Pular para o conteúdo principal

Projeto de nação de Bolsonaro é uma versão tropical do Talibã, afirma cientista

Jair Bolsonaro se elegeu pregando combate à corrupção de políticos, surfando na Lava Jato. Ele prometeu medidas do liberalismo econômico e, sobretudo, fez uma defesa valores tradicionais do cristianismo. Em dois anos, ele se aliou aos corruptos e sua política econômica é fracasso.

Assim, o bolsonarismo só tem se firmado cada vez mais como um movimento radical religioso nacionalista, apostando na beligerância política para impor o seu projeto de nação indissociável da fé em Deus. E o presidente Bolsonaro passou a ameaçar a democracia diariamente, exorcizando o cadáver do golpe militar.

Por isso, o cientista político Guilherme Casarões vê algo em comum entre o bolsonarismo e o Talibã, que retornou ao poder no Afeganistão: um projeto de nação indissociável da fé em Deus. 

Casarões ressalva que, por motivos óbvios, não dá, em uma visão mais ampla comparar o atual governo brasileiro com o regime do Talibã, porque no Brasil, entre outras coisas, há democracia e suas instituições estão funcionando, ainda que não tão bem como era de se esperar. Quanto a isso, não comparação possível.

Mas não dá para negar, ressaltou o cientista político, que o bolsonarismo e os talibãs têm uma visão radical religiosa de nacionalismo. 

No Brasil, cuja Constituição estabelece a laicidade de Estado, há ministros que submetem políticas públicas a preceitos religiosos conservadores, mais associados ao neocapitalismo do que a outros ramos do cristianismo, os quais estão mais associados ao neopentecostalismo do que a qualquer outro ramo do cristianismo.

"Apoiadores do governo enxergam o mandato de Bolsonaro como parte de uma guerra santa contra inimigos genéricos como o comunismo, o globalismo e o marxismo cultural", disse Casarões à Folha de S. Paulo.

O cientista observou que na proposta para a criação do partido Aliança pelo Brasil, de Bolsonaro, está definido que "a relação entre esta Nação e Cristo é intrínseca, fundante e inseparável”.

"A essa altura, está claro que Bolsonaro lidera um movimento reacionário, marcado por desrespeito às instituições democráticas, sectarismo religioso e violência política. Em muitos sentidos, um Talibã tropical."

Semelhança criada
pelo fundamentalismo
religioso 

> Com informação da Folha de S.Paulo.

Bolsonaro é fantoche de fundamentalistas religiosos, denuncia pastor 



Bolsonaro aprova lei que permite que adventistas faltem em dia de prova


Comentários

Mello disse…
Esse "cientista" que falou esta besteira, porque será que tem 99,99% de chance de ser um esquerdopata?
Anônimo disse…
Infelizmente acho que o senhor está voando com os olhos vendados, uma rolha nos ouvidos, Bolsonaro tem sido o melhor presidente que o Brasil já teve, olha a multidão que ele arrasta, amamos nosso presidente e você é um comunista desgraçado que torce pelo nosso mal.
Siulfe disse…
Petralhosos e petralhudos deste respeitável, porém abobalhado blog... Minhas saudações! E as perguntas que não tem vossa resposta? Lula não é truta do Hamas? Cuba é um país democrático? Venezuela está numa boa? Vocês fazem amor pensando no Bolsonaro?
Anônimo disse…
Preço do gás nas alturas, inflação chegando a dois dígitos, gasolina a 7 reais, quase 15 milhões de desempregados, aumento da pobresa, retorno ao mapa da fome, meio milhão de mortos por negligência política. E vc ainda tem coragem de dizer que o Bolsonaro é o melhor presidente. Não a toa o chamam de mito mesmo, pq o mito é impermeável à realidade. Seu presidente é tão sujo, que, com discurso anti-corrupção, ele governa com o quadrilhão do PP: Ricardo Barros, Arthur Lira, Ciro Nogueira, o triunvirato da corrupção. Ele é tão burro e inepto, que até o Lula, até pouco tempo carta fora do baralho, ressuscitou, não por mérito do Lula, mas por incapacidade do genocida. O apoio do seu mito ao centrão, aos latinfundiários, aos pastores, aos empresários mostra q ele não é, nunca foi anti-sistema, pelo contrário. A regra dele é: para os empresários, tudo; para os trabalhadores, fins dos direitos. Ele só quer defender os filhos bandidos, e vcs, burros, acreditaram ser Messias quem na verdade nunca passou de Judas. É o pior presidente da nossa História. Nenhum outro riu sobre cadáveres.
Anônimo disse…
Realmente a comparação não é cabível, o bolsonarismo carece da coragem dos talibãs. Aqui o amor ao fuzil não passa de retórica e a fé em Deus é bem mais limitada do que a fé que aquele povo tem em Alá. Lá se morre por Alá, aqui só se ganha dinheiro com Deus. O bolsonarismo só sabe fazer dancinha do impeachment e pintar a cara de verde e amarelo. Enquanto o radicalismo do Talibã é capaz de enfrentar os Estados Unidos, o radicalismo bolsonarista se dissolve com uma mera notinha de ministro do STF. A comparação é realmente descabida.
Wellington disse…
Parece que o idiota do Paulo Coelho foi o primeiro a falar num Talibã Cristão. O idiota me parece certo em princípio ou nos princípios, mas concordo nas diferenças citadas. A comparação não é descabida no sentido de que Bolsonaro e os Talibãs são movimentos conservadores e anti comunistas. Ambos são "reações". O tema merece apraprofundamento.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Dawkins é criticado por ter 'esperança' de que Musk não seja tão estúpido como Trump

Tibetanos continuam se matando. E Dalai Lama não os detém

O Prêmio Nobel da Paz é "neutro" em relação às autoimolações Stephen Prothero, especialista em religião da Universidade de Boston (EUA), escreveu um artigo manifestando estranhamento com o fato de o Dalai Lama (foto) se manter neutro em relação às autoimolações de tibetanos em protesto pela ocupação chinesa do Tibete. Desde 16 de março de 2011, mais de 40 tibetanos se sacrificaram dessa dessa forma, e o Prêmio Nobel da Paz Dalai Lama nada fez para deter essa epidemia de autoimolações. A neutralidade, nesse caso, não é uma forma de conivência, uma aquiescência descompromissada? Covardia, até? A própria opinião internacional parece não se comover mais com esse festival de suicídios, esse desprezo incandescente pela vida. Nem sempre foi assim, lembrou Prothero. Em 1963, o mundo se comoveu com a foto do jornalista americano Malcolm Wilde Browne que mostra o monge vietnamita Thich Quang Duc colocando fogo em seu corpo em protesto contra a perseguição aos budistas pelo

Jornalista defende liberdade de expressão de clérigo e skinhead

Título original: Uma questão de hombridade por Hélio Schwartsman para Folha "Oponho-me a qualquer tentativa de criminalizar discursos homofóbicos"  Disputas eleitorais parecem roubar a hombridade dos candidatos. Se Fernando Haddad e José Serra fossem um pouco mais destemidos e não tivessem transformado a busca por munição contra o adversário em prioridade absoluta de suas campanhas, estariam ambos defendendo a necessidade do kit anti-homofobia, como aliás fizeram quando estavam longe dos holofotes sufragísticos, desempenhando funções executivas. Não é preciso ter o dom de ler pensamentos para concluir que, nessa matéria, ambos os candidatos e seus respectivos partidos têm posições muito mais próximas um do outro do que da do pastor Silas Malafaia ou qualquer outra liderança religiosa. Não digo isso por ter aderido à onda do politicamente correto. Oponho-me a qualquer tentativa de criminalizar discursos homofóbicos. Acredito que clérigos e skinheads devem ser l

TJs perdem subsídios na Noruega por ostracismo a ex-fiéis. Duro golpe na intolerância religiosa

Proibido o livro do padre que liga a umbanda ao demônio

Padre Jonas Abib foi  acusado da prática de  intolerância religiosa O Ministério Público pediu e a Justiça da Bahia atendeu: o livro “Sim, Sim! Não, Não! Reflexões de Cura e Libertação”, do padre Jonas Abib (foto), terá de ser recolhido das livrarias por, nas palavras do promotor Almiro Sena, conter “afirmações inverídicas e preconceituosas à religião espírita e às religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, além de flagrante incitação à destruição e ao desrespeito aos seus objetos de culto”. O padre Abib é ligado à Renovação Carismática, uma das alas mais conservadoras da Igreja Católica. Ele é o fundador da comunidade Canção Nova, cuja editora publicou o livro “Sim, Sim!...”, que em 2007 vendeu cerca de 400 mil exemplares, ao preço de R$ 12,00 cada um, em média. Manuela Martinez, da Folha, reproduz um trecho do livro: "O demônio, dizem muitos, "não é nada criativo". (...) Ele, que no passado se escondia por trás dos ídolos, hoje se esconde no

Condenado por estupro, pastor Sardinha diz estar feliz na cadeia

Pastor foi condenado  a 21 anos de prisão “Estou vivendo o melhor momento de minha vida”, diz José Leonardo Sardinha (foto) no site da Igreja Assembleia de Deus Ministério Plenitude, seita evangélica da qual é o fundador. Em novembro de 2008 ele foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado por estupro e atentado violento ao pudor. Sua vítima foi uma adolescente que, com a família, frequentava os cultos da Plenitude. A jovem gostava de um dos filhos do pastor, mas o rapaz não queria saber dela. Sardinha então disse à adolescente que tinha tido um sonho divino: ela deveria ter relações sexuais com ele para conseguir o amor do filho, e a levou para o motel várias vezes. Mas a ‘profecia’ não se realizou. O Sardinha Jr. continuou não gostando da ingênua adolescente. No texto publicado no site, Sardinha se diz injustiçado pela justiça dos homens, mas em contrapartida, afirma, Deus lhe deu a oportunidade de levar a palavra Dele à prisão. Diz estar batizando muita gen

Veja os 10 trechos mais cruéis da Bíblia

Santuário Nossa Senhora Aparecida fatura R$ 100 milhões por ano

Basílica atrai 10 milhões de fiéis anualmente O Santuário de Nossa Senhora de Aparecida é uma empresa da Igreja Católica – tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) – que fatura R$ 100 milhões por ano. Tudo começou em 1717, quando três pescadores acharam uma imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, formando-se no local uma vila que se tornou na cidade de Aparecida, a 168 km de São Paulo. Em 1984, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu à nova basílica de Aparecida o status de santuário, que hoje é uma empresa em franca expansão, beneficiando-se do embalo da economia e do fortalecimento do poder aquisitivo da população dos extratos B e C. O produto dessa empresa é o “acolhimento”, disse o padre Darci José Nicioli, reitor do santuário, ao repórter Carlos Prieto, do jornal Valor Econômico. Para acolher cerca de 10 milhões de fiéis por ano, a empresa está investindo R$ 60 milhões na construção da Cidade do Romeiro, que será constituída por trê