VINÍCIUS LISBOA | AGÊNCIA BRASIL
Pesquisadores de cinco estados brasileiros sequenciaram amostras que indicam uma possível nova linhagem do novo coronavírus (SARS-CoV-2) em circulação no país, segundo informou o Laboratório Nacional de Computação Científica, um instituto do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Além da linhagem identificada no Reino Unido, o Brasil já tem casos confirmados de duas variantes (P.1 e P.2), que surgiram a partir de cepas que circulavam no país.
A possível nova linhagem foi encontrada no sequenciamento de três amostras, em um universo de 195 que foram analisadas por pesquisadores do Amazonas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Rio de Janeiro.
A possível nova linhagem foi encontrada no sequenciamento de três amostras, em um universo de 195 que foram analisadas por pesquisadores do Amazonas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Rio de Janeiro.
Essa identificação, entretanto, permitiu descobrir que já havia outras amostras com as mesmas características sequenciadas.
O trabalho foi organizado pelo Laboratório de Bioinformática (Labinfo) do LNCC, e também participaram quatro universidade públicas: Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
O trabalho foi organizado pelo Laboratório de Bioinformática (Labinfo) do LNCC, e também participaram quatro universidade públicas: Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Ao todo, 22 pesquisadores assinam a publicação, que foi submetida a um periódico científico ao mesmo tempo em que os sequenciamentos foram depositados em uma base de dados públicos internacionais (Gisaid).
A coordenadora do Labinfo, Ana Tereza Vasconcelos, explica que os dados compartilhados serão analisados por outros pesquisadores ao redor do mundo para que a identificação da nova linhagem seja confirmada pela comunidade científica.
"Essas mutações não interferem na vacina, mas demonstram que o vírus está mudando o tempo inteiro, e quanto mais as pessoas estiverem na rua sem máscara e sem medidas de proteção individual, mais o vírus vai mudar e mais variantes vão surgir. É mais uma demonstração de que o vírus está circulando livremente", diz Ana Tereza Vasconcelos.
A possível nova linhagem teria se originado da linhagem B.1.1.33, já presente no Brasil desde o início de 2020. A mutação apresentada é a E484K, na proteína S, estrutura que forma a coroa de espinhos que dá nome ao novo coronavírus. Essa mutação é associada ao escape do sistema imunológico, o que, segundo a coordenadora do Labinfo, ainda precisa ser confirmado por mais estudos.
A coordenadora do Labinfo, Ana Tereza Vasconcelos, explica que os dados compartilhados serão analisados por outros pesquisadores ao redor do mundo para que a identificação da nova linhagem seja confirmada pela comunidade científica.
"Essas mutações não interferem na vacina, mas demonstram que o vírus está mudando o tempo inteiro, e quanto mais as pessoas estiverem na rua sem máscara e sem medidas de proteção individual, mais o vírus vai mudar e mais variantes vão surgir. É mais uma demonstração de que o vírus está circulando livremente", diz Ana Tereza Vasconcelos.
A possível nova linhagem teria se originado da linhagem B.1.1.33, já presente no Brasil desde o início de 2020. A mutação apresentada é a E484K, na proteína S, estrutura que forma a coroa de espinhos que dá nome ao novo coronavírus. Essa mutação é associada ao escape do sistema imunológico, o que, segundo a coordenadora do Labinfo, ainda precisa ser confirmado por mais estudos.
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