Paulo Lopes
O Governo Bolsonaro ainda não tem um plano consistente de vacinação contra a Covid-19, mas, pelo jeito, ele está à espera de um milagre.
Hoje à tarde, o Ministério da Saúde transmitiu uma Missa de Natal ao vivo pelo canal do SUS no Youtube, o SUSDATA.
Trata-se de um acinte ao Estado laico — mais um do governo teocrático de Bolsonaro.
O objetivo do SUSDATA é orientar os brasileiros sobre cuidados médicos e como ter acesso aos serviços da saúde pública. É divulgar a ciência que está disponível nos postos de atendimento, não transmitir celebrações religiosas.
A missa foi desvio grave de finalidade e, além disso, abre um precedente para que outras crenças reivindiquem o canal do SUS para proselitismo, exigindo isonomia, embora já tenham inúmeros canais para quem quiser rezar.
A Constituição diz que Estado e Igreja estão separados entre si, e assim deveria ser. Portanto, as plataformas virtuais de Estado deveriam se restringir aos seus objetivos constitucionais.
A Igreja Católica poderia ter um mínimo de respeito pela Constituição e impedir esse tipo espetáculo macabro.
O Ministério da Saúde, como diz o seu nome, tem de cuidar da saúde dos brasileiros. Da saúde do corpo, não da alma, que, aliás, para muita gente não existe.
O ministério tem de providenciar logo a vacina contra a Covid-19. Já deveria ter contratos com várias farmacêuticas para adquirir o imunizante, como já fizeram países de governo competente que dá valor à ciência e combate o negacionismo imbecil.
O Ministério da Saúde celebra missa, não se sabe sequer se haverá agulhas para as vacinas, se houver vacinas. É bizarro.
O Governo Bolsonaro ainda não tem um plano consistente de vacinação contra a Covid-19, mas, pelo jeito, ele está à espera de um milagre.
Hoje à tarde, o Ministério da Saúde transmitiu uma Missa de Natal ao vivo pelo canal do SUS no Youtube, o SUSDATA.
Trata-se de um acinte ao Estado laico — mais um do governo teocrático de Bolsonaro.
O objetivo do SUSDATA é orientar os brasileiros sobre cuidados médicos e como ter acesso aos serviços da saúde pública. É divulgar a ciência que está disponível nos postos de atendimento, não transmitir celebrações religiosas.
A missa foi desvio grave de finalidade e, além disso, abre um precedente para que outras crenças reivindiquem o canal do SUS para proselitismo, exigindo isonomia, embora já tenham inúmeros canais para quem quiser rezar.
A Constituição diz que Estado e Igreja estão separados entre si, e assim deveria ser. Portanto, as plataformas virtuais de Estado deveriam se restringir aos seus objetivos constitucionais.
A Igreja Católica poderia ter um mínimo de respeito pela Constituição e impedir esse tipo espetáculo macabro.
O Ministério da Saúde, como diz o seu nome, tem de cuidar da saúde dos brasileiros. Da saúde do corpo, não da alma, que, aliás, para muita gente não existe.
O ministério tem de providenciar logo a vacina contra a Covid-19. Já deveria ter contratos com várias farmacêuticas para adquirir o imunizante, como já fizeram países de governo competente que dá valor à ciência e combate o negacionismo imbecil.
O Ministério da Saúde celebra missa, não se sabe sequer se haverá agulhas para as vacinas, se houver vacinas. É bizarro.
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