> PAULO LOPES
> Com informação de A Cidade On - Campinas e de outras fontes.
Na Indonésia, 50% das meninas são vítimas da mutilação genital
Frequente em alguns países, principalmente de cultura muçulmana, o corte do clitóris de adolescentes por motivos religiosos causa revolta e calafrio em muitas pessoas.
O Brasil está livre disso, mas aqui um juiz legalizou, por assim dizer, a prática de lesões leves em jovem submetida a ritual religioso.
O juiz Bruno Paiva Garcia, da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Campinas (SP), inocentou a mulher que permitiu que sua filha, de 10 anos, fosse escarificada em uma cerimônia de iniciação no candomblé.
Um babalorixá informou que as lesões foram feitas na altura do ombro da menina com a lâmina de um aparelho descartável de barba.
Acionado pelo pai, que é separado da mãe da criança, o Ministério Público do Estado de São Paulo denunciou a mãe por crime de "lesão corporal com violência doméstica agravada", com base em um laudo do Instituto Médico Legal.
No entendimento do juiz, entretanto, as lesões "não causaram prejuízo físico, psicológico ou sequer estético à criança".
Um imã diria algo parecido para justificar a circuncisão de uma menina.
O fato é que houve lesões, não importa se leves ou não. Essa é uma questão que deve ser debatida pela sociedade de um país laico. Até porque qual é definição de uma lesão leve? É subjetivo. E se a escarificação é permitida, por que não a mutilação genital?
O Brasil está livre disso, mas aqui um juiz legalizou, por assim dizer, a prática de lesões leves em jovem submetida a ritual religioso.
O juiz Bruno Paiva Garcia, da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Campinas (SP), inocentou a mulher que permitiu que sua filha, de 10 anos, fosse escarificada em uma cerimônia de iniciação no candomblé.
Um babalorixá informou que as lesões foram feitas na altura do ombro da menina com a lâmina de um aparelho descartável de barba.
Acionado pelo pai, que é separado da mãe da criança, o Ministério Público do Estado de São Paulo denunciou a mãe por crime de "lesão corporal com violência doméstica agravada", com base em um laudo do Instituto Médico Legal.
No entendimento do juiz, entretanto, as lesões "não causaram prejuízo físico, psicológico ou sequer estético à criança".
Um imã diria algo parecido para justificar a circuncisão de uma menina.
O fato é que houve lesões, não importa se leves ou não. Essa é uma questão que deve ser debatida pela sociedade de um país laico. Até porque qual é definição de uma lesão leve? É subjetivo. E se a escarificação é permitida, por que não a mutilação genital?
Não se trata de comparar coisas diferentes, mas, sim, estabelecer um princípio jurídico e humanitário.
A mulher acusou o ex-marido de intolerância religiosa. Ele negou e disse nunca se opôs à religião dela, mas não permitiu as lesões na filha.
É possível que, no fundo, o caso tenha origem em desavenças do antigo casal, e a menina se tornou vítima de uma situação de conflito.
O que importa destacar é que criança alguma nasce candomblecista, católica ou evangélica.
Compreende-se que os pais desejam o melhor para os filhos, o que inclui a religião como legado. Nesse caso, a mãe disse que a escoriação foi para proteger a filha de maus espíritos.
O ideal seria os pais esperarem os filhos atingirem idade do discernimento para que eles possam escolher uma religião ou nenhuma. A decisão deve ocorrer naturalmente e no devido tempo.
Esse conceito de educar os filhos já vigora em países europeus. No Brasil, ele nem sequer aparece no longínquo horizonte.
A mulher acusou o ex-marido de intolerância religiosa. Ele negou e disse nunca se opôs à religião dela, mas não permitiu as lesões na filha.
É possível que, no fundo, o caso tenha origem em desavenças do antigo casal, e a menina se tornou vítima de uma situação de conflito.
O que importa destacar é que criança alguma nasce candomblecista, católica ou evangélica.
Compreende-se que os pais desejam o melhor para os filhos, o que inclui a religião como legado. Nesse caso, a mãe disse que a escoriação foi para proteger a filha de maus espíritos.
O ideal seria os pais esperarem os filhos atingirem idade do discernimento para que eles possam escolher uma religião ou nenhuma. A decisão deve ocorrer naturalmente e no devido tempo.
Esse conceito de educar os filhos já vigora em países europeus. No Brasil, ele nem sequer aparece no longínquo horizonte.
Religião pode causar traumas em criança |
> Com informação de A Cidade On - Campinas e de outras fontes.
Comentários
O artigo completa bem em poupar as crianças do doutrinamento religioso, infelizmente longre de ocorre no Brasil, salvo casos bem isolados.
E o ocorrido, que deve haver muito por aí, é uma munição para os evanjas altamente intolerantes. Estes últimos "apenas" fazem pesada lavagem cerebral e se acham "corretos", mesmo promovendo preconceitos.
Crianças e adolescentes deveriam ser poupados de crendices, quando adultas, que o decidam conscientemente. Ah, mas lógico que até os boçais do Direito e também "Direitos" Humanos vão com essa de "direito" paternal, "liberdade"(sic) de crença etc para justificar DOUTRINAMENTOS... E nos jogos sujos pelo PODER, mais ainda. Religião e afins de fé DEPENDEM de doutrinamentos, melhor quando começa na infância e adolescência. Aprender a pensar é coisa que crédulos, e déspotas do Estado e Igrejas temem.
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