O estudo utilizou dados declarados pelas igrejas à Receita Federal
Se os templos religiosos paguem impostos — a taxa média das demais atividades é 34% —, a quantidade deles seria menor, principalmente os evangélicos, com uma diferença de 74% em relação aos existentes.
A conclusão é do estudo "A Economia Política do Pentecostalismo: Uma Análise Estrutural Dinâmica", que aplicou modelos matemáticos em dados obtidos na Receita Federal.
A Constituição de 1988 concedeu imunidade de tributos federais aos tempos e mais recentemente uma emenda expandiu o benefício à isenção de IPTU aos imóveis alocados por igrejas.
O economista e professor Raphael Corbi, um dos autores do estudo, disse que as igrejas evangélicas têm se aproveitado mais das isenções de impostos do que a Igreja Católica.
“A gente percebe no estudo uma expansão bem rápida nos últimos 20, 30 anos de algumas denominações evangélicas mais novas, e uma expansão mais lenta da Igreja Católica e também de denominações evangélicas mais antigas, mais tradicionais", disse.
“Cada eleição que passa, assistimos a um aumento da bancada evangélica. Na nossa pesquisa, constatamos que esse aumento tem a ver com a expansão geográfica dos templos, que por sua vez está ligada aos incentivos fiscais.”
Se os templos religiosos paguem impostos — a taxa média das demais atividades é 34% —, a quantidade deles seria menor, principalmente os evangélicos, com uma diferença de 74% em relação aos existentes.
A conclusão é do estudo "A Economia Política do Pentecostalismo: Uma Análise Estrutural Dinâmica", que aplicou modelos matemáticos em dados obtidos na Receita Federal.
A Constituição de 1988 concedeu imunidade de tributos federais aos tempos e mais recentemente uma emenda expandiu o benefício à isenção de IPTU aos imóveis alocados por igrejas.
O economista e professor Raphael Corbi, um dos autores do estudo, disse que as igrejas evangélicas têm se aproveitado mais das isenções de impostos do que a Igreja Católica.
“A gente percebe no estudo uma expansão bem rápida nos últimos 20, 30 anos de algumas denominações evangélicas mais novas, e uma expansão mais lenta da Igreja Católica e também de denominações evangélicas mais antigas, mais tradicionais", disse.
“Cada eleição que passa, assistimos a um aumento da bancada evangélica. Na nossa pesquisa, constatamos que esse aumento tem a ver com a expansão geográfica dos templos, que por sua vez está ligada aos incentivos fiscais.”
O estudo cruzou os dados de expansão das igrejas com o voto na bancada evangélica, utilizando informações do TSE, medindo a variação de votos que os candidatos recebem antes e após a abertura de novas igrejas em determinadas regiões.
A conclusão foi de que, após uma igreja ser aberta, os candidatos desse grupo religioso recebem 7% a mais de votos.
Corbi admitiu que vincular a isenção tributária do setor religioso ao crescimento de templos e ao aumento das bancadas evangélicas nas casas legislativas é "algo provocador".
O professor é integrante do Cerp (Centro de Estudos de Religião e Políticas Públicas), criado em 2021 pel Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária, da USP.
A proposta do Cerp — disse ele — é estudar a religião, entre outros temas, por uma abordagem mais científica, de modo a "entender como a religião impacta no país como um tudo".
"Tem muito achismo."
> Com informação da FEA/USP.
A conclusão foi de que, após uma igreja ser aberta, os candidatos desse grupo religioso recebem 7% a mais de votos.
Corbi admitiu que vincular a isenção tributária do setor religioso ao crescimento de templos e ao aumento das bancadas evangélicas nas casas legislativas é "algo provocador".
O professor é integrante do Cerp (Centro de Estudos de Religião e Políticas Públicas), criado em 2021 pel Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária, da USP.
A proposta do Cerp — disse ele — é estudar a religião, entre outros temas, por uma abordagem mais científica, de modo a "entender como a religião impacta no país como um tudo".
"Tem muito achismo."
> Com informação da FEA/USP.
• Afinal, por que igrejas e suas entidades não pagam impostos?
• Igrejas obtêm R$ 20,6 bi por ano com dízimo, venda e aplicação
• Imunidade tributária às igrejas nos torna dizimistas involuntários
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