Pular para o conteúdo principal

Três prêmios Nobel e mais de 200 cientistas culpam Bolsonaro pelo caos sanitário


Às vésperas de o Congresso Nacional abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid19-, mais 200 pesquisadores de todo o mundo assinam carta aberta em solidariedade aos cientistas brasileiros. Entre as duas centenas de renomados cientistas, sendo a maioria deles expoentes, três são Prêmio Nobel, dois deles com a autoridade de quem foi laureado em Fisiologia-Medicina.


Médico Sir Peter Ratcliff, o virologista
Charles Rice e o astrônomo Michel Mayor
são os três Prêmios Nobel que se posicionaram
contra a necropolítica bolsonarista


Os laureados com Prêmios Nobel são: Peter Ratcliffe (premiado em 2019 por seu trabalho em Oxford, sobre reações celulares à hipóxia) e o virologista Charles Rice (2020, Universidade Rockfeller, 2020, pelas descobertas com o vírus da hepatite C). O terceiro é o emérito astrônomo Michel Mayor da Universidade de Genebra, laureado em 2019, por ter descoberto do primeiro exoplaneta, o 51 Pegasi. 

Charles Rice é o mais próximo do Brasil. Já esteve no país duas vezes, em 2012 e 2018, em visita ao Instituto Carlos Chagas (ICC/ Fiocruz Paraná).  Rice cultiva cooperação científica com o Laboratório de Virologia Molecular do ICC desde os anos 1990. Já recebeu e orientou outros pesquisadores brasileiros na Universidade Rockfeller, em seu laboratório, e onde atualmente é orientador de uma cientista brasileira, Mariana Nogueira Batista, graduada, pós graduada e doutorada pela Unesp. 

Na carta, os cientistas pedem a responsabilização de Jair Bolsonaro pela crise sanitária.  Em trecho, a carta dos cientistas destaca: "Se o coronavírus afeta todos os países do globo, a amplitude da catástrofe sanitária que acomete o País não pode ser dissociada da gestão desastrosa do presidente Jair Bolsonaro", pelo negacionismo, pelas atitudes antivacinação,  pelo ataque à Ciência e à comunidade científica.   

A iniciativa dessa carta aberta que percorreu centenas de universidades e institutos mdo mundo todo foi da pesquisadora brasileira radicada na França, Glenda Andrade, doutoranda na Universidade Paris 8, com especialidade em migrações. 

Para Glenda Andrade, "o governo Bolsonaro tomou um caminho em que as saídas são cada vez mais difíceis, mas o povo brasileiro merece saber que conta com o apoio da comunidade científica internacional."

Íntegra da Carta Aberta 


Pesquisadore(a)s do mundo todo,


O Brasil registra 4.195 mortes pela covid. Ao todo, são mais de 340 mil óbitos contabilizados desde o começo da pandemia. Se o coronavírus afeta todos os países do globo, a amplitude da catástrofe sanitária que acomete o País não pode ser dissociada da gestão desastrosa do presidente Jair Bolsonaro. O presidente deve ser responsabilizado pela condução da crise sanitária no Brasil, que não somente fez explodir o número de mortes, mas acentuou as desigualdades no País.

Em inúmeros momentos, o dirigente da república brasileira se referiu à covid-19 como « gripezinha», minimizando a gravidade da doença. Bolsonaro criticou as medidas preventivas, como o isolamento físico e o uso de máscaras, e por diversas vezes provocou aglomerações. Chegou a propagar o uso da cloroquina, embora cientistas alertassem para os efeitos tóxicos do uso do fármaco para combater a covid. Pesquisadores que publicaram estudos que demonstravam que o uso do medicamento aumentava o risco de morte em pacientes com covid chegaram a ser ameaçados no Brasil.

Bolsonaro desencorajou ainda a vacinação, chegando a sugerir, por exemplo, que as pessoas poderiam se transformar em «jacaré». Em meio ao negacionismo, proliferação de falsas informações e ataques à ciência, em plena crise sanitária, o presidente chegou a mudar quatro vezes de ministro da Saúde.

A ciência brasileira está sofrendo diversos ataques: cortes e mais cortes orçamentários que ameaçam pesquisas e colocam o trabalho de cientistas em xeque; instrumentalização da ciência a fins eleitoreiros, como bem mostram as declarações do presidente descredibilizando o trabalho de cientistas durante a crise sanitária. Esses ataques, no entanto, vão além do contexto da covid-19. Basta lembrar os ataques feitos por Bolsonaro ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em um contexto alarmante diante dos níveis de desmatamento da Amazônia.

Ao desmentir a ciência, Bolsonaro não somente fere a comunidade científica, mas toda a sociedade brasileira: são diários os recordes de mortes pela covid, dados da Fiocruz indicam, por exemplo, a circulação de 92 cepas do coronavírus no Brasil, o que torna o país uma gigantesca fábrica de variantes; para além temos ainda os impactos sobre o meio ambiente, povos tradicionais da Amazônia e no clima global.

Em um contexto de crise sanitária, de agravamento das desigualdades, de mudanças climáticas, este tipo de conduta é inaceitável e o autor deve ser responsabilizado. Nós nos preocupamos com o agravamento da crise sanitária no Brasil, com os ataques à ciência, e por meio desta carta aberta nós, acadêmico(a)s de todo o mundo, demonstramos nossa solidariedade com os/as colegas no Brasil, cujas liberdades estão ameaçadas e com a população brasileira que é afetada diariamente por essa política destrutiva.


• Glenda Santana de Andrade – ATER em Ciências Políticas na Université Paris-Nanterre & doutoranda no Centro de Pesquisas sociológicas e políticas de Paris (CRESPPA-GTM), Université Paris 8, França

• Sylvie Chiousse – Diretora científica da revista Esprit Critique, França

• Juliana Kiyomura Moreno – Doutoranda em cotutela Université Paris 8/Universidade de São Paulo-USP, Brasil/França

• Michelle Franco Redondo – Membro do Laboratoire d’Études de Genre et de Sexualité (Legs), França

• Pierre Veltz – Professor Emérito, École des Ponts ParisTech, França

• Angelo Soares – Professor titular, Université du Québec à Montréal, Canadá

• Alladatin Judicaël – Professor, Université Mohammed VI Polytechnique, Marrocos

• Zoé Tinturier – Doutoranda IEP de Bordeaux, França

• Eddine Bouyahi – Doutorando, Northwestern University/SciencesPo, França

• Soma Rostampour – Doutoranda, CRESPPA-GTM, França

• Sevilla Ariel – Mestre de conferências, Université de Reims, França

• David Dumoulin – Professor Sociologia, Université Sorbonne Nouvelle – IHEAL, França

• Papa Sakho – Professor, diretor do Laboratoire de Géographie Humaine, Université Cheikh Anta Diop, Dakar, Senegal

• Momar Diongue – Mestre de conferências, Université Cheikh Anta Diop de Dakar, Senegal

• Pierre Salama – Professor Emérito, Université Sorbonne-Paris Nord, França

• Solène Marié – Chefe de Cooperação Internacional, CNRS-InSHS, França

• Francisco Alambert – Professor, USP, Brasil

• Evelyn Nakano Glenn – Professora, Universidade da Califórnia, Berkeley, Estados Unidos

• Paola Diaz – Socióloga, COES-CEMS, França

• Maria Montanez – Pesquisadora, Bélgica

• Jean-Pierre Durand – Professor, Universidade de Evry Paris-Saclay, França

• Valeria Ribeiro Corossacz – Università di Modena e Reggio Emilia, Itália

• Isabelle Charpentier – Professora universitária em Sociologia – Universidade da Picardia – Júlio Verne, Amiens – França

• Maria Vicenta Haro Matas – Doutora, EHESS, Paris, França

• Yasmine Siblot – Professora de sociologia, Universidade de Paris 8, França

• François Boureau – Doutorando em sociologia, Universidade de Paris 8, França

• Antoine Guégan – Doutorando, Universidade de Lyon, França

• Emmanuelle Picard – Mestre de conferências, ENS de Lyon, França

• Cornelia Moser – Pesquisadora, CNRS, França

• Samantha Joeck – Doutoranda, EHESS, França

• Brigitte Chamak – Pesquisador, Universidade de Paris, França

• Mirjana Morokvasic Muller – Diretora de Pesquisa Emérita, CNRS, França

• Wenceslas Lizé – Sociólogo, Universidade de Poitiers, França

• Juan Felipe Duque – Doutorando, Sciences Po Grenoble, França

• Monish Bhatia – Professor de Criminologia e Justiça Criminal, Birkbeck, Universidade de Londres, Reino Unido

• Victoria Canning – Mestre de conferências, University of Bristol, Reino Unido

• Francesca Esposito – Pesquisadora, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Portugal

• Danielle Ranciere – Filósofa, Educação Nacional, França

• Daniel Altmann – Professor, Faculdade de Medicina, Imperial College London, Reino Unido

• Carolina Adaros – Doutoranda, Birmingham City University, Reino Unido

• Jacques Rancière – Professor honorário, Universidade de Paris 8, França

• Catherine Marry – Sociólogo, CNRS, França

• Jules Falquet – Professor de Sociologia, Universidade de Paris, França

• Felipe Kaiser Fernandes – Doutorando (IIAC EHESS) – CEFRES, França

• Marie-Laure Basilien-Gainche – Professora de Direito, Jean Moulin Lyon 3 University, França

• Danièle Linhart – Socióloga, diretora de Pesquisa Emérita, CNRS, França

• Angeliki Drongiti – Doutor em sociologia, Cresppa-CSU, França

• Leandro França – Doutorando, Universidade Nova de Lisboa, Portugal

• Johann Cailhol – Universidade Paris 13, UR3412, França

• Anaenza Freire Marescs – Médico de doenças infecciosas APHP Paris, França

• Yannis Papadopoulos – Pesquisador, IMS-FORTH, Grécia

• Izadora Xavier – Doutora, Freie Universität, Alemanha

• Odile Henry – Professora universitária, Paris 8, França

• Helena Hirata – Diretora Emérita de Pesquisa, CRESPPA-GTM-CNRS, França

• Gustavo Beritognolo – Professor, Universidade de Ottawa, Canadá

• Luc Bouganim – Pesquisador, Inria, França

• Mariana Ramos Pitta Lima – Doutoranda em Saúde Pública, Universidade Federal da Bahia, Brasil

• Valeria Ingenito – Doutoranda, Università di Napoli L’Orientale, Itália

• Fanny Jedlicki – Mestre de conferências, Rennes 2 University, França

• María Mercedes Di Virgilio – Pesquisadora, Universidade de Buenos Aires / CONICET, Argentina

• Gaide Aden – ATER em sociologia, Université de Tours, França

• Blandine Destremau – Diretora de Pesquisa, CNRS, França

• Hélène Nicolas – Professora associada, Universidade de Paris 8, França

• Emilie Blanc – ATER, Universidade de Lyon 2, França

• K. Mariquian Ahouansou – Professor, American University of Paris, França

• Sara Garbagnoli – Pesquisador em estudos de gênero, Legs, França

• Soraya Silveira Simões – Professora, UFRJ, Brasil

• Engin Isin – Professor, Mary University of London, Reino Unido

• Atenea Rosado – Doutorando, Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos

• Bruno Dupeyron – Professor, University of Regina, Canadá

• Helen Hintjens – Mestre de conferências, Instituto Internacional de Estudos Sociais (Universidade Erasmus), Haia, Holanda

• Emmanuel Bellanger – Diretor de Pesquisa, CNRS, França

• Susan McGrath C.M. – Professora Emérita, York University, Canadá

• Richard Toppo – Doutorando, ISS, Haia, Holanda

• Yukari Sekine – Doutorando, Instituto Internacional de Estudos Sociais, Holanda

• Ana Carolina Maciel – Pesquisadora, UNICAMP, Brasil

• João Ribeiro Medeiros – Doutorando, CBPF, Brasil

• Federica de Cordova – Pesquisadora, Università di Verona, Itália

• Benjamin Leclercq – Doutorando, Paris 8 University, França

• Nouria Ouali – Professora da Universidade Livre de Bruxelas, Bélgica

• Florent Pasquier – Mestre de conferências, Université Sorbonne, França

• Patricia Lambert – Professora, Ecole Normale Supérieure de Lyon, França

• Mathilde Moaty – Doutorando em LATTS, Universidade Gustave Eiffel, França

• Nadia Vargaftig – Professora associada, Universidade de Reims, França

• Marie Segonne – Doutoranda, Paris 8 University, França

• Odile Hoffmann – Diretora de Pesquisa, Instituto IRD de Pesquisa para o Desenvolvimento, França

• Daniela Andrade – Doutoranda, Instituto de Estudos Sociais, Holanda

• Nina Gren – Mestre de conferências, Lund University, Suécia

• Doi Ra – Doutorando, Instituto de Estudos Sociais, Mianmar

• Romain Gallart – Pesquisador associado, Universidade Paris Nanterre, França

• Marie-Pierre Julien – Professora associada, Universidade de Lorraine – Nancy – França

• Laurine Sézérat – Pesquisador, Universidade Paris 8, França

• Laura Madrid Sartoretto – Professora, UFRGS, Brasil

• Diego Lasio – Pesquisador, Universidade de Cagliari, Itália

• Marie Walter-Franke – Doutoranda, Universidade Livre de Berlim, Alemanha

• Julianna Colonna – Doutoranda, Universidade de Pau, França

• Renata Cavalcanti Muniz – Doutoranda, ISS – Erasmus University Rotterdam, Holanda

• K Cheney – Mestre de conferências, Inst. Internacional de Estudos Sociais, Haia, Holanda

• Armelle Jacquemot – Professora-pesquisadora, Universidade de Poitiers, França

• Luin Goldring – Professor de Sociologia, York University, Canadá

• Anne Sauvagnargues – Professora de Filosofia, Universidade de Paris Nanterre, França

• Alexandra Mirowski Rabelo de Souza – Doutoranda, York University, Canadá

• João Villaverde – Doutorando em Administração Pública e Governo, EAESP-FGV, Brasil

• Leonardo Bueno – Pesquisador, FGV-EAESP, Brasil

• Mi Medrado – Doutoranda, Ucla, Estados Unidos

• Octavio de Barros – Economista, fundador da associação República do Amanhã-Brasil, Brasil

• Grace Barakat – Doutoranda, York University, Canadá

• Luana da Silva Ribeiro – Doutoranda em Economia, UNESP – Brasil

• Marcos Roberto dos Santos – Professor, FAMP, Brasil

• Virginie Baby-Collin – Professora de Geografia, Universidade de Aix-Marseille, França

• Oane Visser – Mestre de conferências, ISS da Erasmus University Rotterdam, Holanda

• Brian C.J. Singer – Professor, Glendon College, York University, Canadá

• Fabio Pucci – Doutorando, UFSCar, Brasil

• Barbara Poggio – Professor, Universidade de Trento, Itália

• Amber-Lee Varadi – Doutoranda, York University, Canadá

• Roberto Leher – Professor, UFRJ, Brasil

• Jean-Marc Pétillon – Pesquisador, CNRS, França

• Georges Flexor – Doutor, UFRRJ, Brasil

• Liliana Petrilli Segnini – Professora de Sociologia, Unicamp, Brasil

• José Artur dos Santos Ferreira – Professor, UFOP, Brasil

• Herb Arst – Professor Emérito de Genética Microbiana, Imperial College London, Reino Unido

• Laura Corradi – Socióloga, Università della Calabria, Itália

• Nicolas Bautes – Professor-pesquisador, geógrafo, França

• Stéphanie Deboeuf – Pesquisadora, CNRS, França

• Martinet Gilles – ATER na UPEC, França

• Georges Benguigui – Pesquisador, CNRS, França

• Christophe Baticle – Socioantropólogo, UPJV, França

• Anny King – Fellow, Churchill College, University of Cambridge, Reino Unido

• Benvindo Manima – Mestre, Universidade Federal Fluminense, Brasil

• Héloïse Nez – Professora de Sociologia, University of Tours, França

• Tulio Matencio – Professor Titular, Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil

• Luís Carlos Moro – Secretário-geral / American Association of Jurists / Continental

• Laurent Gil – Professor, UFOP, Brasil

• Michel Mayor – Professor Emérito, Universidade de Genebra, Suíça / Nobel de Física 2019

• Cecile Lefevre – Professora, Universidade de Paris, França

• Claudio Luis Donnici – Professor, UFMG, Brasil

• Sophie Pène – Professora, Universidade de Paris, França

• Marilia Oliveira Fonseca Goulart – Professora da Universidade Federal de Alagoas, Brasil

• Sandra Sawaya – Professora, USP, Brasil

• Charles Rice – Professor, The Rockefeller University, Estados Unidos / Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2020

• Cristiane Maria Cornelia Gottschalk – Professora, USP, Brasil

• Danièle Kergoat – Socióloga, CNRS, Paris

• Ricardo Olimpio de Moura – Professor, Universidade Estadual da Paraíba, Brasil

• Luciana dos Santos Duarte – Doutoranda, Universidade Federal de Minas Gerais / Instituto Internacional de Estudos Sociais – Brasil / Holanda

• Steffen Fischer – Pesquisador, Greenside Design Centre (Johannesburg), África do Sul

• Janaína Vieira – Mestranda, USP, Brasil

• Marco Bacio – Doutorando, Universidade de Milão, Itália

• Heike Drotbohm – Professora de Antropologia, Universidade de Mainz, Alemanha

• Luc Bonte – Presidente do FONCABA asbl, Bélgica

• Peter Wagner – Professor-pesquisador, ICREA e Universidade de Barcelona, Espanha

• Christian Lavault – Professor Emérito, Sorbonne University Paris 12, França

• Simonne Teixeira – Professora, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Brasil

• Renee Sylvain – Professora, Universidade de Guelph, Canadá

• Paulina Garcia Del Moral – Mestre de conferências, Universidade de Guelph, Canadá

• Marie Chenet – Mestre de conferências, Université Panthéon-Sorbonne, França

• Marina Cadaval – Doutoranda, ISS-EUR Holanda, Holanda

• Romain Busnel – Doutor em Ciências Políticas, Universidade de Lille, França

• Artemisa Flores Espinola – Mestre de conferências em sociologia, Universidade Paris-Est Créteil, França

• Daniela Cherubini – Pesquisadora, Università Degli Studi di Milano Bicocca, Itália

• Yolande Benarrosh – Professora de Sociologia, Universidade de Aix-Marseille, França

• Vicente Martínez Barrios – Professor associado, Universidade de Brasília, Brasil

• Daniel Cefai – Diretor de estudos da EHESS, França

• Gianmaria Colpani – Doutor, Universidade de Utrecht, Holanda

• Stefania Voli – Pesquisadora, Università di Milano Bicocca, Itália

• Carlos Corredor – Reitor, Universidad Simón Bolívar, Colômbia

• Aurélie Damamme – Professora, Universidade Paris 8, França

• MF Deligne – IE / CNRS / França

• Chantal François – Pesquisador, INSERM, Paris, França

• Matteo Botto – Doutorando, Universidade de Gênova, Itália

• Rita Monticelli – Professora, Universidade de Bolonha, Itália

• Carmela Ferrara – Doutoranda, Universidade de Napoli Federico II, Itália

• Maria Peixoto – Doutoranda, OntarioTech University, Canadá

• Chiara Paglialonga – Doutoranda, Universidade de Pádua, Itália

• Yazid Ben Hounet – Pesquisador do CNRS, Laboratoire d’Anthropologie Sociale, Paris, França

• Claude Calame – Professor. dr., Escola de Estudos Superiores em Ciências Sociais, Paris, França

• Rose-Marie Lagrave – Diretora de estudos da EHESS, Paris, França

• Christelle Rabier – Mestre de conferências, EHESS (Marselha), França

• Sophie Bobbé – Antropóloga, Escola de Estudos Superiores em Ciências Sociais, França

• Carmen Lucia Soares – Professora, UNICAMP, Brasil

• Angela Aisenstein – Professora, Universidad Nacional de Luján, Argentina

• Rocio Guadarrama Olivera – Professora-pesquisadora, Universidad Autónoma Metropolitana, México

• Geraldine Jourdain – Doutoranda, Universal Technical Institute, Japão

• Giuseppe Burgio – Professor, Università “Kore” di Enna, Itália

• Zeynep Kaşlı – Mestre de conferências, Instituto Internacional de Estudos Sociais, Holanda

• Manuel Moreno – Professor, Universidad Nacional de Luján, Argentina

• Brigitte Morand – Professora-pesquisadora, Clermont Auvergne University, França

• Vincenza Perilli – Pesquisador precário – Itália

• Fernando Bomfim Mariana – Professor, Universidade de Brasília, Brasil

• Maria Arminda do Nascimento Arruda – Professora titular de Sociologia, USP, Brasil

• Conor Douglas – Mestre de conferências, York University, Canadá

• Julie Sedel – Professora, Université de Strasbourg, França

• Laura Lucia Parolin – Mestre de conferências, University of Southern Denmark, Dinamarca

• Yolaine Gassier – Doutoranda, Universidade de Aix-Marseille, França

• Sharie Neira Rios – Doutoranda, Universidade de Paris, França

• Pierre Bataille – Mestre de conferências, UGA , França

• Frédéric Lebaron – Professor de Sociologia ENS Paris-Saclay, França

• Inês Bragança – Professora, UNICAMP, Brasil

• Kaja Antlej – Mestre de conferências, Deakin University, Austrália

• Alberica Bazzoni – Pesquisadora, ICI Berlin Institute for Cultural Inquirt, Alemanha

• Peter Ratcliffe – Diretor de Pesquisa Clínica, The Francis Crick Institute, Londres, Reino Unido / Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2019

• Sandra Challin – Pesquisadora, CNRS, Paris, França

• Romain Leclercq – Doutorando, Université Paris 8, França

• Maira Abreu – Pós-doutoranda USP/Cresppa, Brasil/França

• Elodie Picard – CNRS / OpenEdition – France

• Urbano Nojosa – Professor de Jornalismo, PUC/SP, Brasil

• Simonne Teixeira – Docente, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Brasil






Comentários

Leandro Bueno disse…
Querer fulanizar a pandemia é algo sem sentido, já que ela é multifatorial. Começa com a pouquíssima transparência da China logo na gênese da crise, em dezembro de 2019, passa pelo comportamento errático da OMS, pela voracidade do vírus com muitas mutações, com o fato do nosso sistema hospitalar do SUS ser bastante precário (para ter uma ideia, MG, um dos estados mais ricos da Federação, antes da pandemia, tinha 500 municípios sem um único respirador), a corrupção que vimos em vários municípios e governos estaduais que receberão bilhões de reais do governo federal, e por fim, o grande desconhecimento que temos até hoje sobre este vírus. Por fim, agora vemos uma absurda guerra comercial com a ganância pesada no jogo bruto pela vacina.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Dawkins é criticado por ter 'esperança' de que Musk não seja tão estúpido como Trump

Tibetanos continuam se matando. E Dalai Lama não os detém

O Prêmio Nobel da Paz é "neutro" em relação às autoimolações Stephen Prothero, especialista em religião da Universidade de Boston (EUA), escreveu um artigo manifestando estranhamento com o fato de o Dalai Lama (foto) se manter neutro em relação às autoimolações de tibetanos em protesto pela ocupação chinesa do Tibete. Desde 16 de março de 2011, mais de 40 tibetanos se sacrificaram dessa dessa forma, e o Prêmio Nobel da Paz Dalai Lama nada fez para deter essa epidemia de autoimolações. A neutralidade, nesse caso, não é uma forma de conivência, uma aquiescência descompromissada? Covardia, até? A própria opinião internacional parece não se comover mais com esse festival de suicídios, esse desprezo incandescente pela vida. Nem sempre foi assim, lembrou Prothero. Em 1963, o mundo se comoveu com a foto do jornalista americano Malcolm Wilde Browne que mostra o monge vietnamita Thich Quang Duc colocando fogo em seu corpo em protesto contra a perseguição aos budistas pelo

Jornalista defende liberdade de expressão de clérigo e skinhead

Título original: Uma questão de hombridade por Hélio Schwartsman para Folha "Oponho-me a qualquer tentativa de criminalizar discursos homofóbicos"  Disputas eleitorais parecem roubar a hombridade dos candidatos. Se Fernando Haddad e José Serra fossem um pouco mais destemidos e não tivessem transformado a busca por munição contra o adversário em prioridade absoluta de suas campanhas, estariam ambos defendendo a necessidade do kit anti-homofobia, como aliás fizeram quando estavam longe dos holofotes sufragísticos, desempenhando funções executivas. Não é preciso ter o dom de ler pensamentos para concluir que, nessa matéria, ambos os candidatos e seus respectivos partidos têm posições muito mais próximas um do outro do que da do pastor Silas Malafaia ou qualquer outra liderança religiosa. Não digo isso por ter aderido à onda do politicamente correto. Oponho-me a qualquer tentativa de criminalizar discursos homofóbicos. Acredito que clérigos e skinheads devem ser l

TJs perdem subsídios na Noruega por ostracismo a ex-fiéis. Duro golpe na intolerância religiosa

Proibido o livro do padre que liga a umbanda ao demônio

Padre Jonas Abib foi  acusado da prática de  intolerância religiosa O Ministério Público pediu e a Justiça da Bahia atendeu: o livro “Sim, Sim! Não, Não! Reflexões de Cura e Libertação”, do padre Jonas Abib (foto), terá de ser recolhido das livrarias por, nas palavras do promotor Almiro Sena, conter “afirmações inverídicas e preconceituosas à religião espírita e às religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, além de flagrante incitação à destruição e ao desrespeito aos seus objetos de culto”. O padre Abib é ligado à Renovação Carismática, uma das alas mais conservadoras da Igreja Católica. Ele é o fundador da comunidade Canção Nova, cuja editora publicou o livro “Sim, Sim!...”, que em 2007 vendeu cerca de 400 mil exemplares, ao preço de R$ 12,00 cada um, em média. Manuela Martinez, da Folha, reproduz um trecho do livro: "O demônio, dizem muitos, "não é nada criativo". (...) Ele, que no passado se escondia por trás dos ídolos, hoje se esconde no

Condenado por estupro, pastor Sardinha diz estar feliz na cadeia

Pastor foi condenado  a 21 anos de prisão “Estou vivendo o melhor momento de minha vida”, diz José Leonardo Sardinha (foto) no site da Igreja Assembleia de Deus Ministério Plenitude, seita evangélica da qual é o fundador. Em novembro de 2008 ele foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado por estupro e atentado violento ao pudor. Sua vítima foi uma adolescente que, com a família, frequentava os cultos da Plenitude. A jovem gostava de um dos filhos do pastor, mas o rapaz não queria saber dela. Sardinha então disse à adolescente que tinha tido um sonho divino: ela deveria ter relações sexuais com ele para conseguir o amor do filho, e a levou para o motel várias vezes. Mas a ‘profecia’ não se realizou. O Sardinha Jr. continuou não gostando da ingênua adolescente. No texto publicado no site, Sardinha se diz injustiçado pela justiça dos homens, mas em contrapartida, afirma, Deus lhe deu a oportunidade de levar a palavra Dele à prisão. Diz estar batizando muita gen

Veja os 10 trechos mais cruéis da Bíblia

Profecias de fim do mundo

O Juízo Final, no afresco de Michangelo na Capela Sistina 2033 Quem previu -- Religiosos de várias épocas registraram que o Juízo Final ocorrerá 2033, quando a morte de cristo completará 2000. 2012 Quem previu – Religiosos e teóricos do apocalipse, estes com base no calendário maia, garantem que o dia do Juízo Final ocorrerá em dezembro, no dia 21. 2011 Quem previu – O pastor americano Harold Camping disse que, com base em seus cálculos, Cristo voltaria no dia 21 de maio, quando os puros seriam arrebatados e os maus iriam para o inferno. Alguns desastres naturais, como o terremoto seguido de tsunami no Japão, serviram para reforçar a profecia. O que ocorreu - O fundador do grupo evangélico da Family Radio disse estar "perplexo" com o fato de a sua profecia ter falhado. Ele virou motivo de piada em todo o mundo. Camping admitiu ter errado no cálculo e remarcou da data do fim do mundo, que será 21 de outubro de 2011. 1999 Quem previu – Diversas profecias