiro release de dados, chamado EDR3 (Early Third Data Release), baseia-se nos 34 primeiros meses de observação, realizados entre julho de 2014 e maio de 2017, e inclui posições e brilhos de mais de 1,8 bilhão de estrelas, além de movimentos, distâncias e cores de 1,5 bilhão delas. Isso significa um aumento de mais de 100 milhões de fontes em relação ao release anterior, o Gaia DR2, publicado em abril de 2018.
A medida ótica de aceleração do sistema solar em torno do centro da galáxia, baseada em 1,6 bilhão de quasares (mais distantes e brilhantes astros do Universo) também está disponível. Também foram publicadas informações sobre as nossas galáxias “vizinhas”.
“Até a década de 1960, vizinhança solar significava para nós uma esfera centrada no Sol com 30 anos-luz de raio e aproximadamente 400 estrelas com distâncias conhecidas”, explica o professor Ramachrisna Teixeira.
“No final da década de 1990, esse número saltou para um raio de 80 anos-luz e 5,5 mil estrelas e, agora, temos mais de 300 mil, 92% delas em um raio de 330 anos-luz.”
Os modelos computacionais previram que o disco da Via Láctea pode crescer com o tempo, à medida que novas estrelas forem nascendo.
As aferições reforçaram as evidências da quase colisão entre a nossa e a galáxia anã de Sagitário. Os dados das regiões mais externas do disco mostram que há estrelas que se movem lentamente acima do plano da Via Láctea e se dirigem para baixo, enquanto outras se movem rapidamente abaixo do plano e seguem para cima.
A galáxia anã de Sagitário possui algumas dezenas de milhões de estrelas e está atualmente sendo canibalizada pela Via Láctea.
A base de dados traz novos conhecimentos sobre as Nuvens de Magalhães – duas galáxias que orbitam a Via Láctea. A medição mais precisa do movimento das estrelas da Grande Nuvem mostra que ela tem uma estrutura espiral. Já a análise da Pequena Nuvem mostra um fluxo de estrelas sendo puxado para fora, indicando a existência de estruturas nunca observadas.
O terceiro release de dados, chamado EDR3 (Early Third Data Release), baseia-se nos 34 primeiros meses de observação, realizados entre julho de 2014 e maio de 2017, e inclui posições e brilhos de mais de 1,8 bilhão de estrelas, além de movimentos, distâncias e cores de 1,5 bilhão delas. Isso significa um aumento de mais de 100 milhões de fontes em relação ao release anterior, o Gaia DR2, publicado em abril de 2018.
A medida ótica de aceleração do sistema solar em torno do centro da galáxia, baseada em 1,6 bilhão de quasares (mais distantes e brilhantes astros do Universo) também está disponível. Também foram publicadas informações sobre as nossas galáxias “vizinhas”.
1,8 bilhão de estrelas observadas pelo Gaia – soma dos fluxos de milhares de estrelas por pixel |
“Até a década de 1960, vizinhança solar significava para nós uma esfera centrada no Sol com 30 anos-luz de raio e aproximadamente 400 estrelas com distâncias conhecidas”, explica o professor Ramachrisna Teixeira.
“No final da década de 1990, esse número saltou para um raio de 80 anos-luz e 5,5 mil estrelas e, agora, temos mais de 300 mil, 92% delas em um raio de 330 anos-luz.”
Com os dados mais recentes do Gaia, foi possível rastrear as várias populações de estrelas – velhas e jovens – presentes nos limites da Via Láctea.
A nova leva de informação do “anticentro galáctico”, como também é conhecido, permitiu observar as relíquias do antigo disco de 10 bilhões de anos e compará-lo ao tamanho atual do disco da nossa galáxia.Os modelos computacionais previram que o disco da Via Láctea pode crescer com o tempo, à medida que novas estrelas forem nascendo.
As aferições reforçaram as evidências da quase colisão entre a nossa e a galáxia anã de Sagitário. Os dados das regiões mais externas do disco mostram que há estrelas que se movem lentamente acima do plano da Via Láctea e se dirigem para baixo, enquanto outras se movem rapidamente abaixo do plano e seguem para cima.
A galáxia anã de Sagitário possui algumas dezenas de milhões de estrelas e está atualmente sendo canibalizada pela Via Láctea.
A base de dados traz novos conhecimentos sobre as Nuvens de Magalhães – duas galáxias que orbitam a Via Láctea. A medição mais precisa do movimento das estrelas da Grande Nuvem mostra que ela tem uma estrutura espiral. Já a análise da Pequena Nuvem mostra um fluxo de estrelas sendo puxado para fora, indicando a existência de estruturas nunca observadas.
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