Antropóloga estima haver 530 cédulas neonazistas no Brasil
editorial
A defesa da liberdade de culto e da convivência respeitosa entre diferentes credos é pauta permanente de qualquer sociedade que se pretenda civilizada. Mais ainda em tempos de intolerância religiosa como o atual. Notícias recentes de ataques a sinagogas, mesquitas, terreiros de umbanda e candomblé, além de outras manifestações de preconceito, mostram que é preciso ser firme no combate ao radicalismo crescente. O que está em jogo não é apenas o inadmissível vilipêndio à fé alheia, mas também o risco de atentados.
Os sinais de crescimento do antissemitismo são alarmantes. A antropóloga Adriana Dias, que pesquisa o assunto há duas décadas, estima que atualmente haja 530 células no Brasil neonazistas (formadas por pessoas que estão no mesmo município). Em 2019, ela detectara 334. Houve, portanto, um aumento de 58% em dois anos.
A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro também revela dados preocupantes. Em 2019, recebeu 201 queixas, mais que o dobro do ano anterior: 92 registros. Em 2020 não houve estatística por causa da pandemia, e a queda dos números neste ano é atribuída ao fechamento total ou parcial dos terreiros, já que a maioria das queixas refere-se a religiões de matriz africana — e não a uma súbita onda de tolerância.
A intolerância não escolhe credo: em novembro, uma mesquita foi invadida e vandalizada em Ponta Grossa, no Paraná; os invasores queimaram um exemplar do Alcorão, o livro sagrado do islã, e atearam fogo num quadro que descrevia as bases do islamismo.
A defesa da liberdade de culto e da convivência respeitosa entre diferentes credos é pauta permanente de qualquer sociedade que se pretenda civilizada. Mais ainda em tempos de intolerância religiosa como o atual. Notícias recentes de ataques a sinagogas, mesquitas, terreiros de umbanda e candomblé, além de outras manifestações de preconceito, mostram que é preciso ser firme no combate ao radicalismo crescente. O que está em jogo não é apenas o inadmissível vilipêndio à fé alheia, mas também o risco de atentados.
Os sinais de crescimento do antissemitismo são alarmantes. A antropóloga Adriana Dias, que pesquisa o assunto há duas décadas, estima que atualmente haja 530 células no Brasil neonazistas (formadas por pessoas que estão no mesmo município). Em 2019, ela detectara 334. Houve, portanto, um aumento de 58% em dois anos.
A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro também revela dados preocupantes. Em 2019, recebeu 201 queixas, mais que o dobro do ano anterior: 92 registros. Em 2020 não houve estatística por causa da pandemia, e a queda dos números neste ano é atribuída ao fechamento total ou parcial dos terreiros, já que a maioria das queixas refere-se a religiões de matriz africana — e não a uma súbita onda de tolerância.
A intolerância não escolhe credo: em novembro, uma mesquita foi invadida e vandalizada em Ponta Grossa, no Paraná; os invasores queimaram um exemplar do Alcorão, o livro sagrado do islã, e atearam fogo num quadro que descrevia as bases do islamismo.
Nem poupa celebridades. A cantora Anitta, candomblecista, sofreu ataques virulentos nas redes sociais neste mês ao postar uma foto com seu pai de santo. O apresentador Tiago Leifert foi alvo de uma saraivada de mensagens antissemitas na semana passada.
A violência é a forma mais grave da intolerância, que se expressa também em preconceitos escondidos na melhor das boas intenções. É o caso da resistência — sob a alegação da defesa do Estado laico — à indicação do ministro André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal pelo fato de ele ser evangélico, condição enfatizada pelo presidente Bolsonaro.
No STF há ministros de outras religiões e, enquanto a fé não guiar suas decisões em vez dos princípios constitucionais, não há motivo para temer. Professar uma fé não qualifica nem desqualifica ninguém para ocupar assento no Supremo.
Operações como a realizada no dia 16 de dezembro pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado do Rio contra extremistas que disseminavam o ódio contra judeus e negros em sete estados devem ser intensificadas. Se é que correspondeu algum dia à realidade, a ideia do país tolerante em que o sincretismo religioso acomodou diferenças precisa ser posta na devida perspectiva, para dar lugar à vigilância que garanta o respeito devido a todas as crenças.
> Sem ilustração, o artigo publicado originalmente com o título Intolerância religiosa dá sinais de crescimento e tem de ser combatida.
Operações como a realizada no dia 16 de dezembro pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado do Rio contra extremistas que disseminavam o ódio contra judeus e negros em sete estados devem ser intensificadas. Se é que correspondeu algum dia à realidade, a ideia do país tolerante em que o sincretismo religioso acomodou diferenças precisa ser posta na devida perspectiva, para dar lugar à vigilância que garanta o respeito devido a todas as crenças.
> Sem ilustração, o artigo publicado originalmente com o título Intolerância religiosa dá sinais de crescimento e tem de ser combatida.
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Comentários
Do pósconceito, o caso do malfadado Ministro, "É o caso da resistência — sob a alegação da defesa do Estado laico — à indicação do ministro André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal pelo fato de ele ser evangélico, condição enfatizada pelo presidente Bolsonaro." Nunca custa lembrar as inúmeras posturas da maioria das lideranças evanjas, e da CONIVÊNCIA da esmagadora maioria crédula do meio. E o André Mendonça vem com apologia crédula, como se fosse uma virtude etc em vez de ficar quieto, afinal, era um EVENTO OFICIAL, não algo de sua vidinha privada. Vão dizer depois de ser "preconceito"? Por que esse povo não se comporta e para de se vangloriar, achar que são "os bons", "corretos" com apologia disso e mais? O pessoal da Umbanda, p.ex., não fica se intrometendo na vida alheia, "se achando" etc por causa da religião, tirando casos PESSOAIS isolados. Mesmo outros tipos de cristãos não agem assim.
Das sinagogas, com essa onta perversa do conservadorismo, onde há muitos ligados ao neonazismo, logo...
Mesquitas, como a maioria dos mulçumanos nem aí pelos que os radicais fazem, os das vertentes "Azarias", acabam "colhendo o que planam". Os "Mutazilites" devem agir mais na repulsa das vertentes "Azarias". Vide "Lei Islâmica em Ação", onde a falha de lá é não lemrar que se tratam das vertentes "azarias", passando a falsa idéia de "todas vertentes do islã são assim", mas no geral (em relação ao islã e esquerdopatices) é muito bem informativo. Só considerar "o islã que lá dizem são os azarias".
-- "O Oriente Médio precisa de um Voltaire?" em https://universoracionalista.org/o-oriente-medio-precisa-de-um-voltaire/
Da Umbanda e afins... O mote MESMO, além de ser uma religião muito diferente ao Cristianismo (seja qual vertente for, e focando nessa apenas) é respeitar, não apenas "tolerar", LGBT+ e gênero, os fatores maiores de preconceitos. Mas os (VITIMISTAS) negros "se acham" preconceituados e adoram as falácias da falsa associação, correlação espúria, da ênfase (ou holofote), ad nauseam, ... E danem-se LGBT+ e gênero!
Só para acrescentar: a Wicca já é difamada muito, sempre associarem bruxas e afins com o "mal" em filmes etc. Lógico que quase sempre os intolerantes nem se preocuparão, os filmes e afins já o fazem e até é tido como "normal". Idem para Demônio, Satan / Satanismo etc como "do mal". Mas quando alguém diz, mesmo belas verdades e certas charges ou tipos de "Jesuses" , aí ficam de mimimi e até vem com processo!
Os cristãos de bem, fazem o que mesmo contra os intolerantes? :-(
"Operações como a realizada no dia 16 de dezembro pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado do Rio contra extremistas que disseminavam o ódio contra judeus e negros em sete estados devem ser intensificadas." E LGBT+ e gênero, que se danem! Sempre são menos no combate aos preconceitos...
Nunca custa, para finalizar, que na Esquerda há muitos esquerdóides, ou esquerdopatas, ainda mais com poder de influência / decisão em que:
- LGBT+ e gênero apenas são massa de manobra. Vide a seguir onde...
- Fator laico, até quando é conveniente. Alianças com evanjas (e outros) valem mais.
- Simpatizam com ditaduras do meio.
- Simpatizam com vertentes azarias do Islã e caem na "Taqiyya" ou "Takyya", vide no "Lei Islâmica em Ação".
- A clássica, de quase todos esquerdistas: acreditam nos infactíveis Socialismo e Comunismo. Atualizar-se é bom. Causas sociais, DH com isenção etc.
Depois quando conservadores, extrema Direita e povo DE Deus ganham cada vez mais espaço, reclamam!
E nisso tudo, conflitos...
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