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Bento 16 admite que esteve em reunião sobre padre pedófilo

Papa emérito pede "perdão por esse erro"

Joseph Ratzinger, o papa emérito Bento 16, admitiu nesta segunda-feira (24) ter participado em 1980 de reunião que tratou de acusações de pedofilia a um padre alemão. Trata-se de um recuo porque ele disse antes a investigadores independentes que nunca esteve no encontro.

Contratados pela Igreja Católica alemã, esses investigadores divulgaram relatório concluindo que o então futuro papa foi omisso em punir pedófilos, mas, com base em consulta feita a Ratzinger, divulgaram a versão segundo a qual é "pouco crível" que o cardeal participará daquela reunião.

Bento 16 divulgou carta dizendo que essas suas afirmações estão "factualmente incorretas". Argumentou que não  houve "má-fé", mas sim um erro "resultado de uma omissão na edição" do documento.

Papa emérito assume "erro"
para não ser desmentido

Pediu "perdão por esse erro", que será corrigido na "revisão completa do relatório de 1.900 páginas".

O relatório contém a ata da reunião de 15 de janeiro de 1980 que registra a presença de Ratzinger.

As denúncias então em pauta referiam-se ao padre Peter Hullermann, acusado de abuso sexual de menores.

Em vez de ser punido e afastado de suas atividades, o sacerdote foi transferido para a Arquidiocese de Munique, na Baviera, continuando ali a abusar de jovens. A Igreja só impôs aposentadoria a Hullermann em 2010.

Na Alemanha, onde a Igreja Católica está definhando por causa da pedofilia sacerdotal, entre outros fatores, o recuo de Bento 16 repercutiu como se o papa emérito estivesse se adiantando  a  um possível desmascaramento de sua mentira.

Aos 95 anos, Bento 16 não vem mantendo a discrição que se esperava dele, de modo que não interferisse no pontificado de Francisco, que sofre a oposição dos conservadores da Igreja. 

> Com informação do Vaticano e de outras fontes.

'Quando tinha 15 anos, eu fui abusado por um padre, que ficou impune' 





Comentários

Anônimo disse…
Esse papa já é candidato a virar santo padroeiro dos pedófilos, se a Igreja não tiver um.

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