Ateus têm mais amor ao próximo
Ele relata o exemplo proporcionado pela pandemia do novo vírus. Nos Estados Unidos, os ateus são os maiores defensores de medidas que dificultam a difusão do coronavírus, como o uso de máscara, contrastando com os "ardentes adoradores de Deus", que são anti-máscara e antivacina, como o cardeal Raymond Burke, um líder da Igreja Católica dos Estados Unidos.
Com 73 anos, o cardeal contraiu o coronavírus e teve de ser internado às pressas por causa de fortes sintomas de Covid. Ele teve de ser entubado. A pregação de Burke deve ter levado muita gente à morte.
Zuckerman cita um recente estudo do Pew segundo o qual somente 10% dos ateus disseram que não vão tomar vacina. Entre os evangélicos brancos, o índice é assustador, de 45%.
"Aqui, nos Estados Unidos, geralmente é o mais religioso entre nós que se recusa a aderir a práticas que salvam vidas, enquanto é o mais secular quem concorda de boa vontade", escreve Zuckerman na revista Salon.
"Os secularistas radicais exibem muito mais empatia, compaixão e cuidado com o bem-estar dos outros."
O professor faz outra comparação: 80% dos americanos seculares aceitam as evidências de que a atividade humana está esquentando o planeta e que o problema exige prioridade dos governantes. Do total dos evangélicos brancos, apenas 33% deles demonstram essa preocupação.
"É o mais secular entre nós que entende a ciência por trás da mudança climática e quer fazer o que precisa ser feito para evitá-la, enquanto é o mais "piedoso" entre nós que rejeita a ciência e não quer lidar com a terrível ameaça."
Em outras questões os ateus e seculares demonstram ter muito mais amor ao próximo do que os religiosos. Questões como direitos dos homossexuais e transgêneros, direitos dos animais, assistência médica a todos e educação sexual nas escolas.
"Os americanos mais seculares demonstram mais atenção com o sofrimento dos outros, enquanto os mais religiosos exibem os níveis mais elevados de indiferença."
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