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Natalia Pastenark é uma das 100 mulheres mais influentes do mundo

Brasileira é militante da ciência contra o negacionismo

Natalia Pasternak Taschner
tem uma coleção de títulos acadêmicos: é bióloga, doutora e pós-doutora. O PhD é em Microbiologia, na área de Genética Molecular de Bactérias, tudo pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Natalia acaba de receber um título não acadêmico: está listada entre as 100 mulheres mais inspiradoras e influentes no mundo em 2021, de acordo com a BBC.

A cientista Natalia — personagem com alta visibilidade midiática devido a seus projetos de divulgação científica que se tornaram centrais nos anos de pandemia — é a única brasileira da lista. Natália enfrentou o negacionismo e anti-cientificismo do governo

O fato é lembrado na página em inglês da BBC: "Ela trouxe informações científicas cruciais que salvaram vidas a milhões de pessoas no Brasil durante a pandemia Covid-19, por meio de suas colunas na imprensa, aparições no rádio e na TV."

Pasternak chegou a sofrer ataques de ódio por combater a desinformação promovida pelos seguidores do presidente Jair Bolsonaro que, repetindo seu líder, disseminavam a falsidade científica de ser possível cura da doença por cloroquina, ivermectina, aplicação de ozônio por vita retal e outras.

Na página da BBC, é destacada a frase de Pasternak que se tornou notícia em toda parte durante seu depoimento na CPI da Covid. "Como neta do Holocausto, sei o que governos autoritários podem fazer às pessoas. Defender a ciência no Brasil durante a pandemia foi minha contribuição para manter vivo o Nunca se esqueça."

Companhias famosas

Dentre a lista das 100 mulheres, mais de 500 são afegãs, que neste ano lutaram bravamente contra o retrocesso do Talibã no poder. São professoras, advogadas, jornalistas, feministas, ativistas, bibliotecárias, reabilitadoras, poeta. Mulheres que estão lutando para dar dignidade às pessoas e salvar vidas.

Também estão na lista Malala Yousafzai, a mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz, a primeira mulher primeira-ministra de Samoa, Fiamē Naomi Mata'afa, a professora Heidi J Larson, que chefia o Vaccine Confidence Project, e a aclamada autora nigeriana (e planetária) Chimamanda Ngozi Adichie.

Mulheres do reset


De acordo com a BBC, em 2021, o projeto 100 Women destacou as mulheres que estão fazendo um 'reset' — isto é, as mulheres que agiram para reinventar nossa sociedade, nossa cultura e nosso mundo.

Os critérios da equipe do projeto da BBC 100 Women selecionam nomes sugeridos pelas equipes de idiomas do Serviço Mundial da BBC. 

"Procuramos candidatas que chegaram às manchetes ou influenciaram histórias importantes nos últimos 12 meses, bem como aquelas que têm histórias inspiradoras para contar, conquistaram algo significativo ou influenciaram suas sociedades de maneiras que não necessariamente virariam notícia".

Natalia é integrante do 
Committee for Skeptical Inquiry

Quem é Natalia Pasternak


Natalia Pasternak Taschner tem 45 anos, nasceu em São Paulo, em 5 de maio de 1976. Nascida em família de etnia judaica, é filha dos professores universitários Mauro Taschner e Suzana Pasternak.

Graduou-se em Biologia pela Universidade de São Paulo (USP) em 2001, e imediatamente ingressou no doutorado em Microbiologia da USP no mesmo ano, concluído em 2006. De 2007 a 2013 fez pós-doutorado em Microbiologia, na área de genética molecular de bactérias, também na USP.

É casada com o jornalista Carlos Orsi.

Trabalha como divulgadora científica brasileira. É a fundadora e primeira presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC) e a primeira brasileira a integrar o Comitê para a Investigação Cética.

Foi diretora da versão brasileira do festival de ciências Pint of Science, fundadora da iniciativa Cientistas Explicam e fundadora de um blog de divulgação científica. Também é editora da primeira revista brasileira sobre pensamento crítico, a Revista Questão de Ciência, publicada pelo IQC, com seu marido.

Pasternak escreve sobre popularização da ciência e pseudociências no jornal O Globo e também foi colunista da revista Saúde.

Em 2020, tornou-se membro do Committee for Skeptical Inquiry (CSI) e foi agraciada com o prêmio internacional de promoção do ceticismo "The Ockham Award" (Navalha de Ockham). A convite da ONU, integra a Equipe Halo, um time de cientistas que promove esclarecimentos sobre vacinas no TikTok. (Fonte: Currículo Lattes)


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