> LUDMILLA SOUZA
Agência Brasil
A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), que regula a malha viária concedida no Estado, diz que se compromete com a preservação de todo o material histórico e artístico que possa ser encontrado nos 11,2 mil km de rodovias paulistas em concessão. Assim, estipula em todo contrato que a concessionária observe a legislação ambiental e de preservação de patrimônios artísticos e arqueológicos e obtenha todas as licenças prévias, seja qual for a interferência a ser feita no entorno.
O desafio de extrair o fóssil intacto foi assumido por paleontólogos da empresa A Lasca e do Museu de Paleontologia de Marília. Iniciada com martelo e talhadeira, a operação meticulosa de retirada da formação rochosa no entorno do fragmento evoluiu para uma ferramenta de perfuração de impacto mínimo, para evitar qualquer trinca que prejudicasse a peça.
O exemplar, ainda na forma bruta, será encaminhado para o Museu de Paleontologia de Marília, onde será limpo. Em uma análise preliminar, acredita-se tratar-se do fêmur de um dinossauro do período cretáceo, conhecido como período final da “era dos dinossauros”, ocorrida há pelo menos 65 milhões de anos.
“Acreditamos tratar-se da pata de um titanossauro. Após o salvamento e retirada da matéria do entorno teremos mais condições de estudá-lo detalhadamente”, afirma o geólogo Nilson Benuci, que conduziu as escavações para extração do fóssil.
Em 2009, na mesma região, no km 303, paleontólogos encontraram 70% do esqueleto de um titanossauro. Os fragmentos, mais de 50 peças, encontram-se na Universidade de Brasília (UnB).
“Marília, e outras cidades da região, é muito rica neste tipo de fóssil, os titanossauros”, completa o coordenador do Museu de Paleontologia de Marília, o paleontólogo William Nava.
Um fóssil, aparentemente de um Titanossauro, foi localizado a poucos centímetros da lateral de um talude, em uma obra rodoviária em Marília, no interior de São Paulo.
Ele foi identificado na fase final do corte de material – que ficou interrompido por dois meses até a extração completa do exemplar de um osso de pata, de um metro.
A rotina das equipes foi alterada para preservar um tesouro sepultado há milhões de anos, encontrado a uma profundidade de 10 metros da superfície nas obras de duplicação da SP-333 – Rodovia Dona Leonor Mendes de Barros, na divisa entre Marília e Júlio Mesquita, a 400 km de São Paulo.
“Sabemos da importância deste material para a história e a ciência", afirma o gerente de Engenharia da Entrevias, Fábio Milano.
“Sabemos da importância deste material para a história e a ciência", afirma o gerente de Engenharia da Entrevias, Fábio Milano.
"Nossas equipes são treinadas para a observação e acionamento do corpo técnico sempre que identificada a presença de material fora dos padrões nas escavações ou na terraplanagem. Esta descoberta é motivo de comemoração para todos que estiveram envolvidos neste projeto de ampliação da ligação Marília-Júlio Mesquita”.
A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), que regula a malha viária concedida no Estado, diz que se compromete com a preservação de todo o material histórico e artístico que possa ser encontrado nos 11,2 mil km de rodovias paulistas em concessão. Assim, estipula em todo contrato que a concessionária observe a legislação ambiental e de preservação de patrimônios artísticos e arqueológicos e obtenha todas as licenças prévias, seja qual for a interferência a ser feita no entorno.
O desafio de extrair o fóssil intacto foi assumido por paleontólogos da empresa A Lasca e do Museu de Paleontologia de Marília. Iniciada com martelo e talhadeira, a operação meticulosa de retirada da formação rochosa no entorno do fragmento evoluiu para uma ferramenta de perfuração de impacto mínimo, para evitar qualquer trinca que prejudicasse a peça.
Envolvido em uma dura camada de arenito – rocha formada por areia aglutinada e cimento natural, densa como quartzo –, o fóssil custou o trabalho de quase dois meses dos profissionais.
O exemplar, ainda na forma bruta, será encaminhado para o Museu de Paleontologia de Marília, onde será limpo. Em uma análise preliminar, acredita-se tratar-se do fêmur de um dinossauro do período cretáceo, conhecido como período final da “era dos dinossauros”, ocorrida há pelo menos 65 milhões de anos.
“Acreditamos tratar-se da pata de um titanossauro. Após o salvamento e retirada da matéria do entorno teremos mais condições de estudá-lo detalhadamente”, afirma o geólogo Nilson Benuci, que conduziu as escavações para extração do fóssil.
Em 2009, na mesma região, no km 303, paleontólogos encontraram 70% do esqueleto de um titanossauro. Os fragmentos, mais de 50 peças, encontram-se na Universidade de Brasília (UnB).
“Marília, e outras cidades da região, é muito rica neste tipo de fóssil, os titanossauros”, completa o coordenador do Museu de Paleontologia de Marília, o paleontólogo William Nava.
Fóssil de um suposto fêmur de dinossauro |
> Com foto de divulgação da Entrevias.
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