PAULO LOPES Jair Bolsonaro se elegou com um slogan como se o regime político do Brasil fosse uma teocracia nacionalista: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.
Cada pessoa tem a sua religião, ou não, e trata-se de do fórum intimo.
A Constituição garante o direito à crença, também o da descrença, e quem quiser orar, rezar, pregar, seja lá o quer for, que o faça em seu templo ou em sua casa, mas não no espaço público porque o Estado brasileiro é laico.
Bolsonaro, contudo, mais do que qualquer outro presidente, ignora a distância que tem de haver entre Estado e Igreja e introduziu na administração pública representantes de igrejas evangélicas ultraconservadoras.
Ele repete seu slogan como mantra e tem feito afirmações como “o Estado é laico, mas eu sou cristão”, “Brasil tem um presidente cristão”, e “Aqui [no governo] Deus está presente”.
Já que é assim, pergunta-se a Bolsonaro por que o deus dele permite que mais de 200 mil brasileiros morram de Covid-19?
“Deus acima de todos”, mas que divindade é essa que não consegue combater um bichinho que não é visível a olho nu, um novo coronavírus?
Como Deus é o criador de tudo, de acordo com os fundamentalistas, por que ele criou esse vírus? Há um plano, o de matar milhões de pessoas, como já ocorre? O Deus do amor ao próximo quer acabar com parte da humanidade por castigo diante de tantos pecados ou por que está com tédio?
Esse Deus de Bolsonaro é o do Velho Testamento, o Deus cruel, um Deus que fez uma “pegadinha” com Abraão, para ver se o devoto tinha coragem de matar o próprio filho. Abraão teve, mostrando, desde logo, do que o fanatismo religioso é capaz.
O Deus de Bolsonaro é o Deus genocida, que assassinou milhões no dilúvio e outros tantos com as pragas do Egito, no massacre de midianitas e de moabitas, na matança no reino de Ogue. É o Deus que usou Davi para matar, matar e matar.
Bolsonaro é um beócio, nunca leu nada, sequer a Bíblia. Mas é um espertalhão que tirou proveito de uma oportunidade histórica para se eleger à Presidência, pregando os "bons costumes" da tradição conservadora, prometendo aniquilar comunistas inexistentes e aliando-se a coletores de dízimo, que, para tirar proveito, sobem no barco de qualquer governo, ainda mais no de quem se diz "cristão".
O futuro político de Bolsonaro é imprevisível, mas ele vai deixar um legado que mostra, entre outras coisas, que mistura de religião com política não dá certo, como. aliás, já sabia quem conhece um mínimo da história.
Apresentando-se como um enviado de Deus, Bolsonaro não tem e nunca teve um plano consistente de governo, nem medidas emergenciais de combate à Covid-19. Nem sequer providenciou a tempo compras de vacinas para imunizar a população. Ele, sobretudo, um incompetente.
Quem paga as terríveis consequências são os brasileiros, que estão morrendo como moscas em hospitais lotados. A desumanidade no Brasil nunca chegou a tanto. O número de óbitos pela doença superou os 200 mil e continua subindo acelerado.
É o que dá não valorizar a laicidade de Estado, acreditar em milagres e negar a ciência. Vamos aprender a lição?
Cada pessoa tem a sua religião, ou não, e trata-se de do fórum intimo.
A Constituição garante o direito à crença, também o da descrença, e quem quiser orar, rezar, pregar, seja lá o quer for, que o faça em seu templo ou em sua casa, mas não no espaço público porque o Estado brasileiro é laico.
Bolsonaro, contudo, mais do que qualquer outro presidente, ignora a distância que tem de haver entre Estado e Igreja e introduziu na administração pública representantes de igrejas evangélicas ultraconservadoras.
Ele repete seu slogan como mantra e tem feito afirmações como “o Estado é laico, mas eu sou cristão”, “Brasil tem um presidente cristão”, e “Aqui [no governo] Deus está presente”.
Já que é assim, pergunta-se a Bolsonaro por que o deus dele permite que mais de 200 mil brasileiros morram de Covid-19?
“Deus acima de todos”, mas que divindade é essa que não consegue combater um bichinho que não é visível a olho nu, um novo coronavírus?
Como Deus é o criador de tudo, de acordo com os fundamentalistas, por que ele criou esse vírus? Há um plano, o de matar milhões de pessoas, como já ocorre? O Deus do amor ao próximo quer acabar com parte da humanidade por castigo diante de tantos pecados ou por que está com tédio?
Esse Deus de Bolsonaro é o do Velho Testamento, o Deus cruel, um Deus que fez uma “pegadinha” com Abraão, para ver se o devoto tinha coragem de matar o próprio filho. Abraão teve, mostrando, desde logo, do que o fanatismo religioso é capaz.
O Deus de Bolsonaro é o Deus genocida, que assassinou milhões no dilúvio e outros tantos com as pragas do Egito, no massacre de midianitas e de moabitas, na matança no reino de Ogue. É o Deus que usou Davi para matar, matar e matar.
Bolsonaro é um beócio, nunca leu nada, sequer a Bíblia. Mas é um espertalhão que tirou proveito de uma oportunidade histórica para se eleger à Presidência, pregando os "bons costumes" da tradição conservadora, prometendo aniquilar comunistas inexistentes e aliando-se a coletores de dízimo, que, para tirar proveito, sobem no barco de qualquer governo, ainda mais no de quem se diz "cristão".
O futuro político de Bolsonaro é imprevisível, mas ele vai deixar um legado que mostra, entre outras coisas, que mistura de religião com política não dá certo, como. aliás, já sabia quem conhece um mínimo da história.
Eis a verdade: quem ressalta em campanha eleitoral que é o enviado de Deus não quer o voto de eleitores, mas o amém de religiosos. Não quer ser questionado, quer ser seguido.
É por isso que, agora, muita gente acredita na pregação de Bolsonaro de remédios milagrosos contra a Covid-19, como a cloroquina.Apresentando-se como um enviado de Deus, Bolsonaro não tem e nunca teve um plano consistente de governo, nem medidas emergenciais de combate à Covid-19. Nem sequer providenciou a tempo compras de vacinas para imunizar a população. Ele, sobretudo, um incompetente.
Quem paga as terríveis consequências são os brasileiros, que estão morrendo como moscas em hospitais lotados. A desumanidade no Brasil nunca chegou a tanto. O número de óbitos pela doença superou os 200 mil e continua subindo acelerado.
É o que dá não valorizar a laicidade de Estado, acreditar em milagres e negar a ciência. Vamos aprender a lição?
Comentários
Infelizmente para o Brasil , tudo isso é verdade.
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