Jovens crentes não se identificam com nenhuma religião já representam 25% da população; Censo vai confirma ou não a tendência
PAULO LOPES
jornalista, trabalhou na Folha de S.Paulo,
Diário Popular, Editora Abril e em
Diário Popular, Editora Abril e em
outras publicações
Pesquisas recentes de vários institutos projetam para os próximos anos a hegemonia das igrejas evangélicas, destronando a Igreja Católica, religião predominante no Brasil desde sempre.
Mas agora novos dados indicam que a maioria da população brasileira pode se tornar de crentes sem religião, de pessoas desigrejadas.
Pesquisa da Datafolha sobre o perfil dos eleitores de 2022 revela surpreendentemente que a população de São Paulo e Rio de 16 a 24 anos dos sem religião é de 30%, acima dos evangélicos (27%), católicos (24%) e outras religiões (19%). A taxa nacional dos sem religião é de 25%.
Brasileiros sem religião encontram-se em ascensão há décadas. Pelo Censo do IBGE, em 1960 representaram 0,5% da população, em 1960 eram 1,6%; em 1980 chegaram a 4,8% e em 2000, 7,3%.
Não dá para comparar os dados do IBGE com os do Datafolha, por causa das diferenças de metodologias e do universo pesquisado, mas destaca-se, nessa última pesquisa, que se trata de jovens — o futuro do país.
A cientista social Silvia Fernandes afirma que o fenômeno se deve a uma "dimensão mais pluralista da religiosidade". Embora não sigam nenhuma religião, os jovens acham todas válidas.
Esse sincretismo religioso se reflete na família: um jovem pode mãe evangélica, país católico, avó espírita e um tio ateu.
Mas ainda assim, com base no noticiário, os casos de intolerância religiosa têm aumentado, principalmente da parte de evangélicos contra seguidores de religiões de afrodescendentes, no que talvez seja o resultado de uma aliança entre a extrema-direita e facção mais conservadora de religiosos.
O Censo deste ano (2022) responderá questões como: as grandes igrejas pentecostais (Universal, etc.) pararam de crescer?; o crescimento dos sem religião tende a acelerar?; qual será a nova previsão para a Igreja Católica se tornar minoritária?; o número de ateus continua inexpressivo, com menos de 1 milhão?
• Pessoas sem religião têm escolaridade acima da média
Mas agora novos dados indicam que a maioria da população brasileira pode se tornar de crentes sem religião, de pessoas desigrejadas.
Pesquisa da Datafolha sobre o perfil dos eleitores de 2022 revela surpreendentemente que a população de São Paulo e Rio de 16 a 24 anos dos sem religião é de 30%, acima dos evangélicos (27%), católicos (24%) e outras religiões (19%). A taxa nacional dos sem religião é de 25%.
Brasileiros sem religião encontram-se em ascensão há décadas. Pelo Censo do IBGE, em 1960 representaram 0,5% da população, em 1960 eram 1,6%; em 1980 chegaram a 4,8% e em 2000, 7,3%.
Não dá para comparar os dados do IBGE com os do Datafolha, por causa das diferenças de metodologias e do universo pesquisado, mas destaca-se, nessa última pesquisa, que se trata de jovens — o futuro do país.
A cientista social Silvia Fernandes afirma que o fenômeno se deve a uma "dimensão mais pluralista da religiosidade". Embora não sigam nenhuma religião, os jovens acham todas válidas.
Esse sincretismo religioso se reflete na família: um jovem pode mãe evangélica, país católico, avó espírita e um tio ateu.
Mas ainda assim, com base no noticiário, os casos de intolerância religiosa têm aumentado, principalmente da parte de evangélicos contra seguidores de religiões de afrodescendentes, no que talvez seja o resultado de uma aliança entre a extrema-direita e facção mais conservadora de religiosos.
O Censo deste ano (2022) responderá questões como: as grandes igrejas pentecostais (Universal, etc.) pararam de crescer?; o crescimento dos sem religião tende a acelerar?; qual será a nova previsão para a Igreja Católica se tornar minoritária?; o número de ateus continua inexpressivo, com menos de 1 milhão?
Comentários
Passa a falsa idéia que tem algo a ver "afrodescendente"(sic) - parece coisa de vitimista negro. Nessas religiões há um enorme número de gays, os MUITO (junto com outros LBTs) mais preconceituades, ainda mais pela maioria evangélica. Junta com uma religião MUITO diferente da "lógica cristã" e terá alto ódio.
De jovens menores, no mínimo deveriam ser protegidos dos ideais religiosos, esotéricos, místicos etc. Quando adultos que sigam o que bem quiserem, desde que fiquem na sua. Jovens devem ser ensinados a PENSAR, discernir, Ceticismo.
Passa a falsa idéia que tem algo a ver "afrodescendente"(sic) - parece coisa de vitimista negro. Nessas religiões há um enorme número de gays, os MUITO (junto com outros LBTs) mais preconceituades, ainda mais pela maioria evangélica. Junta com uma religião MUITO diferente da "lógica cristã" e terá alto ódio.
De jovens menores, no mínimo deveriam ser protegidos dos ideais religiosos, esotéricos, místicos etc. Quando adultos que sigam o que bem quiserem, desde que fiquem na sua. Jovens devem ser ensinados a PENSAR, discernir, Ceticismo.
Obs.: está dando erro se via Google, antes funcionava direitinho.
axé!
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