O proselitismo religioso foi denunciado por uma professora de religiões de matriz africana
Em defesa da laicidade do Estado, o Ministério Público orientou a prefeitura de Rifaina (SP) a suspender o pai-nosso que escola de educação básica João Etchebehere impõe aos alunos, com punição a quem não aderir.
Bastou isso para que cristãos fanáticos acusassem o MP de perseguição religiosa. Trata-se de uma inversão de valores: a perseguição é contra os alunos não cristãos submetidos a uma crença da maioria.
Em caso recente, dois desses estudantes foram colocados para fora da classe por professores, sofrendo constrangimento diante dos colegas.
"A proibição do pai-nosso é um absurdo", escreveu na rede social um fundamentalista. "Querem acabar com o cristianismo."
Quem acionou o Ministério Público foi uma professora de religiões de matriz africana. Ela anexou à denúncia um vídeo com alunos rezando.
A professora disse que só recorreu à instituição após conversar coma direção da escola, mas todas "as minhas tentativas foram hostilizadas e ignoradas".
Para ela, a escola deve se primar "pelos conhecimentos técnicos-científicos, assegurando a igualdade e a livre manifestação de cultos religiosos, como assegura a Constituição de 88".
O promotor Alex Facciolo Pires, que expediu a recomendação, afirmou que “o fato de nenhum pai ou mãe de aluno ter reclamado do pai-nosso é irrelevante”.
“Alega-se que a prática é facultativa. Mas os alunos não têm plena capacidade de discernimento e escolha, porquanto se encontram na faixa etária entre 5 e 10 anos.”
O prefeito Hugo Lourenço (Cidadania) criticou a atitude do MP e em um encontro com moradores pediu que todos ali rezassem um pai-nosso. Mas disse que acatará a recomendação porque, caso contrário, avisou o promotor, o município terá de responder a uma ação civil pública.
> Com informação do Ministério Público do Estado de São Paulo e de outras fontes.
Em defesa da laicidade do Estado, o Ministério Público orientou a prefeitura de Rifaina (SP) a suspender o pai-nosso que escola de educação básica João Etchebehere impõe aos alunos, com punição a quem não aderir.
Bastou isso para que cristãos fanáticos acusassem o MP de perseguição religiosa. Trata-se de uma inversão de valores: a perseguição é contra os alunos não cristãos submetidos a uma crença da maioria.
Em caso recente, dois desses estudantes foram colocados para fora da classe por professores, sofrendo constrangimento diante dos colegas.
"A proibição do pai-nosso é um absurdo", escreveu na rede social um fundamentalista. "Querem acabar com o cristianismo."
Quem acionou o Ministério Público foi uma professora de religiões de matriz africana. Ela anexou à denúncia um vídeo com alunos rezando.
Indução de uma crença religiosa em escola de pais laico |
A professora disse que só recorreu à instituição após conversar coma direção da escola, mas todas "as minhas tentativas foram hostilizadas e ignoradas".
Para ela, a escola deve se primar "pelos conhecimentos técnicos-científicos, assegurando a igualdade e a livre manifestação de cultos religiosos, como assegura a Constituição de 88".
O promotor Alex Facciolo Pires, que expediu a recomendação, afirmou que “o fato de nenhum pai ou mãe de aluno ter reclamado do pai-nosso é irrelevante”.
“Alega-se que a prática é facultativa. Mas os alunos não têm plena capacidade de discernimento e escolha, porquanto se encontram na faixa etária entre 5 e 10 anos.”
O prefeito Hugo Lourenço (Cidadania) criticou a atitude do MP e em um encontro com moradores pediu que todos ali rezassem um pai-nosso. Mas disse que acatará a recomendação porque, caso contrário, avisou o promotor, o município terá de responder a uma ação civil pública.
> Com informação do Ministério Público do Estado de São Paulo e de outras fontes.
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