Documentos confirmam que houve 314 vítimas entre 1975 e 2018
Um relatório independente solicitado pela Igreja Católica da Alemanha revelou centenas de casos de violência sexual cometidos pelo clero e por funcionários da maior diocese da Alemanha. O documento foi divulgado pelos autores da investigação nesta quinta-feira (18).
O relatório de 800 páginas sobre a diocese de Colônia identificou 202 responsáveis por agressão sexual e 314 vítimas, entre 1975 e 2018, de acordo com um dos advogados que investigou o caso, Bjoern Gercke. "Mais da metade das vítimas eram crianças menores de 14 anos", disse Gercke.
Cerca de 70% dos autores eram membros do clero e os outros funcionários comuns, detalhou, que foram sancionados. Mas esse não foi o caso dos sacerdotes. O relatório isenta de qualquer culpa o cardeal Rainer Maria Woelki, suspeito de tentar ocultar a dimensão dos abusos.
"Isso nos envergonha profundamente", reagiu Woelki, que suspendeu imediatamente dois sacerdotes da igreja de Colônia — o bispo Dominikus Schwaderlapp e o titular do tribunal, o diocesano Guenter Assenmacher — por "encobrir" os casos de abuso.
"Os atos devem também ter consequências para os membros do clero", afirmou o cardeal. Woelki disse no início de março que suspenderia "provisoriamente, se necessário, as pessoas citadas no relatório", antes de tirar conclusões concretas em 23 de março.
O cardeal provocou um escândalo em 2021 ao se recusar a tornar público um primeiro relatório sobre o período, de 1975 a 2018, alegando infrações e problemas de proteção de dados.
Um relatório independente solicitado pela Igreja Católica da Alemanha revelou centenas de casos de violência sexual cometidos pelo clero e por funcionários da maior diocese da Alemanha. O documento foi divulgado pelos autores da investigação nesta quinta-feira (18).
O relatório de 800 páginas sobre a diocese de Colônia identificou 202 responsáveis por agressão sexual e 314 vítimas, entre 1975 e 2018, de acordo com um dos advogados que investigou o caso, Bjoern Gercke. "Mais da metade das vítimas eram crianças menores de 14 anos", disse Gercke.
"Isso nos envergonha profundamente", reagiu Woelki, que suspendeu imediatamente dois sacerdotes da igreja de Colônia — o bispo Dominikus Schwaderlapp e o titular do tribunal, o diocesano Guenter Assenmacher — por "encobrir" os casos de abuso.
"Os atos devem também ter consequências para os membros do clero", afirmou o cardeal. Woelki disse no início de março que suspenderia "provisoriamente, se necessário, as pessoas citadas no relatório", antes de tirar conclusões concretas em 23 de março.
O cardeal provocou um escândalo em 2021 ao se recusar a tornar público um primeiro relatório sobre o período, de 1975 a 2018, alegando infrações e problemas de proteção de dados.
A decisão irritou as vítimas, provocou uma saída em massa de sua diocese e a incompreensão de outros membros do clero, o que levou o cardeal a pedir um novo relatório.
A comunicação do monsenhor Woelki é "um desastre", afirmou no fim de fevereiro o presidente da conferência dos bispos, Georg Bätzing. Esta é a "maior crise já vivida pela Igreja", estimou Tim Kurzbach, presidente do conselho da diocese de Colônia que reúne clero e leigos.
A comunicação do monsenhor Woelki é "um desastre", afirmou no fim de fevereiro o presidente da conferência dos bispos, Georg Bätzing. Esta é a "maior crise já vivida pela Igreja", estimou Tim Kurzbach, presidente do conselho da diocese de Colônia que reúne clero e leigos.
A polêmica com Woelki surgiu em um momento em que a Igreja Católica realiza alguns progressos no reconhecimento de sua responsabilidade nos casos de violência e na indenização das vítimas.
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