DAVI MENDONÇA Fui criado como cristão, testemunha de Jeová. Antes dos vinte anos já tinha lido a Bíblia inteira, e sabia de cor muitos trechos bíblicos, até hoje ainda sei.
Aos vinte e poucos anos me afastei das testemunhas de Jeová, mas ainda considerava lá a única religião verdadeira. Aos poucos fui lendo livros e artigos que antes me eram proibidos, e isso, claro, me causava muito incomodo.
As trinta anos me aventurei em diversas religiões, igrejas evangélicas, adventistas e a tão temida por mim antes, os espíritas.
A coisa começou a mudar quando em contato com um teólogo, que me orientou a estudar a história de Roma, e como Constantino e seu clero fundaram a igreja católica e "inventaram" o personagem Jesus.
Isso me chocou muito. Mas como eles me disseram, bom vendedores não consomem dos produtos que oferecem, como ilusionistas, encantam o público com os seus truques, e os mantém cativos.
Livros como Deus é um Delírio, o Mundo de Sofia, entre outros, me ajudaram muito.
Bem, mas o toque final veio no meio ambiente de trabalho, trabalho em hospitais, enfermagem, e via muito sofrimento, e via também muita sinceridade nos clamores e orações dos pacientes. E isso de NADA ADIANTAVA.
O que me incomodava muito era a morte de crianças, num plantão estava aquela criança linda, por vezes sorridente em meio a soros e medicações, e no outro plantão já não estava, tinha ido a óbito.
Confesso que foi um alívio tirar o peso do nome cristão das costas, afinal essa instituição tem muito sangue nas mãos, e, por fim, um alívio maior se livrar do amigo imaginário da vida adulta, Deus. Me sinto livre do senso comum, da manada.
Aos vinte e poucos anos me afastei das testemunhas de Jeová, mas ainda considerava lá a única religião verdadeira. Aos poucos fui lendo livros e artigos que antes me eram proibidos, e isso, claro, me causava muito incomodo.
As trinta anos me aventurei em diversas religiões, igrejas evangélicas, adventistas e a tão temida por mim antes, os espíritas.
A coisa começou a mudar quando em contato com um teólogo, que me orientou a estudar a história de Roma, e como Constantino e seu clero fundaram a igreja católica e "inventaram" o personagem Jesus.
Imagine minha decepção ao descobrir que aquele Jesus dos evangelhos nunca existiu, confesso que fiquei uma semana em choque.
Esse teólogo, assim como pastores e padres que tive conversas francas, me disseram que muito do que eles ofereciam ao povo, eles mesmos não acreditavam. Estórias como a de Noé, Jonas, Mar Vermelho, para quem tem senso crítico não faz o menor sentido, mas eles me explicaram que o povo precisa dessas ilusões.
Isso me chocou muito. Mas como eles me disseram, bom vendedores não consomem dos produtos que oferecem, como ilusionistas, encantam o público com os seus truques, e os mantém cativos.
Livros como Deus é um Delírio, o Mundo de Sofia, entre outros, me ajudaram muito.
Bem, mas o toque final veio no meio ambiente de trabalho, trabalho em hospitais, enfermagem, e via muito sofrimento, e via também muita sinceridade nos clamores e orações dos pacientes. E isso de NADA ADIANTAVA.
Altas e óbitos aconteciam por causalidade e não suposta fé. Eu percebia que aquilo era só uma forma de se confortar, mas não tinha sentido prático nenhum. Deus não era garantia de nada, diferente de um plano de saúde ou seguro de vida.
O que me incomodava muito era a morte de crianças, num plantão estava aquela criança linda, por vezes sorridente em meio a soros e medicações, e no outro plantão já não estava, tinha ido a óbito.
A figura de deus de amor, que se importa, onipresente, onipotente e onisciente foi se diluindo, até hoje penso que, se existe um deus, ele é um grande FDP, e deve muitas desculpas a humanidade, se ele "é" todo poderoso, seria sádico e repugnante.
Confesso que foi um alívio tirar o peso do nome cristão das costas, afinal essa instituição tem muito sangue nas mãos, e, por fim, um alívio maior se livrar do amigo imaginário da vida adulta, Deus. Me sinto livre do senso comum, da manada.
Esse texto e a foto foram publicados originalmente no Facebook.
Comentários
https://www.jw.org/pt/biblioteca/livros/anuario-de-2015/historia/ex-ateu-serve-a-deus/
https://www.jw.org/pt-pt/biblioteca/revistas/wp201709/eu-nao-acreditava-que-deus-existia/
https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/102010404
Ateismo deve ser blindado com Ceticismo e Racionalismo. Com esses dois, se fundamente soliudamente o Ateísmo. E quem é cético / racionalista em tudo, não só acaba sendo ateu, como repudia crenças diversas, inclusive os apegos em sistemas políticos-ideológicos etc.
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