Em declínio desde 2015,por essa época, o movimento ateísta brasileiro "parece" estar tentando se rearticular para, principalmente, se contrapor ao aumento crescente da influência religiosa na política-partidária e no aparelho de Estado. A observação é do professor de história e colaborador deste site Ricardo Oliveira da Silva.
Ao falar neste sábado (13) no 23º Encontro de Ateus e Agnósticos da Paraíba, Silva lembrou que por volta de 2012 surgiu um movimento ateísta de abrangência nacional, pela primeira vez no Brasil, graças à popularização da internet. Ateus do Acre entraram em contato com ateus do Rio Grande do Sul, por exemplo.
O movimento foi impulsionado por pensadores ateístas da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos, como Richard Dawkins, Christopher Hitchens e Daniel Dennett, lembrou o professor.
Ao falar neste sábado (13) no 23º Encontro de Ateus e Agnósticos da Paraíba, Silva lembrou que por volta de 2012 surgiu um movimento ateísta de abrangência nacional, pela primeira vez no Brasil, graças à popularização da internet. Ateus do Acre entraram em contato com ateus do Rio Grande do Sul, por exemplo.
O movimento foi impulsionado por pensadores ateístas da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos, como Richard Dawkins, Christopher Hitchens e Daniel Dennett, lembrou o professor.
Foi uma época em que, disse, a Associação Brasileira de Ateus tinha mais visibilidade. Em 2011, a entidade patrocinou um outdoor com mensagem contra o preconceito aos ateus.
Para Silva, pode estar surgindo uma nova geração de militantes ateus, e ela estaria sendo estimulada principalmente por fatores da realidade brasileira, internos, destacando-se o engajamento político de evangélicos e a expansão do discurso negacionista.
O professor acredita que desta vez os ateus, para consolidar essa suposta articulação, precisam abrir um diálogo com os religiosos, de modo a fazê-los entender que o direito à descrença é assegurado pela laicidade do estado brasileiro.
Admite que "o diálogo está difícil neste momento", mas os ateus, para deixarem de falar só entre eles, têm de quebrar a bolha onde se encontram na internet, participando até da política partidária.
Embora ele mesmo não tenha "estomago para isso", o professor disse ser importante haver uma representação política de ateus, para combater as tentativas de religiosos de "enfraquecimento dos princípios constitucionais do Estado laico".
O professor argumentou que o ateísmo não é tão-somente um movimento de oposição à influência de religiões no Estado laico, mas também uma visão alternativa de mundo com premissas não religiosas, com base, desde o século 19, na filosofia e ciência.
Segue a programação online do Encontro de Ateus e Agnósticos de Paraíba deste domingo, último dia do evento.
Para Silva, pode estar surgindo uma nova geração de militantes ateus, e ela estaria sendo estimulada principalmente por fatores da realidade brasileira, internos, destacando-se o engajamento político de evangélicos e a expansão do discurso negacionista.
O professor acredita que desta vez os ateus, para consolidar essa suposta articulação, precisam abrir um diálogo com os religiosos, de modo a fazê-los entender que o direito à descrença é assegurado pela laicidade do estado brasileiro.
Admite que "o diálogo está difícil neste momento", mas os ateus, para deixarem de falar só entre eles, têm de quebrar a bolha onde se encontram na internet, participando até da política partidária.
Embora ele mesmo não tenha "estomago para isso", o professor disse ser importante haver uma representação política de ateus, para combater as tentativas de religiosos de "enfraquecimento dos princípios constitucionais do Estado laico".
O professor argumentou que o ateísmo não é tão-somente um movimento de oposição à influência de religiões no Estado laico, mas também uma visão alternativa de mundo com premissas não religiosas, com base, desde o século 19, na filosofia e ciência.
Segue a programação online do Encontro de Ateus e Agnósticos de Paraíba deste domingo, último dia do evento.
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