> PAULO LOPES
Ele morreu no dia 18, três dias após ser internado no Hospital São José, em Duque de Caxias (RJ), com o pulmão comprometido em 70% pelo coronavírus. Se tivesse tomado a vacina, certamente ainda estaria vivo.
O caso é uma prova, entre tantas, de que a pregação anticiência bolsonarista é mortal, inclusive às vezes com o efeito de um tiro que sai pela culatra.
Penza falava com o fervor de um seguidor do presidente Bolsonaro, como se pode observar em seus vídeos no Youtube.
Ele dizia que a CoronaVac era a “vacina do Doria”, referindo-se ao governador de São Paulo e desafeto do presidente.
Também falava que os brasileiros não podiam ser cobaias de imunizantes cujas consequências, segundo ele, poderiam ser doenças degenerativas, como o Alzheimer.
Ele defendia a ivermectina, remédio de combate a parasitas, com piolhos, e que não possui comprovação científica de eficácia contra a Covid-19.
Dizia que os hospitais escondiam leitos da população.
No dia 21 de outubro de 2020, ele disse ao vivo pelo Facebook que o médico João Pedro Rodrigues Feitosa tinha morrido por ser voluntário de ensaio clínico de uma vacina.
O Comprova, serviço de checagem de informação, apurou que o médico morreu de fato de uma pneumonia viral causada pela Covid-19, não por causa de uma vacina.
O Conselho Regional de Enfermagem do Rio chegou a abrir um processo para a cassação do registro profissional de Penza.
O órgão de classe e o hospital onde o enfermeiro trabalhava deveriam ter detido logo as fakes news, para, talvez, salvar a vida do próprio enfermeiro.
A Baixada Fluminense, onde Penza vivia, tem elevado índice de óbitos pela doença do coronavírus.
Em um dos vídeos de Penza no Youtube há comentários assim: “Morreu de Covid depois de influenciar e levar a morte de outras pessoas”.
> Com informação do UOL, de vídeos do Youtube e de outras fontes.
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