> JESÚS BASTANTE
> Com tradução de Wagner Fernandes de Azevedo para IHU Online.
Religión Digital
Os abusos a menores não são coisa do passado, nem gotas no oceano. O caso da Igreja polonesa demonstra, claramente, que este drama não pode ser silenciado eternamente. O último relatório, apresentado pelo episcopado do país mostra uma realidade cruel: 292 padres abusaram de 368 crianças entre 2018 e 2020.
O relatório não se detém aos abusos, mas também entra na negligência e, em alguns casos, no voluntário encobrimento de abusadores, e na dinâmica do silêncio ante a pedofilia clerical neste país, um dos mais católicos de toda Europa.
Tudo isso em meio a uma investigação conduzida pelo cardeal Angelo Bagnasco, que se concentra na atuação do secretário-pessoal de João Paulo II e cardeal de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz, neste drama. Outros bispos e arcebispos foram recentemente sancionados pela Santa Sé, dentro da aplicação da política de ‘tolerância zero’ promovida por Bergoglio.
“Pedimos desculpas às vítimas”, disse o líder da Igreja polonesa, Wojciech Polak, em uma entrevista coletiva online. Por sua vez, o bispo encarregado da luta contra os abusos, Adam Zak, destacou a necessidade de uma maior conscientização sobre o drama do abuso infantil, pois a realidade mostra que o abuso, longe de desaparecer, continua em número muito elevado.
Assim, o relatório anterior, referente ao período de 1990 a 2018, falava de 382 clérigos, que teriam abusado de 625 menores. Em apenas dois anos, de 2018 a 2020, o número é de 292 e 368. Simplesmente escandaloso.
Por outro lado, segundo a Efe, o bispo polonês Zbigniew Kiernikowski foi substituído pelo Vaticano após uma investigação por negligência em relação a abusos sexuais na diocese de Siedlce.
A arquidiocese da cidade polonesa de Lublin (leste) informou nesta segunda-feira que Kiernikowski apresentou sua renúncia após a conclusão de um processo iniciado pela Santa Sé quando era bispo em Siedlce e após acusações de negligência feitas em relação ao caso de um padre que infringiu o abuso sexual de um menor.
A arquidiocese polonesa informou que o Vaticano tomou a decisão de aceitar a renúncia do bispo em aplicação do Código de Direito Canônico e “no final do procedimento” iniciado.
O bispo serviu como chefe de Siedlce entre 2012 e 2014, anos em que os acontecimentos ocorreram, e o Vaticano, segundo o arcebispado de Lublin, tomou a decisão em consideração às “dificuldades de gestão da diocese de Legnica”, da qual ele era um bispo.
Kiernikowski, 64, foi ordenado bispo por João Paulo II em 2002 e ocupou cargos importantes na Igreja Católica Polonesa, já que era membro do Conselho Científico e de várias associações católicas internacionais.
Os abusos a menores não são coisa do passado, nem gotas no oceano. O caso da Igreja polonesa demonstra, claramente, que este drama não pode ser silenciado eternamente. O último relatório, apresentado pelo episcopado do país mostra uma realidade cruel: 292 padres abusaram de 368 crianças entre 2018 e 2020.
O relatório não se detém aos abusos, mas também entra na negligência e, em alguns casos, no voluntário encobrimento de abusadores, e na dinâmica do silêncio ante a pedofilia clerical neste país, um dos mais católicos de toda Europa.
Dziwisz investigado
Tudo isso em meio a uma investigação conduzida pelo cardeal Angelo Bagnasco, que se concentra na atuação do secretário-pessoal de João Paulo II e cardeal de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz, neste drama. Outros bispos e arcebispos foram recentemente sancionados pela Santa Sé, dentro da aplicação da política de ‘tolerância zero’ promovida por Bergoglio.
“Pedimos desculpas às vítimas”, disse o líder da Igreja polonesa, Wojciech Polak, em uma entrevista coletiva online. Por sua vez, o bispo encarregado da luta contra os abusos, Adam Zak, destacou a necessidade de uma maior conscientização sobre o drama do abuso infantil, pois a realidade mostra que o abuso, longe de desaparecer, continua em número muito elevado.
Assim, o relatório anterior, referente ao período de 1990 a 2018, falava de 382 clérigos, que teriam abusado de 625 menores. Em apenas dois anos, de 2018 a 2020, o número é de 292 e 368. Simplesmente escandaloso.
Adeus a outro bispo encobridor
Por outro lado, segundo a Efe, o bispo polonês Zbigniew Kiernikowski foi substituído pelo Vaticano após uma investigação por negligência em relação a abusos sexuais na diocese de Siedlce.
A arquidiocese da cidade polonesa de Lublin (leste) informou nesta segunda-feira que Kiernikowski apresentou sua renúncia após a conclusão de um processo iniciado pela Santa Sé quando era bispo em Siedlce e após acusações de negligência feitas em relação ao caso de um padre que infringiu o abuso sexual de um menor.
A arquidiocese polonesa informou que o Vaticano tomou a decisão de aceitar a renúncia do bispo em aplicação do Código de Direito Canônico e “no final do procedimento” iniciado.
O bispo serviu como chefe de Siedlce entre 2012 e 2014, anos em que os acontecimentos ocorreram, e o Vaticano, segundo o arcebispado de Lublin, tomou a decisão em consideração às “dificuldades de gestão da diocese de Legnica”, da qual ele era um bispo.
Kiernikowski, 64, foi ordenado bispo por João Paulo II em 2002 e ocupou cargos importantes na Igreja Católica Polonesa, já que era membro do Conselho Científico e de várias associações católicas internacionais.
> Com tradução de Wagner Fernandes de Azevedo para IHU Online.
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